Absence of Cochleotoxicity measured by standard and high-frequency pure tone audiometry in a trial of once- vs. three times-daily tobramycin in cystic fibrosis patients (Mulheran et al ., 2006) |
Estudo experimental: ensaio clínico randomizado controlado. Web of Science , PubMed - em processo
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Foram incluídos 244 pacientes com fibrose cística (FC), dos quais 219 (125 crianças e 94 adultos) realizaram audiometria. Foram obtidos resultados para 168 do total de pacientes que completaram o tratamento. |
Audiometria tonal feita em toda a faixa de frequência de 0,25 a 8 KHz. Audiometria de alta frequência de 10-16 kHz. Audiometrias foram feitas no início do tratamento com tobramicina, no final de um curso de 14 dias de tratamento, e no seguimento de 6-8 semanas mais tarde. |
Não foram detectadas diferenças significativas nos limiares auditivos entre os regimes de tratamento. Verifica-se queda dos limiares auditivos em altas frequências em ambos os grupos de regimes de tratamento. |
Não demonstrou risco cocleotóxico cumulativo em pacientes com FC devido à terapia repetida aminoglicosídeos, exigindo melhor caracterização. |
Aminoglycoside antibiotics cochleotoxicity in paediatric Cystic Fibrosis (CF) patients (Al-Malky et al., 2011) |
Estudo observacional: coorte. Web of Science , PubMed -indexado para Medline
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45 crianças com fibrose cística (FC). 39/45 dos participantes tinham recebido aminoglicosídeos (AGs) via intravenosa (IV), 23 dos quais receberam repetidas vezes a cada 3 meses. |
Foram feitos testes auditivos de audiometria e emissões otoacústicas por produto de distorção (EOAPD) durante as visitas de rotina ao ambulatório de FC ou quando os pacientes eram internados. Os participantes foram agrupados de acordo com sua história de exposição prévia a AG por via IV. |
No grupo de alta exposição, 8 (21%) tiveram sinais claros de ototoxicidade; limiares nas frequências 8 a 20 kHz foram elevados por ∼ 50 dB. As amplitudes de EOAPD foram > 10 dB mais baixas em f2 3,2 a 6,3 kHz. O restante 31/39 (79%) dos pacientes expostos ao tratamento com AG mantiveram os limiares auditivos normais. |
Um número significante de crianças com FC apresentou ototoxicidade por cursos repetidos de tratamento com AGs por via IV. Recomenda-se a realização dos testes auditivos em todos os pacientes com FC com exposições elevadas AG. A ocorrência de perda auditiva (PA) foi associada com alta exposição, mas, no entanto, a alta exposição só resultou em PA em uma minoria de pacientes. A análise genética pode ajudar a explicar a dicotomia encontrada em resposta a AGs. |
Aminoglycoside ototoxicity in cystic fibrosis. Evaluation by high-frequency audiometry (McRorie; Bosso; Randolph, 1989) |
Estudo observacional: caso-controle, pareado. Web of Science , PubMed - indexado para Medline
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22 pacientes com fibrose cística (FC) tratados com aminoglicosídeos (AGs). 13 deles foram pareados e comparados a 38 indivíduos sem FC, os quais nunca tinham recebido tratamento com AGs. |
Realizados testes audiométricos para medir limiares auditivos de 250 a 20.000 Hz. |
Em pacientes com FC que foram tratados com AGs (menores de 20 anos), encontra-se diferenças estatisticamente significativas em frequências superiores a 16 KHz. Pacientes com FC que foram tratados com AG com idade superior a 20 anos tinham os limiares elevados em todas as frequências testadas. Pacientes com FC que não foram tratados com AG não diferiram estatisticamente. |
A audiometria de alta frequência pode servir como uma medida útil da elevação nos limiares auditivos tonais que precedem a perda perceptível de acuidade auditiva em pacientes com FC que estão em tratamento com AGs em longo prazo. |
Avaliação do uso da audiometria em frequências ultra-altas em pacientes submetidos ao uso de ototóxicos (Weigert et al., 2013) |
Estudo observacional, transversal com grupo controle não pareado. Lilacs |
69 indivíduos de 7 a 20 anos de idade. 35 pacientes regularmente submetidos a terapia com medicação potencialmente ototóxica fazendo parte do grupo de estudo (GE) e 34 indivíduos saudáveis constituíram o grupo controle (GC). |
Realizada audiometria convencional (250 a 8.000 Hz) e audiometria em frequências ultra-altas (9.000-16.000 Hz). |
Encontrou-se um caso alterado na audiometria convencional (2,9%) e 6 casos alterados na audiometria em frequências ultra-altas (17,1%) ( p = 0,063). O GE apresentou limiares auditivos estatisticamente mais elevados em relação ao GC na audiometria convencional nas frequências de 2 KHz e 8 KHz e na audiometria em frequências ultra-altas em 10 KHz ( p = 0,004) e 16 KHz ( p < 0,001). |
O estudo sugeriu que a audiometria em frequências ultra-altas é útil no monitoramento da audição em pacientes com risco de ototoxicidade. |
Cumulative and acute toxicity of repeated high- dose tobramycin treatment in cystic fibrosis (Pedersen et al ., 1987) |
Estudo observacional: transversal. Web of Science, PubMed - indexado para Medline
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46 pacientes com fibrose cística (FC), idade média de 15,7 anos e infecção broncopulmonar crônica por Pseudomonas aeruginosa . |
Os pacientes foram estudados antes e no final de um curso de duas semanas de tratamento com tobramicina (10 a 20 mg/kg por dia) para discriminar entre toxicidade aguda e crônica por meio de exames de audiometria e Eletronistagmografia.
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Dois pacientes (5%) tiveram perda auditiva em alta frequência (acima de 8 kHz), mas somente um relacionado à tobramicina. Nenhuma toxicidade vestibular crônica foi observada. Após duas semanas de tratamento, 32% tinham um limiar de audição ligeiramente reduzido (15-30 dB) em duas ou mais frequências altas, e 28% tiveram uma queda na resposta vestibular superior a 25% do valor inicial, mas permaneceram dentro dos limites normais. |
A toxicidade aguda e crônica no tratamento com altas doses de tobramicina em pacientes com FC parece ser muito leve. |
Hearing loss in cystic fibrosis (Martins et al ., 2010) |
Estudo observacional, transversal, descritivo. Web of Science , PubMed - indexado para Medline
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120 pacientes com fibrose cística (FC) e com idades entre 5 meses e 18 anos. |
Feito por meio de questionários, análise de testes audiométricos e das emissões otoacústicas produto de distorção (EOAPD). Avaliação do uso prévio de antibióticos aminoglicosídeos (AGs) foi feita por meio da coleta de dados em prontuários. |
Os exames audiométricos mostram uma prevalência 4 a 11% de perda auditiva neurossensorial. Não houve relação estatisticamente significativa entre o uso de AGs e perda de audição ( p = 0,48). |
A análise dos exames audiométricos e das EOAPD revelou que houve alta prevalência de perda auditiva, o que faz dos pacientes com FC um grupo de alto risco que necessita de avaliação auditiva periódica. A comparação dos grupos com e sem uso de AGs mostrou que não houve diferença estatisticamente significativa, o que sugere que o uso de AGs não é o único fator causal para a perda auditiva na FC. |
High-frequency audiometry reveals high prevalence of aminoglycoside ototoxicity in children with cystic fibrosis (Al-Malky et al., 2015) |
Estudo observacional: transversal prospectivo. Web of Science, PubMed - em processo
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70 crianças com fibrose cística (FC). Média de idade de 10,7 anos. |
A avaliação auditiva foi feita em crianças com FC usando o padrão de audiometria tonal limiar (ATL) e de alta frequência (AAF), além de emissões otoacústicas por produto de distorção (EOAPD). |
Das 63 crianças que receberam AG por via intravenosa (IV), 15 (24%) tiveram ototoxicidade detectada pela AAF e EOAPD. Por meio da ATL foram detectadas ototoxicidade em 5 crianças (somente na frequência de 8 kHz, com perda auditiva > 20 dBNA) e 13 crianças com alguma alteração não significativa. Perda auditiva de 25-85 dBNA em todas as altas frequências e queda significativa na amplitude das EOAPD nas frequências de 4-8 kHz foram detectadas. Houve diferença estatisticamente significante ( p < 0,05) do limiar auditivo entre os grupos nas altas frequências (de 8-16 kHz). |
Crianças com FC que tinham recebido pelo menos 10 cursos de AG por via IV apresentaram um maior risco de ototoxicidade. AAF identificou 2 crianças com ototoxicidade a mais do que a ATL. Dependendo das instalações disponíveis, a AAF deve ser o teste de escolha para detecção de ototoxicidade em crianças com CF que receberam tratamento com AG. |
High frequency hearing thresholds and product distortion otoacoustic emissions in cystic fibrosis patients (Geyer; Barreto; Weigert; Teixeira, 2015) |
Estudo observacional: transversal, retrospectivo e prospectivo com grupo controle. Medline PubMed - em processo
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Crianças e adolescentes dos ambulatórios de fibrose cística (FC), adulto e pediátrico. A amostra foi constituída por 75 indivíduos, 39 do grupo de estudo (GE) e 36 do grupo controle (GC). |
Foram utilizados dados preexistentes, contidos em um banco de dados criado anteriormente. A este, foram acrescentados novos exames, por meio da realização de audiometria tonal (ATL), audiometria de altas frequências (AAF) e emissões otoacústicas por produto de distorção (EOAPD), em mais pacientes do ambulatório de fibrose cística (GE) do e de grupo controle (GC). |
O GE apresentou limiares significativamente mais elevados nas frequências de 250, 1.000, 8.000, 9.000, 10.000, 12.500 e 16.000 Hz; ( p = 0,004). Houve associação significativa entre as alterações dos limiares auditivos na AAF com o número de cursos de aminoglicosídeos (AGs) feitos ( p = 0,005). 83% dos pacientes que realizaram mais de 10 cursos de AGs apresentaram perda auditiva na AAF. |
Um número significativo de pacientes com FC que receberam repetidos cursos de AGs apresentou alterações na AAF e EOAPD. A realização de 10 ou mais cursos de AGs esteve associada às alterações na AAF. |
Occurrence and risk of cochleotoxicity in cystic fibrosis patients receiving repeated high-dose aminoglycoside therapy (Mulheran et al ., 2001) |
Estudo observacional: transversal, retrospectivo, com grupo controle. Web of Science, PubMed - indexado para Medline
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70 pacientes com FC subdivididos em grupos pediátricos com 27 indivíduos (10 a 18 anos) e 43 adultos (19-37 anos). Resultados foram comparados com os de 91 indivíduos do grupo controle. |
Foi feita audiometria tonal padrão (0,25 a 8 kHz) e de alta frequência (10-16 kHz). |
De 70 pacientes com FC, 12 (um pediátrico) apresentavam perda auditiva consideradas como causadas pela exposição repetida aos aminoglicosídeos (AGs). Houve uma relação não linear entre os cursos de terapia recebidos e a incidência de perda auditiva. A gravidade da perda não pareceu estar relacionada com o número de cursos recebidos. As estimativas preliminares de risco de perda auditiva por curso foram inferiores a 2%. |
Após a comparação com estudos clínicos prévios e trabalho experimental, estas descobertas sugerem que a incidência de cocleotoxicidade em pacientes com FC é consideravelmente mais baixa do que seria esperado, sugerindo que a condição de FC pode conferir proteção contra cocleotoxicidade. |