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O posicionamento dos fones de ouvido e as variações dos limiares auditivos

RESUMO

INTRODUÇÃO:

Um dos problemas observados na audiometria tonal é a variação nos resultados de testes de um mesmo indivíduo, sobretudo nas frequências de 4, 6 e/ou 8 kHz. A colocação indevida dos fones é um dos fatores que podem causar alterações nos resultados.

OBJETIVO:

Comparar as diferenças nos limiares auditivos com os fones posicionados pelo examinador e pelo paciente.

MÉTODO:

Estudo clínico e experimental realizado, em 2009, com 324 trabalhadores, com idade entre 19 e 61 anos, média de 29,33 anos e tempo médio de exposição ao ruído de 7,67 anos; todos familiarizados com os procedimentos da audiometria. Os limiares auditivos foram obtidos nas frequências de 0,25 a 8 kHz, com os fones colocados pelos examinadores; e nas frequências de 4, 6 e 8 kHz com os fones colocados pelos trabalhadores em posição de conforto, sob orientação do examinador. Os limiares obtidos nas duas situações foram comparados.

RESULTADOS:

As três frequências apresentaram melhores respostas com os fones colocados pelos próprios indivíduos (p < 0,001). Na frequência de 8 kHz foi encontrada a maior diferença (p < 0,001), com média de 13,89 dB e desvio padrão de 6,07 dB.

CONCLUSÃO:

A colocação dos fones de ouvido pelos próprios trabalhadores, sob supervisão dos examinadores, resulta na melhora dos limiares auditivos médios nas frequências de 4, 6 e 8 kHz, sendo esta última significativamente maior que as demais.

Palavras-chave:
Audiometria de tons puros; Limiar auditivo; Saúde do trabalhador

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