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Eficácia da terapia sonora em pacientes com zumbido resistente a tratamentos anteriores: importância dos ajustes

Resumo

Introdução:

A dificuldade em escolher a terapia apropriada para zumbido crônico encontra-se nas suas diversas formas de impacto sobre a qualidade de vida dos pacientes e requer a sua individualização.

Objetivo:

Avaliar a eficácia do uso do gerador de som com ajustes individuais para aliviar o zumbido em pacientes sem resposta aos tratamentos anteriores.

Método:

Um estudo prospectivo em 10 pacientes, 5 homens e 5 mulheres, na faixa etária de 41 a 78 anos com zumbido crônico e resistente a tratamentos medicamentosos. Foram utilizados geradores de som bilaterais nos modelos Reach 62 ou Mind 9 por no mínimo 6 horas diárias durante 18 meses. Os pacientes foram avaliados no início, depois de 1 mês e a cada 3 meses até 18 meses através da acufenometria, Minimum Masking Level (MML), Tinnitus Handicap Inventory (THI), Escala Visual Analógica (EVA) e Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS). Os geradores de som foram ajustados em cada visita.

Resultado:

Houve uma redução do THI em 9 pacientes usando-se um protocolo com uma abordagem personalizada, independente das características psicoacústicas do zumbido. A melhor resposta ao tratamento ocorreu naqueles pacientes com zumbido do tipo apito. Encontramos uma correlação entre os ajustes e a intensidade do zumbido e o MML. Apenas um paciente com indicação de depressão HADS não respondeu à terapia sonora.

Conclusão:

Houve uma melhora na qualidade de vida (THI) com boa resposta a terapia sonora com ajustes personalizados em pacientes resistentes a tratamentos anteriores para o zumbido.

PALAVRAS-CHAVE:
Zumbido; Terapia sonora; Tratamento; THI

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