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Pharmacovigilance in oncology: pattern of spontaneous notifications, incidence of adverse drug reactions and under-reporting

Estudos de farmacovigilância são imprescindíveis em oncologia, pois os antineoplásicos possuem alta toxicidade e estreita janela terapêutica. Os objetivos deste estudo foram analisar o perfil das notificações espontâneas de reações adversas a medicamentos (RAM) em pacientes oncológicos e a incidência de RAM ao tratamento antineoplásico em um hospital terciário e universitário. Para compor o perfil de RAM, revisaram-se os formulários de notificação de reações em pacientes oncológicos do ano de 2010 e classificaram-se as reações conforme o medicamento envolvido, mecanismo, causalidade e gravidade. Para avaliar a incidência de reações, aplicou-se um questionário no momento da quimioterapia e a gravidade foi classificada pelos Critérios Comuns de Toxicidade. Apenas 10 reações foram notificadas ao Setor de Farmacovigilância, cujo perfil encontrado foi tipo B, grave, possível, e foram principalmente relacionadas aos compostos de platina e taxanos. Na análise da incidência das reações, observou-se que náusea, alopecia, fadiga, diarreia e distúrbio do paladar foram as reações mais frequentes relatadas por pacientes oncológicos, e as reações grau 3 e 4 não foram notificadas. De acordo com essas análises, propõe-se que os profissionais da saúde sejam treinados quanto às notificações e que farmacêuticos clínicos sejam cada vez mais inseridos neste contexto para redução da subnotificação de RAM.

Farmacovigilância; Oncovigilância; Medicamentos/reações adversas; Antineoplásicos/reações adversas; Reações adversas a medicamentos/subnotificação; Reações adversas a medicamentos/notificação espontânea; Farmácia clínica


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