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Ação dos enxaguatórios bucais contra microrganismos bucais

O propósito desta revisão foi mostrar os benefícios decorrentes do uso de enxaguatórios bucais no controle do biofilme dental. Atualmente sabe-se que a cavidade bucal dos humanos é habitada por aproximadamente de 600 a 700 espécies microbianas incluindo bactérias, fungos e vírus. Este aglomerado microbiano, atualmente definido como biofilme dental, é o principal agente etiológico das patologias bucais, incluindo cárie e doença periodontal. Logo, cuidados em relação ao controle destas doenças passam necessariamente pela eliminação ou redução do biofilme dental, incluindo métodos mecânicos adequados de higiene bucal e motivação do paciente. Todavia, a escovação dental e o uso de fio dental podem ser uma tarefa tediosa e consumir tempo exagerado para a rotina de muitos pacientes. Além disso, o controle mecânico do biofilme dental pode ser dificultado por fatores locais como uso de próteses e aparelhos ortodônticos, mau posicionamento dental, entre outros. Assim, o uso de enxaguatórios bucais, associado ao controle mecânico, pode ser incorporado rotineiramente aos cuidados de higiene bucal controlando terapêutica e preventivamente o biofilme supragengival, a gengivite e a halitose. De acordo com a ADA, agentes ativos vinculados aos enxaguatórios bucais devem demonstrar efeitos terapêuticos in vivo e in vitro para que estes sejam classificados como droga. Diferentes estudos incluídos nesta revisão demonstraram que a clorexidina e os óleos essenciais podem, em associação ao hábito regular de escovar os dentes e usar corretamente o fio dental, prevenir e controlar tanto o biofilme supragengival quanto as gengivites.

Placa dentária; Higiene bucal; Antiinfecciosos locais; Clorexidina


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