Gestão de risco e segurança no uso de bomba de analgesia controlada pelo paciente: revisão de escopo

Silva, Thamires Ribeiro da; Moraes, Erica Brandão de; Poubel, Juliana Gomes; Figueiredo, Carolina Rosa; Pereira, Anderson de Souza

doi:10.5935/2595-0118.20230041-pt

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ARTIGO DE REVISÃO • BrJP 6 (2) • Apr-Jun 2023 • https://doi.org/10.5935/2595-0118.20230041-pt copiar

Gestão de risco e segurança no uso de bomba de analgesia controlada pelo paciente: revisão de escopo

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

DESTAQUES

A gestão de riscos no gerenciamento da dor é de extrema importância.
O uso da bomba de analgesia controlada pelo paciente requer que medidas proativas de risco sejam implementadas a fim de garantir a segurança do paciente.
Foram identificadas situações de risco que podem auxiliar o profissional na implementação dessas medidas preventivas, tais como: falhas na programação; bomba com defeito; seleção de pacientes inapropriada; falta de educação e treinamento dos profissionais, paciente e família; erros na prescrição, dispensação, preparo e administração de fármacos.

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

A analgesia controlada pelo paciente (ACP) é eficaz no controle da dor, porém apresenta inúmeros riscos associados, tais como: hipotensão arterial, depressão respiratória, convulsões e sedação excessiva. A promoção da segurança do paciente visa reduzir o risco de lesões desnecessárias à saúde e, para tanto, é importante analisar as falhas e fatores de risco presentes em todo o processo de forma proativa. Portanto, o objetivo deste estudo foi mapear as evidências disponíveis sobre os riscos de eventos adversos associados à técnica de ACP e a ações de segurança do paciente.

CONTEÚDO:

Trata-se de uma revisão de escopo realizada segundo a metodologia Joanna Briggs Institute para Scoping Reviews, cuja questão de pesquisa se baseou na estratégia PCC (P: população; C: conceito; C: contexto). As bases de dados utilizadas foram: Medline/Pubmed, LILACS, CINAHL/EBSCOhost, CENTRAL, Portal Capes, SCOPUS, Web of Science, Google acadêmico, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, Portal NICE, Portal ISMP. A estratégia de busca foi dividida em 3 etapas: a primeira ocorreu na Medline e Cinahl para identificar artigos e termos de índice sobre o tema; a segunda utilizou todas as palavras-chaves em todas as bases de dados incluídas; a terceira consistiu no rastreamento de pesquisas nas listas de referências dos estudos incluídos. A busca resultou em 1.164 estudos, dos quais 83 foram selecionados com base nos seguintes critérios de inclusão: abordagem dos riscos associados à bomba de ACP ou a medidas de segurança, contexto hospitalar, sem restrição quanto ao tipo de estudo, idioma e ano. Os achados sintetizados estão distribuídos em categorias: doenças prévias, perfil das indicações, tipos de opioides, tipos de bomba e de infusão, efeitos adversos, incidentes sem lesões, estágios de risco e medidas de segurança.

CONCLUSÃO:

Este estudo possibilitou identificar os riscos de eventos adversos associados ao uso da ACP em diferentes estágios e ações de segurança, demonstrando que quando realizada com pacientes adequados, com equipe treinada, dispositivos seguros e prescrição correta, fornece uma melhora estatisticamente significativa no alívio da dor, de forma segura e com vantagens que a analgesia convencional não possui.

Descritores:
Analgesia controlada pelo paciente; Gestão de riscos; Segurança do paciente

Busca	Questão	Registros recuperados
#1	“Analgesia, Patient-Controlled” [MESH] OR “Analgesia, Patient Controlled” [tw] OR “Patient-Controlled Analgesia” [tw] OR “Patient Controlled Analgesia” [tw]	6.751
#2	“Patient Safety” [MESH] OR “Safety, Patient” [tw] OR “Medical Errors” [MESH] OR “Safety” [MESH] OR “Medical Mistakes” [tw] OR “Mistake, Medical” [tw] OR “Mistakes, Medical” [tw] OR “Errors, Medical” [tw] OR “Error, Medical” [tw] OR “Medical Error” [tw] OR “Medical Mistake” [tw] OR “Never Event” [tw] OR “Event, Never” [tw] OR “Events, Never”	193.624
#3	“Risk Management” [MESH] OR “Management, Risk” [tw] OR “Management, Risks” [tw] OR “Risks Management” [tw]	323.334
#4	Search #1 AND (#2 OR #3)	231

Autores	Tipo de estudo	Assunto	Resultados
Vicente et al.⁴⁴44 Vicente KJ, Bekhaled KK, Hillel G, Cassano A, Orser BA. Programming errors contribute to death from patient-controlled analgesia: case report and estimate of probability. Can J Anaesth. 2003;50(4):328-32.	Relato de caso	Fatores de risco para evento adverso associado à bomba de ACP e medidas de segurança.	Erro de programação com ajuste inadequado da dose resultou em superdosagem e óbito. Anestesiologistas, enfermeiros, engenheiros e fabricantes podem redesenhar interfaces da bomba e cassetes de fármacos para minimizar erros de programação e melhorar sua detecção.
Reimer⁵³53 Reimer HD. Intravenous dead space and patient safety in patient-controlled analgesia. Can J Anaesth. 1995;42(7):658.	Carta ao editor	Fator de risco para evento adverso associado à bomba de ACP.	A não consideração do volume do espaço morto da bomba e do intervalo de bloqueio podem desencadear superdosagens de opioide.
White¹¹⁵115 White E. A problem with the Graseby 3300 PCA pump. Anaesthesia. 1993;48(11):1013-4.	Carta editorial	Importância de conhecer a bomba para segurança da ACP.	Recursos da bomba são importantes na segurança da ACP, mas não substituem a supervisão e monitoramento do profissional.
Lederer, Benzer e Doyle²⁶26 Lederer W, Benzer A, Doyle DJ. Programming errors from patient-controlled analgesia. Can J Anaesth. 2003;50(8):854-6.	Carta editorial	Fatores de risco associados à ACP.	O despreparo do profissional envolvido na programação da ACP aumenta os riscos de eventos adversos, por isso, devem evitar: estresse, álcool ou drogas, fadiga e perturbação emocional.
Prewitt et al.⁹⁷97 Prewitt J, Schneider S, Horvath M, Hammond J, Jackson J, Ginsberg B. PCA safety data review after clinical decision support and smart pump technology implementation. J Patient Saf. 2013;9(2):103-9.	Coorte	Eventos adversos, fatores de risco e medidas de segurança associados à ACP.	Foram identificados como fatores de risco: idade avançada, insuficiência renal, DPOC, obesidade mórbida e apneia do sono. Ocorreram incidentes como: a seleção de opioide e de concentração errados e administração concomitante de benzodiazepínicos. Bombas inteligentes e monitoramento são recomendados.
Paul et al.³⁸38 Paul JE, Bertram B, Antoni K, Kampf M, Kitowski T, Morgan A, Cheng J, Thabane L. Impact of a comprehensive safety initiative on patient-controlled analgesia errors. Anesthesiology. 2010;113(6):1427-32.	Coorte longitudinal	Erros e medidas de segurança associados à ACP.	A incidência de erros na ACP é baixa (menos de 1%), porém a maioria acontece na administração. Melhorias de segurança possíveis são: bombas bem projetadas, ordens médicas impressas, educação em enfermagem, checagem dupla independente, manuais, processo de transferência de responsabilidade e sistema computadorizado de entrega de pedidos.
Paul et al.⁹⁴94 Paul JE, Buckley N, McLean RF, Antoni K, Musson D, Kampf M, Buckley D, Marcoux M, Frketich R, Thabane L, Cheng J. Hamilton acute pain service safety study: using root cause analysis to reduce the incidence of adverse events. Anesthesiology. 2014;120(1):97-109.	Coorte prospectiva	Eventos adversos e medidas de segurança associados à ACP.	Após a introdução do processo de Análise de Causa Raiz notou-se redução na incidência de depressão respiratória, hipotensão grave e erros de programação.
Viscusi¹¹¹111 Viscusi ER. Emerging treatment modalities: balancing efficacy and safety. Am J Health Syst Pharm. 2007;64(4):S6-11.	Ensaio clínico controlado	Fatores de risco associados à ACP.	A ACP está sujeita a erros de programação, adulteração, administração de fármacos não autorizados (ACP por procuração) e mau funcionamento.
Tran et al.⁸⁹89 Tran M, Ciarkowski S, Wagner D, Stevenson JG. A case study on the safety impact of implementing smart patient-controlled analgesic pumps at a tertiary care academic medical center. Jt Comm J Qual Patient Saf. 2012;38(3):112-9.	Estudo de caso	Riscos e medidas de segurança associados à bomba de ACP.	Foram identificados erros de programação da ACP. 159 erros potenciais foram evitados em seis meses após a implementação de bombas inteligentes com verificação de código de barras, da concentração e limites de dosagem.
Ahmad et al.²³23 Ahmad I, Thompson A, Frawley M, Hu P, Heffernan A, Power C. Five-year experience of critical incidents associated with patient-controlled analgesia in an Irish University Hospital. Ir J Med Sci. 2010;179(3):393-7.	Estudo observacional Prospectivo	Fatores de risco associados a incidentes críticos na segurança do paciente em ACP.	Foram identificadas três categorias principais de incidentes; erros de programação, violações de política e seleção de pacientes. O maior fator contribuinte para ICs com ACP foi o erro de programação. As estratégias para minimizar esse problema incluem melhor educação e vigilância.
Ohashi et al.³⁴34 Ohashi K, Dykes P, Mcintosh K, Buckley E, Yoon C, Luppi C, Bane A, Bates DW. Evaluation of use of electronic patient controlled analgesia pumps to improve patient safety in an academic medical center. Stud Health Technol Inform. 2014;201:153-9.	Estudo observacional de prevalência	Fatores de risco associados à bomba de ACP.	Foram destacados muitos erros relacionados à correta identificação das vias de administração, ao uso de fármacos não autorizados, programação inapropriada. Sugere-se educar os enfermeiros, salientando a importância da rotulagem das vias, padronizar o processo de manejo da ACP, como e implementar pacote de segurança.
Chumbley et al.⁸⁰80 Chumbley GM, Ward L, Hall GM, Salmon P. Pre-operative information and patient-controlled analgesia: much ado about nothing. Anaesthesia. 2004;59(4):354-8.	Estudo randomizado controlado	Eficácia das informações pré-operatórias relacionadas à ACP.	Os pacientes do grupo de folhetos foram mais bem informados sobre ACP, familiarizaram-se com o uso da ACP mais rapidamente e ficaram menos confusos do que o grupo de controle. No entanto, não houve efeitos no alívio da dor, preocupações com o vício e segurança, e conhecimento dos efeitos adversos. A entrevista pré-operatória não trouxe benefícios.
Chumbley, Hall e Salmon⁸¹81 Chumbley GM, Hall GM, Salmon P. Patient-controlled analgesia: what information does the patient want? J Adv Nurs. 2002;39(5):459-71.	Estudo randomizado não controlado	Medidas que tornam a ACP eficaz e segura.	Folheto informativo sobre efeitos adversos e instruções sobre a técnica com linguagem clara facilitou o uso da ACP.
Akridge⁴⁵45 Akridge J. New pumps outsmart user error. 2011 [acesso em 2022 25 out]. Disponível em: https://cdn.hpnonline.com/inside/2011-04/1104-OR-Pumps.html. https://cdn.hpnonline.com/inside/2011-04...	Guia de prática clinica	Medidas de segurança da bomba de ACP.	Bombas inteligentes com biblioteca de medicamentos e limites de dose incorporados em várias concentrações evitam erros de fármacos.
Pasero³⁹39 Pasero CL. PCA: for patients only. Am J Nurs. 1996;96(9):22-3.	Guia de prática clínica	Fator de risco para evento adverso associado à bomba de ACP e medidas de segurança.	Acionamento da ACP pelos familiares é perigoso e por isso deve-se educar o paciente e sua família.
Cohen¹⁹19 Cohen H. Avoid PCA errors with education. Don’t let family members administer medication. Hospital Home Health. 2004;21(5):56-7.	Guia de prática clínica	Erros de fármacos associados às bombas de ACP.	Os problemas relacionados à prática mais frequentemente citados: a programação incorreta da bomba ACP, uma variedade de etapas de programação, seleção adequada do paciente, interferência familiar na administração analgésica.
Institute For Safe Medication Practices ¹⁷17 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part I - How erros occur. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.	Guia de prática clínica	Eventos adversos durante o uso da ACP.	A ACP tem grande potencial para melhorar o controle da dor. Entretanto, é necessário que se conheça os fatores que frequentemente contribuem para a ocorrência dos eventos adversos durante seu uso.
Institute For Safe Medication Practices ²⁷27 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part II - Pratical Error-Reduction Strategies. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.	Guia de prática clínica	Estratégias empregadas para reduzir riscos associados a ACP.	Descritas estratégias práticas que reduzem o risco de eventos adversos.
Cohen²⁹29 Cohen MR. Safety issues with patient-controlled analgesia wake-up call: unlabeled containers lead to patient’s death. Hospital Pharmacy. 2005;40(2):117-26.	Guia de prática clínica	Fatores de risco e medidas de segurança associados à ACP.	Problemas associados à ACP: ativação por procuração, seleção inadequada do paciente, falha no monitoramento, não educação do paciente, mistura de medicamentos, erros de programação, falha de design do dispositivo, treinamento impróprio e erros de prescrição. Algumas medidas de segurança citadas foram rotulagem e rondas de segurança regulares.
Pasero C e McCaffery M⁹³93 Pasero C, McCaffery M. Authorized and unauthorized use of PCA pumps: clarifying the use of patient-controlled analgesia, in light of recent alerts. Am J Nurs. 2005;105(7):30-1, 33.	Guia de prática clínica	Autorização para uso de bombas de ACP.	Devem ser identificadas as condições para uso de outros sedativos, fornecer monitoramento adequado e intervenção rápida em caso de complicações.
Weir¹¹⁴114 Weir VL. Preventing adverse drug events. Nurs Manag. 2005;36(9):24-30.	Guia de prática clínica	Avaliação do sistema de infusão de ACP.	Necessidade de alterações para melhorar a segurança do paciente. Aperfeiçoamento para monitoramento de infusão. Integração de conectividade sem fio diminui em 12% os eventos adversos. Para o uso doméstico da ACP há necessidade de melhorias.
D’arcy²⁴24 D’arcy Y. Eyeing capnography to improve PCA safety. Nursing. 2007;37(9):18-9.	Guia de prática clínica	Uso de oxímetro ou capnógrafo no monitoramento da depressão respiratória por opioide via bomba de ACP.	A capnografia é o indicador mais confiável para monitoramento da depressão respiratória por uso de opioide durante uso da ACP. Os profissionais deverão associar as demais medidas de segurança durante o seu uso.
Cohen⁵⁴54 Cohen MR. Misprogramming patient-controlled analgesia concentration leads to dosing errors. Hospital Pharmacy. 2008;43(12):960-4.	Guia de prática clínica	Medidas de segurança associadas à ACP.	Recomendações para reduzir erros de programação: avaliar vulnerabilidade a graves erros, limitar as concentrações, distinguir concentrações personalizadas, esclarecer os rótulos, empregar verificação dupla independente, usar tecnologia de código de barras, usar bombas inteligentes e padronização dos comandos pelos fornecedores de bombas.
D’arcy²⁵25 D’arcy Y. Keep your patient safe during PCA. Nursing. 2008;38(1):51-5.	Guia de prática clínica	Fatores de risco e medidas de segurança associados à ACP.	Problemas associados à ACP são: seleção inadequada de pacientes, uso de infusão contínua em pacientes virgens de opioides, ACP por procuração e erros de programação. As medidas de segurança envolvem: uso de bombas inteligentes, treinamento, verificação independente, monitoramento com capnógrafo e oxímetro de pulso.
American Nurse Association ⁴⁸48 American Nurse Association. Avoid the dangers of opioid therapy. 2009 [acesso em 2022 25 out]. Disponível em: https://www.myamericannurse.com/avoid-the-dangers-of-opioid-therapy/. https://www.myamericannurse.com/avoid-th...	Guia de prática clínica	Medidas de segurança associadas à ACP.	É importante obter histórico de saúde do paciente, analisar os riscos, individualizar a dosagem, monitorar cuidadosamente, oferecer opções psicoterapêuticas em equipe interdisciplinar, manter lista de fármacos perigosos e fornecer métodos para diminuir confusão entre os fármacos.
Reg e David¹⁰⁴104 Reg S, David L. Respiratory care departments take a lead role in postoperative monitoring. J Respir Care Pract. 2013;25(7):8-12.	Guia de prática clínica	Medidas de segurança associadas ao uso da ACP no pós-operatório.	Verificações pontuais da oxigenação com oxímetro de pulso e frequência respiratória não são confiáveis para detectar depressão respiratória induzida por fármacos. O monitoramento eletrônico contínuo da ventilação e oxigenação são preferíveis para todo paciente no pós-operatório em uso de opioide. O capnógrafo deveria ser utilizado se esse paciente estivesse com oxigênio suplementar.
Stewart⁵¹51 Stewart D. Pearls and pitfalls of patient-controlled analgesia. US Pharm. 2017;42(3):24-7.	Guia de prática clínica	Medidas de segurança associadas à ACP.	O estudo cita que deve haver uma estrutura racional para a seleção de pacientes, agentes analgésicos, doses iniciais e subsequentes ajustes de dose.
Weininger et al.¹¹³113 Weininger S, Jaffe MB, Rausch T, Goldman JM. Capturing essential information to achieve safe interoperability. Anesth Analg. 2017;124(1):83-94.	Guia de prática clínica	Medidas de segurança associadas à ACP.	A aplicação de soluções baseadas em plataforma na bomba de ACP permite um bloqueio de segurança que responde à depressão respiratória.
Notcutt e Morgan³¹31 Notcutt WG, Morgan RJ. Introducing patient-controlled analgesia for postoperative pain control into a district general hospital. Anaesthesia. 1990;45(5):401-6.	Longitudinal retrospectivo	ACP no controle da dor pós-operatória.	A identificação de perigos específicos e problemas de gestão levou a melhorias na segurança do sistema de analgesia controlada pelo paciente.
Schug e Torrie¹⁰⁰100 Schug SA, Torrie JJ. Safety assessment of postoperative pain management by an acute pain service. Pain. 1993;55(3):387-91.	Longitudinal retrospectivo	ACP no controle da dor pós-operatória.	A ACP comparada com outras técnicas de administração sistêmica de opioides não resultou em um número maior de complicações.
Sidebotham, Dijkhuizen e Schug¹⁰²102 Sidebotham D, Dijkhuizen MR, Schug SA. The safety and utilization of patient-controlled analgesia. J Pain Symptom Manage. 1997;14(4):202-9.	Longitudinal retrospectivo	Fatores de risco para evento adverso associado à bomba de ACP e medidas de segurança.	O risco de sérias complicações associadas à ACP é baixo, com exceção da hipoxemia e bradipneia. Deve-se identificar pacientes de alto risco e prescrever com cautela.
Teng et al.¹⁰⁹109 Teng Y, Hu JS, Tsai SK, Liew C, Lui P. Efficacy and adverse effects of patient-controlled peridural or intravenous analgesia after major surgery. Chang Gung Med J. 2004;27(12):877-86.	Longitudinal retrospectivo	Eficácia e efeitos adversos entre tipos de ACP.	Os pacientes que receberam fentanil-bupivacaína por via peridural experimentaram melhor alívio geral da dor, enquanto a morfina via ACP, peridural ou intravenosa causou mais efeitos adversos. Considera-se mais seguro o uso de ACP peridural contínua com fentanil-bupivacaína em pacientes submetidos à cirurgia eletiva de grande porte.
Hankin et al.⁸⁶86 Hankin CS, Schein J, Clark JA, Panchal S. Adverse events involving intravenous patient-controlled analgesia. Am J Health Syst Pharm. 2007;64(14):1492-9.	Longitudinal retrospectivo	Eventos adversos envolvendo a administração intravenosa da ACP.	O mau funcionamento das bombas foi uma das principais causas de eventos adversos relatados. Os erros do operador foram os mais prováveis de estarem associados a resultados adversos mais graves. As incidências de problemas e vulnerabilidades importantes das bombas de ACP devem ser identificadas e tratadas.
Lee, Kim e Kim⁹¹91 Lee Y, Kim K, Kim M. CE: original research: errors in postoperative administration of intravenous patient-controlled analgesia: a retrospective study. Am J Nurs. 2019;119(4):22-7.	Longitudinal retrospectivo	Fatores de risco associados à ACP no pós-operatório.	Os erros principais foram: programação incorreta, mau funcionamento do dispositivo, erro de prescrição e do paciente. Dos 222 erros do operador, o tipo mais frequente foi a falha ao iniciar a administração de fármacos, seguido por erros de programação por provedores não anestésicos não autorizados a programar o dispositivo e taxas de infusão erradas definidas por anestesiologistas autorizados.
Hicks et al.⁸⁸88 Hicks RW, Sikirica V, Nelson W, Schein JR, Cousins DD. Erros de medicação envolvendo analgesia controlada pelo paciente. Am J Health Syst Pharm. 2008;65(5):429-40.	Longitudinal retrospectivo	Fatores de risco e medidas de segurança associados à ACP.	As causas de erros envolvem: fatores humanos, equipamento, comunicação, erro de sistemas, armazenamento, rotulagem, embalagem, documentação, contra-indicações, confusão de nomes e entrada incorreta de pedidos. As medidas de segurança são: equipamento de fácil configuração, verificação dupla independente, formulários padronizados e treinamento da equipe.
Moss ⁹²92 Moss J. Reducing errors during patient-controlled analgesia therapy through failure mode and effects analysis. Jt Comm J Qual Patient Saf. 2010;36(8):359-64.	Longitudinal retrospectivo	Implementação da Análise dos Modos de Falha e Efeitos (FMEA) como estratégia na identificação e correção dos modos de falha da ACP.	Em 2004, quando a maioria das ações corretivas foram tomadas, houve 22 erros de ACP relatados. Em outubro de 2007, um novo programa de notificação de ocorrências online foi implementado, tornando a notificação muito mais fácil. De outubro de 2007 a setembro de 2008, houve apenas 8 erros de ACP relatados, representando uma redução de 69% da linha de base. Nenhum evento adverso grave foi associado a nenhum desses erros de ACP.
Weber, Ghafoor e Phelps⁵⁶56 Weber LM, Ghafoor VL, Phelps P. Implementation of standard order sets for patient-controlled analgesia. Am J Health Syst Pharm. 2008;65(12):1184-91.	Longitudinal retrospectivo	Medidas de segurança na ACP.	Foi implementado um conjunto de pedidos padrão, o que diminuiu o número de casos de depressão respiratória.
Peters, Mcguire e Ridling⁹⁵95 Peters L, Mcguire T, Ridling D. Proactive patient safety and opioids: failure mode effect analysis (FMEA) applied to patient controlled analgesia (PCA). J Pain. 2014;15(4):S94.	Longitudinal retrospectivo	Medida de segurança associada à ACP.	Foi implementada a Análise de Modelos de Falha e seu efeito (FMEA) aplicada por uma equipe interdisciplinar para identificar sistematicamente riscos associados a causas específicas. Na ACP a FMEA identifica a falha; atribui a gravidade, ocorrência e classificação; calcula o número da prioridade de risco (RPN); avalia os resultados de intervenções.
Pon e Huang⁹⁶96 Pon D, Huang J. Identification of inappropriate patient-controlled analgesia (PCA) prescribing patterns to improve patient safety. J Pain. 2015;16(Suppl): S88.	Longitudinal retrospectivo	Fatores de risco e medidas de segurança associados à ACP.	A ACP pode estar relacionada a eventos adversos devido a doses de bolus muito altas, principalmente em pacientes virgens de opioides. Investiu-se na educação do prescritor e modificação do formulário de pedido.
Ladak et al.⁹⁰90 Ladak SS, Chan VW, Easty T, Chagpar A. Right medication, right dose, right patient, right time, and right route: how do we select the right patient-controlled analgesia (PCA) device? Pain Manag Nurs. 2007;8(4):140-5.	Observacional descritivo	Medidas de segurança relacionadas à ACP.	Uma estratégia chave para melhorar a segurança do paciente é o desenvolvimento de uma equipe interdisciplinar e bombas inteligentes.
Tsui et al.¹⁴14 Tsui SL, Irwin MG, Wong CM, Fung SK, Hui TW, Ng KF, Chan WS, O’Reagan AM. An audit of the safety of an acute pain service. Anaesthesia. 1997;52(11):1042-7.	Protocolo	Eventos adversos e fatores de risco associados à ACP.	Foram identificados episódios de bradipneia, hipercapnia e dessaturação de oxigênio, associados ao sexo feminino e analgesia sistêmica. Recomenda-se monitoramento.
Chisakuta⁷⁷77 Chisakuta AM. Nurse-call button on a patient-controlled analgesia pump. Anaesthesia. 1993;48(1):90.	Relato de caso	Fator de risco para evento adverso associado à ACP.	A confusão do botão de ACP com o de chamado da enfermagem pode ocasionar uma superdosagem perigosa.
Heath⁸⁷87 Heath ML. Safety of patient controlled analgesia. Anaesthesia. 1995;50(6):573.	Relato de caso	Fator de risco para evento adverso associado à bomba de ACP.	A programação da bomba por anestesistas e a redefinição dos parâmetros para zero no final de cada procedimento aumenta a segurança da ACP.
Berry⁷⁹79 Berry K. Root cause analysis in response to a “Near Miss”. J Healthc Qual. 2000;22(2):16-8.	Relato de caso	Medidas que tornam a ACP eficaz e segura.	Um sistema de análise de causa raiz aumenta a eficácia e segurança da ACP.
Farbstein e Clough⁸³83 Farbstein K, Clough J. Improving medication safety across a multihospital system. Jt Comm J Qual Improv. 2001;27(3):123-37.	Relato de caso	Eventos adversos e fatores de risco associados à ACP.	Os incidentes relacionados à ACP foram: falha da bomba, erro de pedido, administração e dispensação. A equipe implementou as seguintes ações: lista de verificação; padronização da bomba; formulários de pedido revisados; referências para cálculos de medicações; educação da equipe e manual.
Elannaz et al.¹⁶16 Elannaz A, Chaumeron A, Viel E, Ripart J. Morphine overdose due to cumulative errors leading to ACP pump dysfunction. Ann Fr Anesth Reanim. 2004;23(11):1073-5.	Relato de caso	Evento adverso relacionado a defeito na bomba de ACP.	O incidente foi o resultado de uso indevido múltiplo: uma desconexão do tubo entre a bolsa de morfina e o paciente, desviando assim a válvula anti-sifão, e um cassete de ACP preso incorretamente em uma posição aberta não detectada pela bomba. Isso indica que a vigilância deve permanecer rigorosa, apesar do uso rotineiro generalizado de ACP.
Musshoff, Padosch e Madea²⁰20 Musshoff F, Padosch S, Madea B. Death during patient-controlled analgesia: piritramide overdose and tissue distribution of the drug. Forensic Sci Int. 2005;154(2-3):247-51.	Relato de caso	Evento adverso associado ao uso da ACP.	A mortalidade por erros de programação do usuário na ACP foi estimada como um evento de baixa probabilidade. Especialistas recomendam mecanismos para melhorar a segurança de dispositivos médicos.
Dunwoody, Skledar e Freeman⁵⁵55 Dunwoody C, Skledar S, Freeman S. Changes in patient-controlled analgesia following a meperidine overdose. Jt Comm J Qual Patient Saf. 2006;32(9):528-30.	Relato de caso	Problemas de segurança com uso de Meperidina na ACP.	O ocorrido proporcionou uma revisão dos eventos adversos que foram base para prevenção de lesões não intencionais do uso de ACP. Diminuição no uso de meperidina para menos de 10% do uso total de opioides. Os eventos adversos diminuíram de 12 para menos de 2 eventos por ano.
Cohen e Smetzer¹⁸18 Dev R, Fabbro ED, Bruuera E. Patient-controlled analgesia in patients with advanced cancer. Should patients be in control? J Pain Symptom Manage. 2011;42(2):296-300.	Relato de caso	Evento adverso associado à ACP.	O uso da ACP em pacientes com câncer pode ser benéfico para titulação inicial de opioides, mas tem potencial de induzir ou exacerbar o delirium.
Russell, Middleton e Hale⁹⁸98 Russell J, Middleton C, Hale J. PCA test protocol delivers potentially fatal morphine overdose . Anaesthesia. 2012;67(7):802.	Relato de caso	Incidente associado à bomba de ACP.	A bomba foi reiniciada à programação padrão. Com uma configuração de dosagem de morfina diferente da administrada causou uma superdosagem, sem lesão ao paciente. Isso foi registrado como mau funcionamento do dispositivo.
Hicks⁷⁸78 Hicks RW. Death by PCA. AORN. 2013;99(66):782-832.	Relato de caso	Riscos, eventos adversos e medidas de segurança associados à ACP.	A bomba foi programada inadequadamente, gerando superdosagem de morfina e óbito. Houveram falhas em não realizar verificação dupla do dispositivo, não identificar os efeitos adversos dos opioides. Recomendam-se bombas inteligentes, equipe treinada, pedidos eletrônicos, fármacos com códigos de barras, monitoramento com capnógrafo e oxímetro de pulso contínuo.
Grissinger⁴¹41 Grissinger M. Fatal PCA adverse events continue to happen: better patient monitoring is essential to prevent harm. P T. 2016;41(12):736-7.	Relato de caso	Fatores de risco, eventos adversos e medidas de segurança associados à ACP.	Um óbito relacionado à ACP revelou inúmeras falhas. Foi prescrito morfina com alta dosagem em um paciente obeso, virgem de opioide, sem monitoramento contínuo ou frequente, com família desinformada que administrou e também pressionava o botão da ACP. Recomenda-se prescrição apropriada, educação do paciente e família e monitoramento adequado.
Institute For Safe Medication Practices ⁴³43 Institute For Safe Medication Practices. Worth Repeating… Recent PCA By Proxy Event Suggests Reassessment of Practices that May Have Fallen by the Wayside. 2016 [acesso em 2022 25 out]. Disponível em: https://www.ismp.org/resources/worth-repeating-recent-pca-proxy-event-suggests-reassessment-practices-may-have-fallen. https://www.ismp.org/resources/worth-rep...	Relato de caso	Fatores de risco, eventos adversos e medidas de segurança relacionados à ACP por procuração.	Paciente confusa com delírio em pós-operatório recebeu altas doses de analgesia pela ativação da bomba pelo acompanhante, gerando depressão respiratória. Houveram falhas na seleção do paciente, educação da família e equipe, sinalização da proibição do uso do botão por outras pessoas e no monitoramento. Deve-se estar atento à educação do paciente, família e equipe, seleção adequada de pacientes, lembretes visuais para evitar a ativação de doses por qualquer pessoa que não seja o paciente e monitoramento adequado.
Ferguson, Williams e Beard⁸⁴84 Ferguson R, Williams ML, Beard B. Combining quality improvement and staff development efforts to decrease patient-controlled analgesia pump errors. J Nurses Staff Dev. 2010;26(5):E1-4.	Relato de experiência	Estratégias educativas empregadas para reduzir erros associados à ACP.	Os resultados dessa investigação mostraram que houve uma diferença clinicamente significativa nos erros da bomba de ACP, e isso também é verdade estatisticamente. Portanto, a intervenção educativa foi eficaz em diminuir erros com a bomba de ACP.
Thomas e Rose¹¹⁰110 Thomas VJ, Rose FD. Patient-controlled analgesia: a new method for old. J Adv Nurs. 1993;18(11):1719-26.	Revisão	Medidas que tornam a ACP eficaz e segura.	A adequada escolha do opioide, das configurações para a dose de demanda e intervalo de bloqueio influenciam na segurança da ACP.
Institute for Safe Medication Practices ⁴⁶46 Kluger MT, Owen H. Patient-controlled analgesia: can it be made safer? Anaesth Intensive Care. 1991;19(3):412-20.	Revisão bibliográfica	Ações de segurança na analgesia controlada pelo paciente em hospitais de Ensino.	Eficácia e segurança da ACP podem ser alcançadas com seleção de pacientes, educação abrangente e familiarização do equipamento.
Langdale⁴4 Langdale A. Analgésie contrôlée par le patient. Bénéfices, risques, modalités de surveillance. Ann Fr Anesth Réanim. 1998;17(6):58-98.	Revisão bibliográfica	Medidas que tornam a ACP eficaz e segura.	A educação dos pacientes e enfermeiros e protocolos especificando prescrição, monitoramento e tratamento de efeitos adversos são fundamentais para segurança da ACP.
Etches³⁶36 Etches RC. Patient-Controlled analgesia. Surg Clin North Am. 1999;79(2):297-312.	Revisão bibliográfica	ACP no controle da dor pós-operatória.	A ACP em pacientes selecionados adequadamente apresenta analgesia superior aos modelos tradicionais.
Stone e Wheatley¹⁰⁵105 Stone M, Wheatley B. Patient-controlled analgesia. Br J Anaesth. 2002;2(3): 79-82.	Revisão bibliográfica	Fatores de risco para evento adverso associado à bomba de ACP e medidas de segurança.	Os fatores de risco para depressão respiratória são: infusão de fundo, bolus de morfina >1mg, idoso, doença respiratória, controle de proxy, sedativos concomitantes, erro do operador e falha do equipamento. As medidas de segurança são: educação das equipes, padronização da bomba, disponibilização de instruções claras, recursos humanos, monitoramento e plano de gestão.
Hicks et al.³²32 Hicks RW, Becker SC, Krenzischeck D, Beya SC. Medication errors in the PACU: a secondary analysis of MEDMARX findings. J Perianesth Nurs. 2004;19(1):18-28.	Revisão bibliográfica	Erros de fármacos em SRPA.	Os erros resultaram em um limiar de lesão acima do esperado (6,8%), sendo que a maioria dos erros ocorreu durante a fase de administração (59%). Quase um quarto dos erros envolveu uma dose inadequada de um fármaco. Três quartos dos erros foram influenciados por distrações. Mais de 130 produtos diferentes estiveram presentes na amostra de casos analisados. As áreas problemáticas identificadas envolviam analgesia peridural, analgesia controlada pelo paciente e doses duplicadas.
Cohen e Smetzer²⁸28 Cohen MR, Smetzer J. Patient-controlled analgesia safety issues. J Pain Palliat Care Pharmacother. 2005;19(1):45-50.	Revisão bibliográfica	Fatores de risco relacionados à segurança do paciente em ACP.	ACP por procuração, seleção adequada de pacientes para ACP, monitoramento do paciente, educação do paciente, mistura de fármacos e erros relacionados à prescrição.
Tan e Schug¹⁰⁷107 Tan TY, Schug SA. Safety aspects of postoperative pain management. Rev Analg. 2006;9(1):45-53.	Revisão bibliográfica	Uso da ACP em pacientes em tratamento de dor aguda.	A ACP sozinha teve uma taxa significativamente menor de depressão respiratória do que a ACP com infusão de fundo ou infusão contínua de morfina. Nenhuma complicação grave resultando em morbidade ou mortalidade ocorreu.
D’arcy⁵⁰50 D’Arcy Y. Patient safety issues with patient-controlled analgesia. Topics in Advanced Pract Nurs J. 2007;7(1).	Revisão bibliográfica	Uso seguro da ACP para alívio da dor.	A maioria dos pacientes que usam a ACP no pós-operatório não apresentam problemas. Entretanto deve-se selecionar corretamente o paciente, realizar constante monitoramento durante o uso, correto funcionamento e programação da bomba, políticas e procedimentos corretamente aplicados, educação adequada ao paciente sobre o uso da ACP.
Eugene e Viscusi¹¹11 Ouzzani M, Hammady H, Fedorowicz Z, Elmagarmid A. Rayyan-a web and mobile app for systematic reviews. Syst Rev. 2016;5(1):210.	Revisão bibliográfica	Riscos e benefícios das modalidades de ACP.	PCINA tem o potencial de melhorar significativamente a dor pós-operatória devido à simplicidade inerente e não invasiva de sua administração. Fentanyl ITS demonstrou ser seguro e eficaz para o manejo da dor pós-operatória em vários grandes ensaios clínicos randomizados, com eficácia igual à de um regime padrão de morfina IV ACP.
Alberta³⁵35 Alberta RN. Beware of basal opioid infusions with PCA therapy. Alta RN. 2009;65(9):12-3.	Revisão bibliográfica	Fatores de risco e medidas de segurança associados à ACP.	O estudo aborda diferenças genéticas e metabólicas que causam variações na resposta aos opioides, aumentando o risco. É importante estar atento aos fármacos com nomes parecidos e erros de programação como seleção do bloqueio ou concentração errados. Medidas de segurança: seleção adequada dos pacientes, usar duas verificações independentes de enfermagem, identificar as linhas, usar bolsas ou seringas pré-cheias e pedidos padronizados.
Schein et al.⁹⁹99 Schein JR, Hicks RW, Nelson WW, Sikirica V, Doyle DJ. Patient-controlled analgesia-related medication errors in the postoperative period: causes and prevention. Drug Saf. 2009;32(7):549-59.	Revisão bibliográfica	Erros relacionados à bomba de ACP e medidas de segurança.	A maioria dos erros estão relacionados a má programação da bomba e mau funcionamento do dispositivo. Bombas inteligentes com tecnologia de código de barras e outros avanços podem tornar a ACP mais segura.
Chumbley e Mountford⁴⁷47 Chumbley G, Mountford L. Patient-controlled analgesia infusion pumps for adults. Nurs Stand. 2010; 25(8):35-40.	Revisão bibliográfica	Fatores de risco e cuidados de enfermagem associados à ACP.	Erros de programação são comuns, por isso os enfermeiros devem estar familiarizados com os parâmetros e configurações.
Lattavo³⁰30 Lattavo K. Safe use of patient-controlled analgesia on a medical-surgical unit. Acad Med-Surg Nurses. 2010;19(2):11-4.	Revisão bibliográfica	Fatores de risco associados à ACP e cuidados de enfermagem para melhorar a segurança.	Deve-se considerar alguns riscos na seleção do paciente, como: apneia obstrutiva do sono, uso de depressores centrais e obesidade mórbida. O mau funcionamento da bomba pode ser devido ao motor, placa de exibição ou software defeituosos. Erros de programação se devem à fármaco, dosagem e bloqueio inadequados. Erros do paciente se trataram de adulteração ou ativação do botão por familiares. O enfermeiro deve realizar avaliação sistemática da sedação.
Taylor¹⁰⁸108 Taylor SA. Safety and satisfaction provided by patient-controlled analgesia. Dimens Crit Care Nurs. 2010;29(4):163-6.	Revisão bibliográfica	Fatores de risco associados à ACP.	Fatores como erros de programação, dosagem inadequada, seleção inadequada de pacientes e falha no monitoramento podem ser fatais.
Sardin et al.⁴⁰40 Sardin B, Lecour N, Terrier G, Grouille D. À propos des paramètres de sécurité des pompes d’analgésie contrôlée par le patient (PCA). Ann Fr Anesth Reanim. 2012;31(10):813-7.	Revisão bibliográfica	Fatores de risco associados à bomba de ACP.	O número máximo de bolus (Bmax) é um parâmetro importante ausente em algumas bombas. Ele impede a superdosagem. A dose cumulativa máxima (Dcmax) está mais presente, porém está mais associada a problemas, pois quando atingida precisa de intervenção humana para reprogramar.
Hicks, Hernandez e Wanzer³³33 Hicks RW, Hernandez J, Wanzer LJ. Perioperative pharmacology: patient-controlled analgesia. AORN J. 2012;95(2):255-65.	Revisão bibliográfica	Fatores de risco, farmacologia dos opioides e medidas de segurança da enfermagem associada à ACP no perioperatório.	Erros humanos ocorreram em cada fase do uso de opioides, desde a prescrição (através da transcrição), dispensação, administração e monitoramento. Os opioides devem ser avaliados quanto aos efeitos adversos e contra-indicações para evitar depressão respiratória. Os enfermeiros perioperatórios podem estabelecer processos padronizados.
D’Arcy⁸²82 D’Arcy Y. PCA by proxy: taking the patient out of patient-controlled analgesia: this controversial practice can be done safely in carefully controlled circumstances. Dimens Crit Care Nurs. 2013;32(4):200-3.	Revisão bibliográfica	Fatores de risco e medidas de segurança associados à ACP.	A ACP por procuração não é recomendada, pelo alto risco de complicações. Deve-se selecionar adequadamente os pacientes, realizar monitoramento com oxímetro e capnógrafo, avaliação da dor, educação do paciente e família e prescrição clara.
Lisi¹³13 Lisi DM. Patient-controlled analgesia and the older patient. US Pharm. 2013;38(3):2-6.	Revisão bibliográfica	Eventos adversos, fatores de risco e medidas de segurança associados à ACP.	Os eventos adversos descritos são: depressão respiratória, sedação, confusão, náusea, vômito, prurido e retenção urinária. Os fatores de risco para depressão respiratória são: infusão de fundo; ACP por procuração; idade avançada; ferimento na cabeça; hipovolemia; uso de hipnóticos ou sedativos; insuficiência renal, hepática, pulmonar ou cardíaca; apneia do sono e obesidade. Deve-se educar os envolvidos e implementar medidas de segurança na compra da bomba, prescrição, dispensação e monitoramento.
Surprise e Simpson¹⁰⁶106 Surprise JK, Simpson MH. PCA: is that patientor provider-controlled analgesia? J Radiol Nurs. 2014;33(1):18-22.	Revisão bibliográfica	Medidas de segurança associadas à ACP.	Pacientes adequadamente selecionados e instruídos podem receber ACP. O provedor deve olhar para as necessidades individuais do paciente, a fim de escolher as configurações adequadas para a ACP permitindo-lhe assim o controle sobre a prescrição.
Golembiewski, Dasta e Palmer⁸⁵85 Golembiewski J, Dasta J, Palmer PP. Evolution of patient-controlled analgesia: from intravenous to sublingual treatment. Hosp Farm. 2016;51(3):214-29.	Revisão bibliográfica	Fatores de risco associados à ACP intravenosa.	Foram descritas várias desvantagens relacionadas à ACP intravenosa: erro do programador, de exposição do paciente a lacunas analgésicas, de permeabilidade da linha intravenosa, empilhamento de dose e de infecção relacionada ao cateter.
Shola e Neela Narayanan¹⁰¹101 Shola UR, Neela Narayanan V. A review on patient-controlled analgesia infusion system. Asian J Pharm Clin Res. 2017;10(13):117-21.	Revisão bibliográfica	Fatores de risco, eventos adversos e medidas de segurança associados à ACP.	Os problemas mais presentes relacionados à ACP são eventos de segurança do dispositivo, erro do operador, reações adversas a opioides e ligados ao paciente. Foca-se no aperfeiçoamento da bomba de ACP com interface interoperável para melhorar a segurança.
Abrolat et al.²²22 Abrolat M, Eberhart LHJ, Kalmus G, Koch T, Nardi-Hiebl S. Patientenkontrollierte analgesie: methoden, handhabung und ausbaufähigkeit. Anästhesiol Intensivmed Notfallmed Schmerzther. 2018;53(4):270-80.	Revisão bibliográfica	Medidas de segurança associadas à ACP.	A implementação do serviço de dor aguda é desejável, porém mesmo sem a instituição deve-se prezar pela seleção adequada dos pacientes, educação e da equipe. Também se deve realizar visitas regulares e documentação da terapia, monitoramento estendido no paciente com fatores de risco como apneia do sono.
Dening¹⁵	Série de casos	ACP no controle da dor pós-operatória.	A introdução da ACP de forma planejada e cuidadosa, com treinamento da equipe e pacientes, torna o método eficaz e seguro.
Etches⁵²52 Etches RC. Respiratory depression associated with patient-controlled analgesia: a review of eight cases. Can J Anaesth. 1994;41(2):125-32.	Série de casos	Fatores de risco e incidência da depressão respiratória durante a ACP.	Os fatores associados ao maior risco de depressão respiratória são: uso concomitante de infusão de fundo e sedativos, idade avançada e apneia do sono. O risco na ACP é o mesmo que na administração intramuscular e espinhal tradicionais.
Syed et al.²¹21 Syed S, Paul JE, Hueftlein M, Kampf M, McLean RF. Morphine overdose from error propagation on an acute pain service. Reg Anesth Pain. 2006;53(6):586-90.	Série de casos	Propagação de evento adverso durante uso de ACP.	Necessidade de treinamento e atualizações para os profissionais. Os eventos adversos precisam ser relatados e investigados para garantir aprendizado e uso seguro de ACP no perioperatório.
Sousa et al.¹⁰³103 Sousa AM, de Santana Neto J, Guimaraes GM, Cascudo GM, Neto JO, Ashmawi HA. Safety profile of intravenous patient-controlled analgesia for breakthrough pain in cancer patients: a case series study. Supp Care Cancer. 2014;22(3):795-801.	Série de casos	Riscos e efeitos adversos associados à ACP em pacientes oncológicos.	Os efeitos adversos mais comuns no paciente oncológico foram: sedação, constipação e náuseas. A morfina apresentou um risco maior do que o fentanil para sedação.
Williams J¹¹⁶116 Williams J. Saving lives, saving families: continuous monitoring for patients on opioids. Biomed Instrum Technol. 2015;49(1):40-4.	Série de casos	Fatores de risco, eventos adversos e medidas de segurança associados à ACP.	A falha no monitoramento culminou em 2 óbitos relacionados à depressão respiratória durante ou após o uso da ACP. Uma paciente não tinha fator de risco, o outro apresentava apneia obstrutiva do sono. O estudo aborda a necessidade do monitoramento contínuo durante o uso da bomba de ACP, independente dos fatores de risco.
Wong, Mabuyi e Gonzalez¹¹⁷117 Wong M, Mabuyi A, Gonzalez B. First National Survey of Patient-Controlled Analgesia Practices. In: Society of Anesthesia and Sleep Medicine (SASM) 3rd Annual Conference, 2013.	Transversal	Medidas de segurança associadas à ACP.	Notou-se que pode haver mais segurança nos hospitais que usam apenas bombas inteligentes, apresentam materiais educativos, monitoramento com oxímetro e capnógrafo.

Variáveis	n (%)
Doenças prévias	7 (100%)
Obesidade	3 (44%)
Anemia falciforme	2 (28%)
Apneia do sono	1 (14%)
Insuficiência renal crônica	1 (14%)
Perfil das indicações	27 (100%)
Pós-operatório	22 (81%)
Dor oncológica	4 (15%)
Dor aguda	1 (4%)
Tipos de opioides	43 (100%)
Morfina	27 (63%)
Hidromorfona	7 (16%)
Meperidina	3 (7%)
Fentanil	3 (7%)
Oxicodona	2 (5%)
Piritramida	1 (2%)
Tipos de bombas	16 (100%)
Abbott	7 (44%)
Graseby	6 (38%)
Baxter	1 (6%)
Master	1 (6%)
Carefusion	1 (6%)
Deltec	1 (6%)
Tipos de infusão	43 (100%)
Sem infusão de fundo	30 (70%)
Com infusão basal	13 (30%
Efeitos adversos	66 (100%)
Depressão respiratória	26 (39%)
Óbito	10 (14%)
Náusea, constipação, vômito ou prurido	5 (7%)
Sedação excessiva	4 (6%)
Convulsões	4 (6%)
Analgesia inadequada	4 (6%)
Parada respiratória	3 (5%)
Parada cardiorrespiratória	3 (5%)
Coma	2 (3%)
Delirium	2 (3%)
Parada cardíaca	1 (1%)
Insuficiência renal	1 (1%)
Hemorragia gastrointestinal	1 (1%)
Encefalopatia hipóxica	1 (1%)
Anafilaxia	1 (1%)
Hipotensão	1 (1%)
Incidentes sem lesões	5 (100%)
Superdosagem	5 (100%)
Estágios de risco	71 (100%)
Programação	19 (27%)
Dispositivo de ACP	15 (21%)
Administração	9 (13%)
Prescrição	9 (13%)
Seleção de pacientes	8 (11%)
Educação	5 (7%)
Dispensação de fármacos	3 (4%)
Preparo	3 (4%)
Medidas de segurança	83 (100%)
Educação	16 (19%)
Bomba segura	13 (16%)
Seleção adequada de pacientes	9 (11%)
Preparo e dispensação seguros	8 (10%)
Pedidos de ACP adequados	7 (8%)

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E-mail: dor@dor.org.br

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[1] Conflito de interesses: não há