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Remoção de cobre em cachaça usando argilas

O aumento da produção e consumo de cachaça de alambique tem estimulado a pesquisa sobre a qualidade da bebida. Sabe-se que o cobre, quando encontrado em teor elevado na bebida e ingerido em grandes quantidades, pode causar danos à saúde humana. Assim, há uma grande preocupação por parte de pesquisadores e produtores quanto à utilização de substâncias adsorventes na remoção de seu excesso. Conduziu-se este trabalho, com os objetivos de estudar a cinética e a isoterma de adsorção de cobre em caulinitas e avaliar a qualidade físico-química da cachaça antes e após a adsorção. As caulinitas K01, K03 e K04 apresentaram capacidade máxima de adsorção do metal, 97, 95 e 90%, respectivamente. Observou-se que a cinética de adsorção segue o modelo de pseudoprimeira ordem e que os dados de isotermas se ajustaram ao modelo de Freundlich. Nos resultados das análises físico-químicas, todos os parâmetros da amostra controle estavam dentro dos limites exigidos pela legislação, exceto para os aldeídos e cobre. Após a adsorção com as argilas estudadas, a cachaça apresentou uma redução dos mesmos e para alguns parâmetros não houveram diferenças significativas. Pelos resultados da análise multivariada, com a primeira e a segunda componente principal, foi possível descrever 87% dos dados e pode-se constatar que todas as amostras diferiram-se do controle quanto aos parâmetros analisados. Assim, as argilas analisadas podem futuramente, após mais estudos, serem utilizadas na remoção do cobre da cachaça.

Bebida; cinética; isotermas; adsorção


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