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Mecanismos morfofisiológicos e bioquímicos de tolerância ao cobre em plantas de Handroanthus heptaphyllus

RESUMO

Solos contaminados com cobre (Cu) são um problema crescente, e o uso da fitorremediação tem evidenciado resultados positivos na redução dos efeitos nocivos desse elemento nos solos. Espécies arbóreas têm sido amplamente utilizadas para esta técnica, pois funcionam como barreira a esse tipo de contaminação. Portanto, é necessário avaliar os limites de tolerância/toxicidade ao Cu, bem como os danos causados por este metal nas plantas. Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar a tolerância de plantas de Handroanthus heptaphyllus ao Cu através de análises morfofisiológicas e bioquímicas, bem como a concentração de Cu nos tecidos. Mudas de H. heptaphyllus foram submetidas a diferentes concentrações de Cu adicionadas na solução nutritiva: 0,5, 32, 64, 96 e 128 μM Cu em sistema hidropônico. Foram analisados atributos morfofisiológicos, como altura da parte aérea e comprimento da raiz, massa seca, variáveis morfológicas do sistema radicular, área foliar e variáveis fotossintéticas. Além disso, foram investigados pigmentos fotossintéticos, enzimas antioxidantes, peroxidação lipídica, concentração de peróxido de hidrogênio e Cu acumulado nos tecidos. Os valores registrados para variáveis como massa seca e pigmentos não apresentaram diferença significativa, independentemente das concentrações de Cu. Além disso, as taxas fotossintéticas e transpiratórias foram afetadas negativamente apenas na maior concentração de Cu (128 μM). No geral, a espécie Handroanthus heptaphyllus foi afetada pelo excesso de Cu apenas em 128 μM. O Cu se acumulou principalmente nas raízes, sem registrar diminuição da biomassa, o que pode indicar a tolerância da espécie a esse metal, bem como seu grande potencial para ser utilizado na fitoestabilização de Cu em solos contaminados com este metal.

Palavras-chave:
Áreas contaminadas; estresse oxidativo; fitorremediação

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