Qualidade pós-colheita e coloração de raízes de rabanete sob adubação orgânica em ambiente semiárido

RESUMO

A qualidade pós-colheita e a coloração das raízes do rabanete podem ser comprometidas por fatores como o tipo de sistema de cultivo e manejo da adubação. Portanto, o objetivo deste trabalho foi estimar os índices de qualidade pós-colheita e os parâmetros de cor de raízes de rabanete em monocultivo, em função de diferentes quantidades de biomassa de flor-de-seda (Calotropis procera), em duas estações de cultivo em ambiente semiárido. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso com cinco tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos consistiram de diferentes quantidades de biomassa de flor-de-seda: 16, 29, 42, 55 e 68 t ha^-1 em base seca, incorporadas ao solo. Em cada bloco foram adicionados dois tratamentos adicionais, um sem adubação (controle) e outro com adubação mineral, para fins de comparação com o tratamento de máxima eficiência. A cultivar de rabanete plantada foi a ‘Crimson Gigante’. As características do rabanete avaliadas foram: pH, teor de sólidos solúveis totais (SS), acidez titulável (AT), relação SS/AT, teor de açúcares solúveis totais (AST), teores de vitamina C (VC) e antocianina (A) e os parâmetros de cor das raízes (L*, C* e h°). A máxima eficiência de sabor (SS/AT) e o teor de açúcares solúveis totais (AST) foram obtidos com a incorporação ao solo de 47,24 e 25,27 t ha^-1 de biomassa de flor-de-seda, respectivamente. Maiores concentrações de compostos bioativos (VC e A) foram obtidas ao incorporar 35,79 e 45,85 t ha^-1 de biomassa do adubo verde. Os valores dos parâmetros de cor (L*, C* e h°) nas raízes do rabanete vermelho foram alcançados nas quantidades de biomassa de 40,39, 53,14 e 52,71 t ha^-1 de flor-de-seda.

Termos para indexação:
Raphanus sativus; Calotropis procera; adubação verde; segurança alimentar.