Efeitos do pré-resfriamento e armazenamento a frio no sistema antioxidante na pós-colheita de copo-de-leite

RESUMO

O armazenamento em baixa temperatura é uma das técnicas mais eficazes para manter a qualidade e a durabilidade das flores cortadas. Tanto a manutenção da qualidade quanto a durabilidade são dependentes de fatores do metabolismo da planta como o sistema antioxidante. O objetivo foi avaliar o efeito da baixa temperatura no pré-resfriamento e armazenamento pós-colheita, no metabolismo do copo-de-leite [Zantedeschia aethiopica (L.) K. Spreng] quanto ao sistema antioxidante, níveis de peróxido de hidrogênio (H₂O₂) e malondialdeído (MDA). Portanto, diferentes temperaturas de armazenamento (4 ºC e 21 ºC) foram testadas assim como o efeito do pré-resfriamento em diferentes períodos (0 a 24 horas). Foi observado que a atividade da catalase (CAT) e da superóxido dismutase (SOD) aumentou no armazenamento à 4 °C, assim como a durabilidade da inflorescência no padrão comercial (aproximadamente 12 dias). À 21 °C, o teor de H₂O₂ e MDA foi maior e a redução da qualidade visual na inflorescência foi acelerada. A baixa temperatura leva a uma maior atividade das enzimas do sistema antioxidante (CAT e SOD) e aumenta a longevidade pós-colheita do copo-de-leite. O pré-resfriamento não influenciou na qualidade visual e longevidade do copo-de-leite. Períodos de exposição de longa duração a baixas temperaturas, com 12 e 24 horas de pré-resfriamento causaram estresse, evidenciados por maiores níveis de MDA e maior atividade de CAT. A atividade da SOD foi relacionada à baixa temperatura e períodos mais curtos de pré-resfriamento resultaram em melhor atividade do sistema antioxidante e menores níveis de MDA.

Termos para indexação:
Durabilidade; baixa temperatura; malondialdeído; superóxido dismutase Zantedeschia aethiopica.