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Uso de resíduo de basalto como matéria-prima para cerâmica vermelha

Resumo

Atualmente, os códigos ambientais restringem a emissão de material particulado, resultando em um resíduo coletado por filtros. Este resíduo basáltico é proveniente de plantas de produção de agregados para construção, situadas na Região Metropolitana de Londrina, PR (Brasil). Inicialmente, o resíduo basáltico foi submetido a peneiramento (< 75 µm) e o pó obtido foi caracterizado em termos de distribuição do tamanho das partículas. A plasticidade de massas cerâmicas contendo 0, 10, 20, 30, 40 e 50% de resíduo basáltico foi medida pelo método de Atterberg. A composição química de formulações cerâmicas contendo 0 e 20% de resíduo basáltico foi determinada por meio de fluorescência de raios X. Corpos de prova prismáticos foram moldados por extrusão e queimados a 850 °C, e determinadas a densidade, a absorção de água, as retrações na secagem e na queima, a resistência à tração na flexão e o módulo de Young das amostras. A microestrutura foi avaliada por microscopia eletrônica de varredura, difração de raios X e porosimetria de intrusão de mercúrio. O pó de basalto apresenta características físicas e químicas similares quando comparado às outras matérias-primas, e contribui para o processamento cerâmico pela redução das retrações na secagem e na queima. O desempenho mecânico da mistura contendo pó basáltico é equivalente à mistura sem pó. Aspectos microestruturais, como a distribuição do tamanho dos poros, são modificados pelo pó basáltico; a fase albita relacionada ao pó de basalto foi identificada por meio de difração de raios X.

Palavras-chave:
resíduo; pó; matéria-prima; cerâmica vermelha

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