Conduziu-se este trabalho, com os objetivos de desenvolver métodos de beneficiamento e análise de raios X, e estudar o padrão de embebição de sementes de candeia (Eremanthus incanus). As sementes foram colhidas em 2001 e 2002, respectivamente, em Morro do Pilar e Lavras, beneficiadas e guardadas em câmara fria (5ºC/60%UR) até o início dos experimentos. Para identificar sementes vazias, foi desenvolvido um protocolo utilizando raios X combinando potência de radiação e tempo de exposição. Para a eliminação das sementes vazias foi realizado um experimento utilizando soprador tipo South Dakota, combinando aberturas do aparelho e tempo de ventilação. Os lotes originais e as categorias encontradas pelas radiografias foram testadas por testes de germinação, no qual as sementes foram lavadas em hipoclorito de sódio e distribuídas sobre papel, em gerbox, levadas para germinadores com temperatura alternada 20-30ºC, com 10 horas de luz, por até 15 dias. Foram determinadas as curvas de embebição, nas condições de 30ºC, 20-30ºC/10 horas de luz e 30-20ºC/10 horas de luz. O protocolo de raios X que melhor permitiu a visualização das estruturas internas da semente foi 30Kv por 45 segundos. A separação das sementes no soprador na abertura 3,0 por 30 segundos elevou o número de sementes com embrião para valores superiores a 99%, tendo como consequência, a elevação das taxas de germinação. O padrão de embebição é trifásico e o processo de germinação se completa em 72 horas. Sob temperatura alternada, o crescimento da raiz primária é favorecido.
Sementes florestais; teste de raios X; soprador de sementes; sementes vazias; germinação