Resumo:
Neste texto, proponho utilizar a noção de estilo como uma chave de interpretação ética para a estética fisiológica de Nietzsche no âmbito de sua crítica tardia a Wagner. Procuro analisar o papel performativo da “arte do estilo” nietzschiana na medida em que, ao comunicar a condição fisiológica de um corpo, ele pode afetar de maneira negativa ou positiva a configuração pulsional de outro corpo. Considero que, ao subsidiar as etapas fundamentais do ato médico, o diagnóstico e a terapêutica, o estilo se apresenta como um componente imprescindível para o filósofo, o médico da cultura.
Palavras-chave:
Arte do estilo; Estilo de décadence; Pathos; Ethos