RESUMO
Objetivo:
Determinar a incidência e a taxa de degeneração do disco adjacente, bem como analisar possíveis fatores de risco de degeneração do disco adjacente à fusão lombar.
Métodos:
Foi realizado um estudo retrospectivo de série de casos com nível de evidência IIB, com uma amostra de 125 pacientes com diagnóstico de estenose de canal lombar e espondilolistese, que foram operados no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2016, com instrumentação posterior e fusão posterolateral e acompanhamento ambulatorial, no qual se avaliou a sintomatologia e os achados radiográficos para estabelecer o diagnóstico e o tratamento.
Resultados:
Foram identificados 12 pacientes com doença do segmento adjacente, com incidência de 9,6%, com maior frequência no sexo feminino e na sétima década de vida. A patologia mais frequente foi estenose do canal (42,4%). O nível mais afetado foi L4/L5, e o procedimento mais relacionado com a prevalência do nível adjacente foi a instrumentação transpedicular posterior em L4/L5.
Conclusões:
A sagitalização das facetas articulares tem sido um fator constante em todos os pacientes, com envolvimento do disco adjacente. Os principais achados clínicos são dor radicular resistente ao tratamento e alterações radiográficas caracterizadas por espondilolistese, artrose facetária e hérnia de disco intervertebral. Nível de Evidência IIB; Estudo retrospectivo.
Descritores:
Doenças da coluna vertebral; Região lombossacral; Artrodese