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Rastros branquiais em seis espécies de teleósteos: influência do hábito alimentar e tamanho corporal

Este estudo analisou a estrutura dos rastros branquiais de Parapimelodus valenciennis e Parapimelodus nigribarbis (planctívoro), Serrasalmus maculatus e Hoplias malabaricus (piscívoros), Iheringichthys labrosus (bentófago) e Hypostomus commersonii (detritívoro) e a relacionou com o tamanho corporal e hábito alimentar dessas espécies. As espécies de Parapimelodus e H. commersonii apresentaram rastros branquiais longos, filiformes e próximos entre si, similar àquelas que usam os rastros branquiais como um filtro para ajudar na retenção de partículas pequenas. Os rastros branquiais espaçados de I. labrosus provavelmente permitem a retenção de larvas de insetos, mas não de partículas de matéria inorgânica. Em H. malabaricus e S. maculatus, os rastros branquiais são mais relacionados à captura da presa e deglutição, como observado em outras espécies piscívoras. Em geral, o comprimento do rastro branquial e a distância entre os rastros branquiais tem uma relação positiva com o comprimento do peixe. Os rastros branquiais apresentam adaptações relacionadas com a dieta do peixe, mas variações morfológicas podem ocorrer mesmo entre espécies cujos hábitos alimentares são os mesmos.

filtração; arcos branquiais; comportamento alimentar


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