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Ter filhos em contextos transfronteiriços: formação familiar tardia entre famílias homoparentais na Espanha

Resumo

Até recentemente as pessoas não heterossexuais foram consideradas inadequadas para criar seus filhos, sendo excluídas da formação de famílias na maioria dos países. Em todo o mundo, estas pessoas exigem acesso à formação familiar, destacando as mesmas competências que as pessoas heterossexuais possuem para os criar seus filhos. No entanto, quando pessoas solteiras e casais não heterossexuais consideram tornar-se pais na Espanha, devem pensar em contextos transnacionais para ter filhos através da adoção ou sub-rogação em outros países, contribuindo para atrasar a sua parentalidade. Elas devem considerar não só as condições socioculturais da Espanha, mas também as dos países de destino em aspectos como gênero, classe social e orientação sexual. Estas famílias enfrentam grandes dificuldades no acesso aos serviços de saúde reprodutiva. Por meio de uma abordagem etnográfica multissituada, este artigo aborda como, apesar das alterações legislativas que permitem a formação de famílias homoparentais na Espanha, estes pais e mães devem superar complicados processos burocráticos e enfrentar atitudes e políticas de exclusão social quando decidem ter os seus filhos e filhas.

Palavras-chave:
Família homoparental; Família tardia; Adoção; Tecnologias de reprodução assistida; Sub-rogação

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