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Quem são as minorias sexuais e de gênero que convivem frequentemente com filhos(as) e sua associação a cuidados em saúde

Resumo

Objetivou-se analisar as características sociodemográficas das minorias sexuais e de gênero que convivem frequentemente com filhos(as) e verificar se existe associação entre convívio frequente com filhos(as) e os cuidados em saúde. Trata-se de um estudo transversal com dados do inquérito de saúde LGBT+, realizado no Brasil em 2020 (agosto-novembro) de forma on-line e anônima, totalizado 958 participantes. O convívio frequente com filhos(as) foi avaliado pela moradia com filhos(as) ou encontros presenciais quinzenais com filhos(as) que moram em outro domicílio. Os cuidados em saúde incluíram ter um profissional ou serviço de referência, sentir-se à vontade para contar seus problemas e receber tratamento médico ou hospitalar de pior qualidade. A regressão de Poisson com variância robusta foi usada na análise estatística. A prevalência de convívio com filhos(as) foi de 5,3%. Após o ajuste por idade, verificou-se uma prevalência estatisticamente maior em mulheres cisgênero (13,4%) e entre pretos/pardos e outras raças/cores não brancas (7,9%). Observou-se que o convívio frequente com filhos(as) foi positivamente associado apenas a receber tratamento médico ou hospitalar de pior qualidade (RP=6,00; IC95% 1,22-29,67). Esses achados destacam que ainda há estigma/preconceito nos serviços de saúde.

Palavras-chave:
Minorias Sexuais e de Gênero; Qualidade da Assistência à Saúde

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