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Fatores associados ao contato pele a pele inferior a 180 min/dia em recém-nascidos com peso até 1.800 g: estudo multicêntrico

Resumo

O objetivo deste artigo é avaliar os fatores associados ao tempo de contato pele a pele < 180 min/dia em recém-nascidos com peso até 1.800 g durante a internação neonatal. Estudo observacional tipo coorte prospectivo conduzido em unidades neonatais de referência no Brasil. Foram analisados dados de 405 díades (mãe/filho), no período de maio de 2018 a março de 2020. As características da mãe e do recém-nascido foram coletadas em prontuários e entrevistas, a realização do contato pele-a-pele era registrada em fichas anexadas ao leito, preenchidas pela equipe e pelos pais. A variável desfecho foi o tempo médio diário de contato pele-a-pele inferior a 180 minutos. Foi realizada modelagem hierarquizada utilizando a regressão de Poisson com variância robusta para cálculo das razões de prevalência. As variáveis que permaneceram independentemente associadas foram: “não ter fácil acesso ao hospital” (morar longe ou ter dificuldade de transporte), “não possuir conhecimento prévio sobre o método canguru” e “ter apresentado morbidades durante a gestação”. Mães sem fácil acesso ao hospital e que desconhecem o método canguru devem ser alvos prioritários das políticas de saúde para desenvolver estratégias que promovam maior exposição ao contato pele a pele durante o período de internação de seus filhos.

Palavras-chave:
Método Canguru; Recém-nascido de baixo peso; Unidades neonatais

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