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O papel crescente, na epidemiologia da poluição do ar, da análise relacionada ao sexo da pessoa exposta

Embora sem uniformidade nos resultados, os estudos epidemiológicos dos efeitos da poluição do ar sobre a saúde respiratória relatam variações significativas em função do sexo da pessoa exposta à poluição. Vários estudos sobre adultos relatam efeitos mais severos entre mulheres, particularmente entre as de idade avançada, tais efeitos também estando presentes quando se faz uma avaliação da exposição a um ambiente residencial. Os estudos de crianças sugerem efeitos mais severos na infância de meninos, assim como na pré-adolescência de meninas. A variação na resposta à poluição do ar pode ser uma função quer do estágio vital da pessoa exposta, quer da sua exposição simultânea a fatores diversos, quer do estado hormonal da pessoa em questão ou de outros fatores. As fontes das variações observadas nos efeitos ainda não estão claras, mas as abordagens analíticas relacionadas ao sexo da pessoa exposta poderão ajudar a desemaranhar as diferenças observadas, na resposta à poluição, sujeitas à influência do gênero da pessoa exposta. Apresentamos, aqui, um trabalho estrutural, com o propósito de se passar a incorporar, na epidemiologia ambiental, uma análise em relação ao sexo da pessoa exposta, juntamente com diversos métodos de utilidade potencial a partir da análise relacionada ao sexo da pessoa exposta.

Poluição do ar; Variações nos efeitos; Epidemiologia; Gênero; Sexo


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