Estimou-se a prevalência e fatores associados ao uso de serviços odontológicos, em uma amostra probabilística, complexa, por conglomerados em dois estágios de pré-escolares com 18 a 36 meses de idade. Questionários estruturados foram aplicados aos pais/responsáveis, os pré-escolares foram avaliados por cirurgiões-dentistas treinados e calibrados. Nas análises foram consideradas as correções pelo efeito de desenho e estimaram-se as magnitudes das associações a partir de regressão logística (OR/ IC95%). Foram avaliados 809 pré-escolares, 15,5% havia usado serviço odontológico. Ser mais velho (3,27/1,71-6,24), ter maior renda per capita (2,65/1,50-4,65), ter moradia própria (1,83/1,04-3,23), ter acesso a informações preventivas de saúde bucal (5,44/3,00-9,86), usar fio dental (2,75/1,50-5,02) ocasionaram chances mais elevadas de uso desses serviços. Não possuir experiência de cárie (0,22/0,13-0,38) e não apresentar lesões fundamentais em tecidos moles (0,10/0,01-0,77) ocasionaram menores chances. A prevalência do uso de serviços odontológicos foi baixa, indicando a necessidade de maior oferta desses serviços e a ampliação de ações preventivas e de promoção de saúde. A maior chance de usos entre aqueles com melhores condições socioeconômicas sugere iniquidade.
Pré-escolar; Assistência odontológica; Utilização; Saúde bucal