Este artigo examina os argumentos de Costa 2001 contra a proposta de que os sujeitos não se elevam por movimento A para Spec-IP em Português Europeu (PE) e defende que nenhum deles infirma a referida proposta. Apesar de esta parecer, à partida, contra-intuitiva, tem a enorme vantagem de se integrar numa teoria do Parâmetro do Sujeito Nulo, que, sendo extremamente simples, tem um alcance empírico considerável. Em particular, é capaz de predizer não só o leque de propriedades classicamente atribuídas às Línguas de Sujeito Nulo como uma série de outros fenómenos que, à partida, nenhuma outra teoria é capaz de prever. A teoria que defende que os sujeitos ocupam a posição canónica pode parecer mais intuitiva, mas tem uma capacidade preditiva pobre e exige uma série de assunções adicionais para lidar com os fenómenos referidos.
sujeito; pré-verbal; pós-verbal; deslocação à esquerda; línguas de sujeito nulo; movimento A-barra; predicação