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Brincar com as línguas: a troca de código entre imigrados Ítalo-Brasileiros durante um torneio de ruzzola

RESUMO

Este artigo analisa as estratégias, especialmente a troca de código, utilizadas por um grupo de imigrados italianos que residem na cidade de São Paulo, no Brasil, e estão inscritos em um torneio do jogo da ruzzola. Por ser um contexto caracterizado por um repertório linguístico diversificado, observou-se que, de acordo com a competência linguística dos jogadores e em função das exigências de gestão da interação, a língua da interação pode ser constantemente negociada. Os dados analisados tendem a indicar que mesmo um uso realmente mínimo e rudimentar da língua pode contribuir para a manifestação de uma identidade italiana e que determinadas atividades vivenciadas como tradicionais da cultura de origem podem funcionar como fatores de uma retomada de interesse pela língua do país de proveniência. Este estudo adota como referencial teórico e metodológico o modelo de conversação bilíngue de (Auer, 1984), (Alfonzetti, 1992), e (De Fina, 2007a; 2007b), bem como a teoria da contextualização de (Gumperz, 1982).

Palavras-chave:
mudança de código; negociação da linguagem de interação; identidade; comunidade de imigrados ítalo-brasileiros

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