RESUMO.
Introdução:
A capacidade funcional de idosos com doença de Alzheimer (DA) sofrerá prejuízo progressivo.
Objetivo:
O presente estudo visou verificar a influências de dados sociodemográficos, clínicos, de estadiamento, mobilidade, equilíbrio postural e cognitivos no prejuízo da capacidade funcional de idosos com DA.
Métodos:
Trata-se de um estudo observacional, analítico e transversal, realizado no Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. O estudo contou com a participação de 40 idosos com idade igual ou superior a 60 anos com DA leve ou moderada, com deambulação independente. Os instrumentos utilizados incluíram um questionário para avaliação de dados sociodemográficos e antropométricos; o Mini-Exame de Estado de Saúde Mental (MEEM); a Avaliação Clínica da Demência (CDR); o Teste do desenho do Relógio (TDR); o Teste de Fluência Verbal (TFV); o Timed Up and Go Test (TUG); e o Clinical Test of Sensory Organization and Balance (CTSIB). Foram realizadas análises descritivas simples, teste de Mann-Whitney, teste de correlação de Spearman, modelo de regressão linear e equação de predição (p<0,05 e intervalo de 95% [IC95%]).
Resultados:
Foram gerados quinze modelos de regressão linear e foi escolhido o último para a análise. As variáveis assumidas nesse modelo citado foram: CDR, MEEM e condição três do CTSIB, que explicam 60,1% do desfecho.
Conclusões:
Pode-se concluir que o prejuízo da capacidade funcional de idosos com DA é influenciado pelo avançar da doença, pelos déficits cognitivo e de equilíbrio postural, sendo esse mais relacionado à imprecisão do sistema somatossensorial em realizar a integração sensorial.
Palavras-chave:
doença de Alzheimer; incapacidade; função executiva; equilíbrio postural