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Tomando a palavra: Helena Nogueira e o falar como conquista política e psicológica

RESUMO

A desigualdade de gênero (imbricada às desigualdades de classe e raça) configura-se como um problema social e histórico de graves consequências objetivas e subjetivas. Produz sofrimentos coletivamente compartilhados pelos grupos oprimidos. Este texto é uma reflexão sobre sofrimento e resistência, a partir das memórias e histórias de vida de mulheres que participam de movimentos sociais feministas. Buscamos apreender os sentidos e as transformações psicológicas que acompanham essa participação política, especialmente no contexto de um movimento social feminista, antirracista e anticapitalista: a Marcha Mundial das Mulheres. Partindo da trajetória biográfica de uma depoente, refletimos sobre aspectos psicossociais do silêncio e da fala como ligados a processos históricos de dominação e exploração, de resistência e enfrentamentos.

PALAVRAS-CHAVE:
Relações de gênero raça e classe; Enraizamento; Memória; Movimentos sociais feministas; Humilhação social

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