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Tendências climáticas no município de Pelotas, estado do Rio Grande do Sul, Brasil

RESUMO

Alterações na frequência de ocorrência dos eventos meteorológicos extremos têm sido apontadas como um provável impacto do aquecimento global. Nesse contexto, objetivou-se detectar a presença de alterações climáticas em séries de temperatura do ar mínima e máxima extremas de Pelotas, Rio Grande do Sul (1896-2011), quantificando sua influência na probabilidade de ocorrência dessas variáveis. Utilizou-se da distribuição geral de valores extremos (GEV) empregada em suas formas estacionária e não estacionárias. Nesse último caso, os parâmetros da GEV são variáveis ao longo do tempo. Com base em testes de aderência e no método da razão da máxima verossimilhança, verificou-se que um modelo GEV em que o parâmetro de localização se eleva ao longo do tempo, apresenta o melhor ajuste da série de temperatura mínima diária. Esse resultado descreve significativa elevação na média dos valores dessa variável, indicando potencial redução na frequência do fenômeno geada. A série de temperatura máxima diária é também descrita por um modelo não estacionário, cujo parâmetro de localização decresce ao longo do tempo e o de escala, relacionado à variância amostral, eleva-se entre o início e o fim da série. Esse resultado indica queda na média dos valores de temperatura máxima diária e elevação da dispersão dos dados amostrais.

distribuição geral dos valores extremos; modelo dependente do tempo; eventos meteorológicos extremos

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