RESUMO
Neste artigo discute-se a dívida e o endividamento no mercado educacional como um dispositivo de controle biopolítico nos processos de subjetivação da lógica neoliberal estabelecido pelo gradiente do Homo œconomicus, fazendo com que o consumo educacional seja o investimento na constituição do capital humano. De modo que a produção do sujeito endividado transpõe a subjetividade do modelo do Homo œconomicus para a figura do Homo in debitum, constituindo o efeito desse dispositivo biopolítico. Por fim, aponta-se que o controle que se instaura na vida endividada, no próprio jogo biopolítico, pode provocar resistência para a invenção de outros regimes de verdade que produzam outras subjetividades que não sejam governadas pela dívida.
Palavras-chave
Neoliberalismo; Educação; Dívida; Capital Humano; Privatização