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Dispneia em DPOC: além da escala modified Medical Research Council

OBJETIVO: Avaliar as correlações entre diversos instrumentos de avaliação de dispneia, dados espirométricos e de tolerância ao exercício e índice Body mass index, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity (BODE) em pacientes com DPOC. MÉTODOS: Entre março de 2008 e julho de 2009, de 79 pacientes com DPOC recrutados, 50 foram selecionados. Esses pacientes retornaram após um mês de tratamento regular com formoterol e responderam aos seguintes instrumentos: escala modified Medical Research Council (mMRC), Baseline Dyspnea Index (BDI), Oxygen Cost Diagram (OCD) e Shortness Of Breath Questionnaire (SOBQ). Em seguida, realizaram espirometria e teste de caminhada de seis minutos (TC6), com a medição da distância percorrida no TC6 (DTC6), medida de SpO2 inicial e final, e graduação da dispneia pela escala analógica visual (EAV) e escala de Borg. RESULTADOS: As melhores correlações entre os instrumentos foram entre Borg e EAV (r s = 0,79) e BDI e SOBQ (r s = -0,73). Entre as escalas unidimensionais (VAS, mMRC, OCD e de Borg), apenas VAS se correlacionou com os parâmetros de espirometria, ao passo que as escalas multidimensionais BDI e SOBQ apresentaram fraca correlação. Houve boas correlações entre mMRC, BDI e SOBQ com DTC6. Entre os parâmetros espirométricos, a capacidade inspiratória (CI) e CVF tiveram as melhores correlações com DTC6. Na análise multivariada, BDI e CI foram selecionados como os melhores preditores para DTC6. CONCLUSÕES: Escalas multidimensionais de dispneia devem ser aplicadas para avaliar pacientes com DPOC.

Doença pulmonar obstrutiva crônica; Espirometria; Dispneia; Tolerância ao exercício


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