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Estudo comparativo entre lobectomia e segmentectomia estendida para o tratamento do carcinoma brônquico não de pequenas células em estágios iniciais

INTRODUÇÃO: O uso de ressecção menor que lobectomia para tumores em fase inicial continua em debate. MÉTODO: No período de 1995 até 2000 foram vistos 733 casos de carcinoma brônquico não de pequenas células. Após avaliação clínica e estadiamento cirúrgico, 191 pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico curativo, no qual, 63 com ressecção de tumores localmente avançados e 128 com tumores em estágio inicial (69 segmentectomias e 59 lobectomias). Utilizou-se como critério para indicar o tipo de ressecção o VEF1 pós-operatório mínimo de 800 ml. Foi utilizada segmentectomia estendida, onde a linha de ressecção ultrapassa a linha intersegmentar, incluído parênquima do segmento anexo. RESULTADOS: Entre 128 pacientes, houve 3 óbitos e 10 perdas de acompanhamento. Um total de 62 segmentectomias e 53 lobectomias foram estudadas. Havia 72 adenocarcinomas e 43 carcinomas epidermóide. A sobrevida em 5 anos dos pacientes submetidos à lobectomia foi de 80% (T1N0), 72,7% (T2N0), 50% (T1N1) e 31,8% (T2N1) e à segmentectomia foi de 80% (T1N0), 66,6% (T2N0), 41,1% (T1N1) e 30% (T2N1) (p>0,05). O tamanho do tumor e a presença de linfonodo interlobar positivo foram decisivos para o prognóstico (p<0,001), mas o tipo de ressecção não influenciou na sobrevida e na recidiva local ou à distância (p>0,05). CONCLUSÃO: A segmentectomia estendida pode ser uma opção para o tratamento de tumores em fase inicial em pacientes com reserva funcional limítrofe.

Lobectomia; Segmentectomia; Câncer de pulmão; Carcinoma brônquico não-pequenas células


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