Acessibilidade / Reportar erro

Doação após morte circulatória e transplante de pulmão

RESUMO

O transplante de pulmão é a modalidade mais eficaz de tratamento de pacientes com doenças pulmonares terminais. Infelizmente, muitas pessoas não podem se beneficiar dessa terapia, porque não há doadores suficientes. Neste artigo de revisão e atualização, discutimos a doação após morte circulatória (DMC), uma estratégia indubitavelmente essencial para aumentar o total de doadores. No entanto, há considerações éticas e legislativas no processo de DMC que diferem daquelas da doação após morte encefálica (DME). Os aspectos fundamentais da DMC são o conceito de fim da vida, a cessação de tratamentos fúteis e a retirada de terapias de suporte vital, entre outros. Além disso, esta revisão apresenta uma justificativa para o uso de pulmões provenientes de doadores em morte circulatória e fornece algumas definições importantes, destacando as principais diferenças entre DMC e DME, incluindo aspectos fisiológicos pertinentes a cada categoria. A capacidade única dos pulmões de manter a viabilidade celular sem circulação, contanto que os alvéolos recebam oxigênio - um aspecto essencial da DMC - também é discutida. Também apresentamos aqui uma revisão atualizada da experiência clínica com DMC para transplante de pulmão em centros internacionais, os avanços recentes da DMC e alguns dilemas éticos que merecem atenção.

Descritores:
Obtenção de tecidos e órgãos; Morte encefálica; Transplante de pulmão; Insuficiência respiratória

Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia SCS Quadra 1, Bl. K salas 203/204, 70398-900 - Brasília - DF - Brasil, Fone/Fax: 0800 61 6218 ramal 211, (55 61)3245-1030/6218 ramal 211 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: jbp@sbpt.org.br