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Pleurodese nos derrames pleurais malignos: um inquérito entre médicos em países da América do Sul e Central

OBJETIVO: A pleurodese é uma alternativa eficaz no controle dos derrames pleurais malignos, mas existem controvérsias a respeito de sua indicação e técnica. O objetivo deste estudo foi avaliar como é realizada a pleurodese em países da América do Sul e Central. MÉTODOS: Profissionais que realizam pleurodese responderam um questionário sobre critérios de indicação para pleurodese, técnicas utilizadas e desfechos. RESULTADOS: Nossa amostra envolveu 147 profissionais no Brasil, 49 em outros países da América do Sul e 36 em países da América Central. Mais de 50% dos participantes realizavam pleurodese somente se confirmada a malignidade no derrame pleural. Entretanto, escalas de dispneia e de status de performance eram raramente utilizadas para indicar o procedimento. Aproximadamente 75% dos participantes no Brasil e na América Central preferiam realizar a pleurodese somente no caso de recidiva do derrame, e a expansão pulmonar deveria variar de 90% a 100%. O talco slurry foi o agente mais utilizado, instilado via drenos de calibre intermediário. A toracoscopia foi realizada em menos de 25% dos casos. Febre e dor torácica foram os efeitos adversos mais comuns, e empiema ocorreu em < 14% dos casos. A média de sobrevida após o procedimento variou entre 6 e 12 meses. CONCLUSÕES: Há variações consideráveis quanto aos critérios de indicação para pleurodese, técnicas utilizadas e desfechos entre os países. Talco slurry é o agente mais frequentemente utilizado, e a toracoscopia é a primeira escolha no Brasil. Os baixos índices de complicações e o tempo de sobrevida elevado indicam que a pleurodese é efetiva e causa poucos efeitos adversos.

Derrame pleural maligno; Pleura; Pleurodese


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