RESUMO
A gestão do ambiente de jogo coloca o/a árbitro/a em uma posição de destaque no esporte. Contudo, nesse contexto a arbitragem consiste em uma atividade exposta a situações de violência. Em competições em nível escolar, as pesquisas nesse campo ainda são incipientes. Assim, o objetivo do estudo foi reconhecer a violência percebida por árbitros/as no contexto dos jogos escolares da juventude. Lança mão de uma abordagem qualitativa de caráter exploratório, e fora realizado na fase estadual dos jogos em 2016 no estado de Mato Grosso. Participaram da pesquisa árbitros/as (n=19), das categorias a e b. Foram realizadas entrevistas, registradas em um gravador digital (sonyⓇ icd-px 312) e transcritas na íntegra. Enquanto procedimento analítico empregou-se a análise de conteúdo, usando o software nvivoⓇ10. Com base nos resultados, observou-se que todos/as sofreram ou vivenciaram algum tipo de violência, bem como relativizam-na considerando o contexto investigado. Revelou-se também a fragilidade no sistema de controle dessas situações, atribuindo ao/a árbitro/a a exclusiva responsabilidade pela gestão do ambiente de competição. Em resposta a problemática, uma das possibilidades seria abordar o papel do/a árbitro/a como conteúdo do processo de formação de jovens no esporte, nesse sentido, deverão compreender que são corresponsáveis pela formação esportiva.
Palavras-chave:
Árbitro/a; Violência; Esporte; Jovens; Pedagogia do Esporte