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Influência da ingestão de sardinha nos níveis de ácidos graxos poliinsaturados da série ômega3 no leite materno

OBJETIVOS: A proposta deste trabalho foi verificar a influência da ingestão de sardinha, alimento rico em ácidos graxos poliinsaturados da série ômega3, na composição do leite materno. MÉTODOS: Estudo prospectivo avaliou 31 nutrizes acompanhadas no Hospital Guilherme Álvaro, as quais receberam 2 kg de sardinha fresca por duas vezes, em intervalos de 15 dias. Nos tempos 0, 15 e 30 dias, realizou-se inquérito alimentar de 24 horas e coleta de leite. Determinaram-se os ácidos graxos do leite materno por cromatografia a gás. Para análise estatística dos resultados, utilizaram-se testes não paramétricos, com nível de significância p < 0,05. RESULTADOS: Os resultados mostraram que o consumo alimentar das nutrizes estava adequado e apresentou-se constante durante os três momentos do estudo. Quanto aos ácidos graxos da série ômega3 no leite, verificou-se que o consumo regular e os menores intervalos entre coleta de leite e ingestão de sardinha determinaram maiores proporções de ácido docosapentaenóico e ácido docosahexaenóico após 15 e 30 dias do início do estudo. Os ácidos graxos da série ômega6 e ômega3 apresentaram correlação significante, r² = 0,58 e 0,59, respectivamente, nos tempos 15 e 30 dias. CONCLUSÃO: Esses resultados sugerem que a ingestão de peixe incorporada ao hábito alimentar da nutriz durante a lactação, com o consumo de 100 g de sardinha, duas a três vezes por semana, contribui para o aumento dos ácidos graxos da série ômega3.

Leite materno; ácidos graxos poliinsaturados; ingestão de peixe; ácio docosahexaenóico (DHA); ácidos graxos ômega3; lactação


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