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EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE NA ESCOLA PÚBLICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

EDUCACIÓN FÍSICA Y SALUD EN LA ESCUELA PÚBLICA: UNA REVISIÓN SISTEMÁTICA DE LA LITERATURA

Resumo

Esta revisão sistemática objetivou analisar como a saúde vem sendo abordada em artigos acadêmicos nacionais que tratam da Educação Física em escolas públicas e relacionar concepções de saúde e visões de Educação Física presentes. A busca foi realizada no Portal de Periódicos CAPES. Os artigos incluídos (n=18) foram submetidos à Análise Temática de Conteúdo. A maioria (n=13) articula as concepções Biomédica e Comportamental de saúde e uma visão Técnico-Instrumental da Educação Física, dois deles apresentando abordagem Normativo-Comportamental de Educação em Saúde. Uma minoria (n=cinco) apresenta uma concepção Socioambiental de Saúde, dos quais apenas dois, uma visão Pedagógico-Reflexiva da Educação Física Escolar articulada à abordagem Crítico-Reflexiva de Educação em Saúde. A perspectiva ampliada de saúde e uma visão Pedagógico-Reflexiva da Educação Física ainda são pouco presentes nas pesquisas acadêmicas.

Palavras-chave:
Educação Física; Saúde; Escola Pública; Revisão Sistemática.

Resumen

Esta revisión sistemática trató de analizar cómo se aborda la salud en artículos académicos nacionales de Educación Física en escuelas públicas y relacionar los conceptos de salud y las visiones de la Educación Física presentes. La búsqueda se realizó en el Portal de Periódicos CAPES. Los artículos incluidos (n = 18) fueron sometidos a un Análisis de Contenido Temático. La mayoría (n = 13) articula las concepciones Biomédica y Conductual de la salud y una visión Técnico-Instrumental de la Educación Física, dos de ellos presentan un enfoque Normativo-Conductual de Educación en Salud. Una minoría (n = cinco) tiene una concepción Socioambiental de Salud, de los cuales dos, tienen una visión Pedagógico-Reflexiva de Educación Física Escolar articulada al enfoque Crítico-Reflexivo de Educación en Salud. La perspectiva ampliada de salud y una mirada Pedagógico-Reflexiva de Educación Física son poco presentes en las investigaciones académicas.

Palabras clave:
Educación Física; Salud; Escuela pública; Revisión sistemática.

Abstract

This systematic review aimed to analyze how health has been approached in national academic articles that deal with Physical Education in public schools and to relate health concepts and Physical Education views present. The search was performed on the CAPES Periodicals Portal. The articles included (n = 18) were submitted to Thematic Content Analysis. Most of them (n = 13) articulate the Biomedical and Behavioral conceptions of health and a Technical-Instrumental view of Physical Education, two of them presenting a Normative-Behavioral approach to Health Education. A minority (n = five) has a Socio-environmental concept of Health, of which only two express a Pedagogical-Reflexive view of School Physical Education articulated the Critical-Reflexive approach to Health Education. The expanded health perspective and a Pedagogical-Reflective view of Physical Education are still not present in academic research.

Keywords:
Physical Education; Health; Public school; Systematic review.

1 INTRODUÇÃO

Em meados da década de 80, em meio a um contexto de críticas à concepção Biológica da Educação Física escolar, que vem, tradicionalmente, enfatizando uma aptidão física para o rendimento esportivo padronizado (BRASIL, 1998BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física - terceiro e quarto ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998.), surge o movimento Aptidão Física Relacionada à Saúde, ancorado na ideia da aptidão física para toda a vida e da busca por estilos de vida ativa pelos alunos. A Educação Física contribuiria para a melhoria da saúde e da qualidade de vida da população (FERREIRA, 2001FERREIRA, Marcos Santos. Aptidão física e saúde na educação física escolar: Ampliando o enfoque. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 22, n. 2, p. 41-54, jan. 2001.).

Embora considerado um avanço, esse movimento parte de uma abordagem essencialmente biológica da questão. Trata-se de uma “bio-Educação Física”, que omite aspectos fundamentais relacionados à adesão ao exercício físico como os socioeconômicos e os educacionais. Um enfoque crítico precisa então ser dado.

O recorte escola “pública” é entendido aqui enquanto opção ético-política: a promoção da saúde em espaços de maior vulnerabilidade social, por conseguinte, de maior demanda de áreas como a Educação Física escolar, que pode ampliar o acesso a informações sobre Saúde, fundamentais para formação humana e qualidade de vida do alunado que frequenta escolas e colégios públicos.

Caracterizado como uma revisão sistemática de literatura (GOMES; CAMINHA, 2014GOMES, Isabelle Sena; CAMINHA, Iraquitan de Oliveira. Guia para estudos de revisão sistemática: uma opção metodológica para as Ciências do Movimento Humano. Movimento, v. 20, n. 1, p. 395-411, 2014. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-8918.41542
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), o presente trabalho parte de algumas questões: Como a saúde vem sendo abordada em artigos acadêmicos nacionais que tratam da Educação Física em escolas ou colégios públicos? Quais seriam as visões de Educação Física presentes nessas pesquisas? É possível estabelecer uma relação entre as diferentes concepções de saúde e as visões de Educação Física escolar identificadas nesses estudos?

2 EDUCAÇÃO FÍSICA, SAÚDE E APTIDÃO FÍSICA

No contexto de crítica à aptidão física para o rendimento esportivo padronizado, emerge, nas discussões teóricas em Educação Física, o conceito de Aptidão Física Relacionada à Saúde, inicialmente pelos autores Nahas e Guedes (FERREIRA, 2001FERREIRA, Marcos Santos. Aptidão física e saúde na educação física escolar: Ampliando o enfoque. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 22, n. 2, p. 41-54, jan. 2001.), cuja tendência pedagógica ficou conhecida por Saúde Renovada (DARIDO, 2003DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.).

Segundo Zancha et al. (2013ZANCHA, Daniel et al. Conhecimento dos professores de Educação Física escolar sobre a abordagem saúde renovada e a temática saúde. Conexões, v. 11, n. 1, p. 204-217, 2013. DOI: https://doi.org/10.20396/conex.v11i1.8637638
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), tal abordagem pedagógica objetiva introduzir a saúde como eixo norteador nas aulas de Educação Física, atendendo todos os alunos, sobretudo aqueles que mais necessitam dos programas de Educação Física: sedentários, obesos, de baixa aptidão física e com deficiências. Propõe uma opção de trabalho com a aptidão física relacionada à saúde, a fim de informar, conscientizar, mudar hábitos e atitudes e de promover a prática sistemática de exercícios físicos. Visa à autonomia do aluno para a prática de atividades físicas e para hábitos saudáveis ao longo de toda a vida. Propõe que esses programas de Educação Física escolar utilizem estratégias de ensino para a promoção da saúde e para a adoção de um estilo de vida fisicamente ativo. Seu principal foco é ensinar sobre Saúde no âmbito escolar.

Nahas (2013)NAHAS, Marcus Vinicius. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 6. ed. Londrina: Midiograf, 2013. conceitua aptidão física como a capacidade de realizar atividades físicas, distinguindo duas formas de abordagem: a Aptidão Física Relacionada à Performance Motora, que inclui componentes necessários para uma performance máxima (agilidade, equilíbrio, velocidade e resistência anaeróbia), e Aptidão Física Relacionada à Saúde, que congrega características que, em níveis adequados, proporcionam menores riscos de desenvolver doenças ou condições crônico-degenerativas associadas a baixos níveis de atividade habitual: aptidão cardiorrespiratória, flexibilidade, força, resistência muscular e composição corporal.

A aptidão física relacionada à saúde é aquela que se refere à aptidão “para a vida”, com foco em uma vida ativa que afaste os fatores de risco de doenças hipocinéticas, considerando a inatividade física como uma das maiores causadoras da morbidade mundial (NAHAS, 2013NAHAS, Marcus Vinicius. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 6. ed. Londrina: Midiograf, 2013.). A Educação Física escolar é vista como fundamental para promover um estilo de vida fisicamente ativo e saudável, apresentando-se como uma das variáveis mais importantes para a melhoria de índices de qualidade de vida dos educandos. Preocupa-se com as dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais (NAHAS, 2013NAHAS, Marcus Vinicius. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 6. ed. Londrina: Midiograf, 2013.; ZANCHA et al., 2013ZANCHA, Daniel et al. Conhecimento dos professores de Educação Física escolar sobre a abordagem saúde renovada e a temática saúde. Conexões, v. 11, n. 1, p. 204-217, 2013. DOI: https://doi.org/10.20396/conex.v11i1.8637638
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).

Guedes e Guedes (1996)GUEDES, Dartagnan Pinto; GUEDES, Joana Elisabete Ribeiro Pinto. Controle do peso corporal: composição corporal, atividade física e nutrição. Londrina: Midiograf, 1996. e Nahas (1997)NAHAS, Marcus Vinicius. Educação Física no Ensino Médio: educação para um estilo de vida ativo no terceiro milênio. In: SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR, 4., 1997, São Paulo. Anais [...]. São Paulo, 1997, p. 17-20. entendem que à Educação Física escolar caberia desenvolver temáticas relacionadas à saúde e à qualidade de vida, pois as práticas de atividades físicas vivenciadas, tanto na infância como na adolescência, favorecem a adoção de hábitos e atitudes na idade adulta.

3 VISÕES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DE SAÚDE

Devemos entender, porém, que a Aptidão Física Relacionada à Saúde acaba sendo ideológica e política (CRAWFORD, 1977CRAWFORD, Robert. You are dangerous to your health: the ideology and politics of victim blaming. International Journal of Health Services, v. 7, n. 4, p. 663-680, 1977. DOI: https://doi.org/10.2190/YU77-T7B1-EN9X-G0PN
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) e essa associação entre exercício físico e saúde, numa relação de causalidade, é vista como um “otimismo ingênuo” (SOBRAL, 1990SOBRAL, Francisco. Investigação das relações entre saúde e desporto: história, estado actual e perspectivas de evolução. In: BENTO, Jorge; MARQUES, Antônio. (ed.). Desporto, saúde, bem-estar. Porto: FCDEF, 1990.), pois nem sempre corresponde à realidade. A existência de desigualdades estruturais dificulta a adoção desses estilos de vida ativa e as enfermidades não são dissociadas desses contextos determinantes para sua ocorrência (PALMA; BAGRICHEVSKY, 2005PALMA, Alexandre; BAGRICHEVSKY, MARCOS. Estilo de vida. Dicionário crítico de Educação Física. Ijuí: Unijuí, 2005. p. 179-181.).

Considerar a ênfase exclusiva na aptidão física concorre para que uma visão técnico-instrumental da Educação Física seja posta em prática, valorizando suas atividades em termos de eficácia para a aptidão. Com isso, valiosas experiências educacionais, que os alunos poderiam vivenciar através das atividades físicas, fruto de uma visão pedagógica dessas práticas no ambiente escolar, são preteridas (FARINATTI, 1994FARINATTI, Paulo de Tarso Veras. Educação Física Escolar e aptidão física: um ensaio sob o prisma da promoção da saúde. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 16, n. 1, p. 42-48, 1994.; FERREIRA, 2001FERREIRA, Marcos Santos. Aptidão física e saúde na educação física escolar: Ampliando o enfoque. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 22, n. 2, p. 41-54, jan. 2001.; KIRK, 1988KIRK, David. Health based Physical Education: five issues we need to consider. British Journal of Physical Education, v. 19, n. 3, p. 122-123, 1988.; PINTO, 2015PINTO, Cesar Augusto Sadalla. A formação do professor crítico reflexivo na educação física: realidades e possibilidades no âmbito do PIBID IFCE. 2015. 190 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Educação), Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, Brasil, 2015.).

Em contraposição, na lógica crítica, reflexiva e transformadora (visão Pedagógico-Reflexiva da Educação Física), o papel social da disciplina aparece, apontando a necessidade da tematização de questões socioambientais, éticas e relacionadas à diversidade, para capacitar os sujeitos na busca por soluções de problemas enfrentados em suas realidades locais, tendo em vista a transformação das condições sociais de existência (PINTO, 2015PINTO, Cesar Augusto Sadalla. A formação do professor crítico reflexivo na educação física: realidades e possibilidades no âmbito do PIBID IFCE. 2015. 190 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Educação), Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, Brasil, 2015.).

Conceitos como Educação em Saúde e Promoção da Saúde são relevantes à Educação Física escolar, que deveria estar voltada para os processos de ensino-aprendizagem envolvendo temas correlatos à saúde corporal. A Promoção da Saúde traz um enfoque mais amplo que a Educação em Saúde, sendo esta, com seu caráter primordialmente educativo, uma parte integrante das ações daquela (MARINHO; SILVA, 2013MARINHO, Julio Cesar Bresolin; SILVA, João Alberto da. Conceituação da educação em saúde e suas implicações nas práticas escolares. Ensino, Saúde e Ambiente, v. 6, n. 3, p. 21-38, 2013. DOI: https://doi.org/10.22409/resa2013.v6i3.a21140
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).

A prática educativa é entendida como principal estratégia para se promover saúde (CALDAS, 2001CALDAS, Célia Pereira. Cuidando do idoso que vivencia uma síndrome demencial: a família como cliente da enfermagem. Texto Contexto Enfermagem, v. 10, n. 2, maio-ago, p. 68-93, 2001.), mediante mobilização e compartilhamento de conhecimentos, e a Educação em Saúde apresenta um caráter pedagógico intencional de assuntos que envolvam saúde, que não se restringem a meras definições de termos (CONCEIÇÃO, 1994CONCEIÇÃO, José Augusto Nigro. Saúde escolar: a criança, a vida e a escola. São Paulo: Sarvier, 1994.; FONSECA, 1994FONSECA, João Pedro da. Aluno, paciente, cidadão: a saúde escolar em questão. In: CONCEIÇÃO, José Augusto Nigro (org.). Saúde escolar: a criança, a vida e a escola. São Paulo: Sarvier, 1994. p. 23-32.; MOHR, 2002MOHR, Adiana. A natureza da educação em saúde no ensino fundamental e os professores de ciências. 2002. 409 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC., 2002.).

Para Fraga, Carvalho e Gomes (2013)FRAGA, Alex Branco; CARVALHO, Yara Maria de; GOMES, Ivan Marcelo. Práticas corporais no campo da saúde. São Paulo: Hucitec, 2013. p. 117-38., ao valorizar a figura dos “especialistas da saúde”, isto é, dos “conselheiros privados”, o movimento Aptidão Física Relacionada à Saúde acaba reproduzindo uma “biopolítica informacional” em detrimento do cuidado em saúde. Dentre as principais críticas, destacam-se a ideia de causalidade entre exercício e saúde, como se “ser fisicamente ativo” significasse, de fato, “ser saudável”, bem como o caráter eminentemente individual de suas propostas, ambos considerados um reducionismo e concorrendo para a “culpabilização da vítima” (CRAWFORD, 1977CRAWFORD, Robert. You are dangerous to your health: the ideology and politics of victim blaming. International Journal of Health Services, v. 7, n. 4, p. 663-680, 1977. DOI: https://doi.org/10.2190/YU77-T7B1-EN9X-G0PN
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; FARINATTI, 2002FARINATTI, Paulo de Tarso Veras. Teorias biológicas do envelhecimento: do genético ao estocástico. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 8, n. 4, p. 129-138, 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-86922002000400001
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; FERREIRA, 2001FERREIRA, Marcos Santos. Aptidão física e saúde na educação física escolar: Ampliando o enfoque. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 22, n. 2, p. 41-54, jan. 2001.).

Venturi e Mohr (2021)VENTURI, Tiago; MOHR, Adriana. Panorama e análise de períodos e abordagens da educação em saúde no contexto escolar brasileiro. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, v. 23, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-21172021230121
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identificam duas distintas abordagens no campo de pesquisa e de práticas de Educação em Saúde no contexto escolar: uma normativa e comportamentalista, com um enfoque meramente transmissivo, e outra reflexiva e crítica, voltada para a construção de conhecimentos e para a alfabetização científica.

Na primeira, a Normativo-Comportamentalista, recomendações de hábitos, de regras e de normas de conduta a serem seguidas são transmitidas aos estudantes, para mudar comportamentos, favorecendo a prevenção de doenças e a obtenção de uma vida dita saudável mediante medidas prescritivas e preventivas (GAZZINELLI et al., 2005GAZZINELLI Maria Flávia et al. Educação em Saúde: conhecimentos, representações sociais e experiências da doença. Cadernos de Saúde Pública, v. 21, n. 1, p. 200-06, jan-fev. 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2005000100022
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; MOHR, 2002MOHR, Adiana. A natureza da educação em saúde no ensino fundamental e os professores de ciências. 2002. 409 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC., 2002.; SILVA et al., 2010SILVA, Cristiane Maria da Costa et al. Educação em Saúde: uma reflexão histórica de suas práticas. Ciências & Saúde Coletiva, v. 15, n. 5, p. 2539-2550, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232010000500028
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).

Em seu abrangente quadro conceitual, Westphal (2006)WESTPHAL, Márcia Faria. Promoção da saúde e prevenção de doenças. In: CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa et al. (org.) Tratado de saúde coletiva. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006. destaca três diferentes abordagens sobre Saúde. Na primeira, denominada Biomédica, a saúde é encarada como ausência de doenças e de incapacidades advindas de condições biológicas e fisiológicas individuais. O indivíduo e seus agravos de saúde são compreendidos de maneira isolada ao seu meio psicossocial. Na segunda, denominada Comportamental, a saúde é entendida enquanto capacidade físico-funcional e bem-estar físico e mental dos indivíduos, determinada por aspectos biológicos e comportamentais, por estilos de vida inadequados. Implica então em estimular ações e na criação de hábitos adequados.

A abordagem Crítico-Reflexiva de Educação em Saúde é pautada, por sua vez, em outra compreensão de Saúde. Apresenta características como: incentivo a debates; troca de experiências; construção de conhecimentos, de práticas e de atitudes como condutores de mudanças; desenvolvimento de senso crítico e de responsabilidade; autonomia de pensamento; sensibilização para a participação nas mudanças; ambos associados a ações coletivas, envolvendo saúde e ambiente, em um contexto que fomente reflexão, escolhas/decisões e ações (MOHR, 2002MOHR, Adiana. A natureza da educação em saúde no ensino fundamental e os professores de ciências. 2002. 409 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC., 2002.; OLIVEIRA, 2017OLIVEIRA, João Paulo et al. Os saberes escolares em saúde na Educação Física: um estudo de revisão. Motricidade, v. 13, ed. especial, p. 113-126, 2017. DOI: https://revistas.rcaap.pt/motricidade/article/view/12939
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; VENTURI; MOHR, 2021VENTURI, Tiago; MOHR, Adriana. Panorama e análise de períodos e abordagens da educação em saúde no contexto escolar brasileiro. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, v. 23, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-21172021230121
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).

Em uma concepção ampliada de Saúde, denominada Socioambiental ou Socioecológica (ANTUNES; FURTADO, 2021ANTUNES, Priscilla de Cesaro; FURTADO, Roberto Pereira. Para pensar a saúde na Educação Física escolar: a linha de chegada é a mesma da largada? In: COSTA, Jonatas Maia da; MACIEL, Erika da Silva; BRITO, Lucas Xavier. (org.). O tema da Saúde na Educação Física Escolar. Propostas pedagógicas (críticas) a partir da Saúde Coletiva. Palmas -TO: EDUFT, 2021. v. 1. p. 18-32.; CARVALHO, 2012CARVALHO, Graça S. Health Education in Portuguese Schools: the contribution of health and education sectors. In: TAYLOR, Neil et al. (ed.). Health Education in Context: an international perspective on health education in schools and local communities. Rotterdam: Sense Publishers, 2012. p.37-46.; MALDONADO, 2022MALDONADO, Daniel Teixeira. Educação Física Escolar, corpo e saúde: problematizações a partir das Ciências Humanas. CORPOCONSCIÊNCIA, v. 26, n. 1, p. 1-19, jan./abr., 2022. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/corpoconsciencia/article/view/12105. Acesso em: 15 mar. 2023.
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; MARTINS et al., 2015MARTINS, Liziane et al. Construtos teóricos e práticos da saúde: as abordagens biomédicas e socioecológica. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS (ENPEC), X, 2015, Águas de Lindóia, SP. Anais [...]. Águas de Lindóia, SP., 2015, p. 1-9., 2016MARTINS, Liziane et al. Abordagens de saúde nos livros didáticos de Biologia: análise das coleções aprovadas no PNLD/2012. Revista da Sbenbio, v. 9, p. 3050-3061, 2016.; PALMA, 2020PALMA, Alexandre. Saúde na educação física escolar: diálogos e possibilidades a partir do conceito ampliado de saúde. Temas em Educação Física escolar, v. 5, n. 2, p. 5-15, 2020.; WESTPHAL, 2006WESTPHAL, Márcia Faria. Promoção da saúde e prevenção de doenças. In: CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa et al. (org.) Tratado de saúde coletiva. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006.), a saúde se apresenta como um complexo de fatores que engloba as dimensões biológicas, psicológicas, socioeconômicas, educacionais, científicas, culturais, ocupacionais, políticas, de risco e ambientais, abrangendo diferentes setores da sociedade. Envolve a ação política, o desenvolvimento de habilidades, de conhecimentos e de atitudes, além de programas que englobam a comunidade em diálogo crítico e participativo com profissionais e instituições. O cidadão se vê como parte da promoção da saúde, que possui dimensões e responsabilidades coletivas e individuais.

A Educação Física não pode perder de vista o caráter multifatorial ou multidimensional da saúde e, portanto, da qualidade de vida (FERREIRA, 2001FERREIRA, Marcos Santos. Aptidão física e saúde na educação física escolar: Ampliando o enfoque. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 22, n. 2, p. 41-54, jan. 2001.). Problemas de ordem instrumental, como o aprendizado do gesto motor e o desenvolvimento da aptidão física, não são suficientes para solucionar questões complexas envolvendo saúde (PINTO, 2015PINTO, Cesar Augusto Sadalla. A formação do professor crítico reflexivo na educação física: realidades e possibilidades no âmbito do PIBID IFCE. 2015. 190 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Educação), Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, Brasil, 2015.).

4 METODOLOGIA

O presente trabalho se caracteriza como uma revisão sistemática da literatura. Objetivou analisar como a saúde vem sendo abordada - bem como as visões de Educação Física presentes - em artigos acadêmicos nacionais que tratam da Educação Física em escolas ou colégios públicos e estabelecer uma possível relação entre as diferentes concepções de saúde e as visões de Educação Física escolar identificadas.

Tais revisões requerem questões claras e critérios de seleção bem definidos, garantindo a qualidade dos estudos sintetizados e a sua reprodução por outro pesquisador, além de uma conclusão que forneça novas informações, partindo do conteúdo pesquisado de forma estruturada (GOMES; CAMINHA, 2014GOMES, Isabelle Sena; CAMINHA, Iraquitan de Oliveira. Guia para estudos de revisão sistemática: uma opção metodológica para as Ciências do Movimento Humano. Movimento, v. 20, n. 1, p. 395-411, 2014. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-8918.41542
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; THOMAS; NELSON; SILVERMAN, 2012THOMAS, Jerry R.; NELSON, Jack K.; SILVERMAN, Stephen J. Métodos de pesquisa em atividade física. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.). Sendo assim, seguiu-se o seguinte Protocolo de Pesquisa:

Quadro 1 Etapas do Protocolo de Pesquisa
Etapas
Objetivos (Recorte)
Equação de Pesquisa
Âmbito da Pesquisa
Critérios de Exclusão
Critérios de Inclusão
Critérios de Validade Metodológica
Tratamento dos Dados
Resultados
Fonte: Ramos; Faria; Faria (2014RAMOS, Altina; FARIA, Paulo M.; FARIA, Ádila. Revisão sistemática de literatura: contributo para a inovação na investigação em Ciências da Educação. Revista Diálogo Educacional, v. 14, n. 41, p. 17-36, 2014. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/de/v14n41/v14n41a02.pdf. Acesso em: 22 mar. 2023.
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) e Rodrigues; Almeida (2017RODRIGUES, Alessandra; ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcine de. Narrativas digitais na educação e na formação de professores: uma revisão sistemática de literatura. Cadernos de Educação, v. 56, p. 107-130, 2017. Disponível em: https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/educacao/article/view/3760. Acesso em: 22 mar. 2023.
https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/...
)

As buscas foram realizadas no Portal Periódicos CAPES (Âmbito da Pesquisa), uma biblioteca virtual de informação científica, que reúne 49 mil periódicos com texto completo e 455 bases de dados (CAPES, 2022CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Portal de Periódicos. Quem Somos. Disponível em: https://www-periodicos-capes-gov-br.ezl.periodicos.capes.gov.br/index.php/sobre/quem-somos.html. Acesso em: 24, set. 2022.
https://www-periodicos-capes-gov-br.ezl....
). Portanto, sua escolha como fonte de dados neste estudo se deu por sua abrangência. Os acessos se deram entre os meses de abril e de julho de 2022 via CAFe/UFRJ, com a atualização das buscas ao final desse período. A conferência dos resultados foi realizada por outro pesquisador, como Critérios de Validade Metodológica (RODRIGUES; ALMEIDA, 2017RODRIGUES, Alessandra; ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcine de. Narrativas digitais na educação e na formação de professores: uma revisão sistemática de literatura. Cadernos de Educação, v. 56, p. 107-130, 2017. Disponível em: https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/educacao/article/view/3760. Acesso em: 22 mar. 2023.
https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/...
).

A partir da equação de pesquisa “Educação Física” AND (“escola pública” OR “escolas públicas” OR “colégio público” OR “colégios públicos”) AND NOT (“escola privada” OR “escolas privadas” OR “colégio privado” OR “colégios privados”) AND saúde, foram utilizados os seguintes filtros com seus respectivos resultados: Artigos (n= 905); Revisados por Pares (n=457); Data (n=297), correspondente à produção científica sobre a temática nos últimos dez anos (2012-2022); e Idioma, o Português (n=198).

Buscou-se identificar a produção acadêmica nacional sobre as concepções de saúde e de Educação Física na última década, com foco na realidade brasileira (ANDRIJAUSKAS, 2020ANDRIJAUSKAS, Ketlyn. A importância da experimentação no ensino de ciências: uma revisão sistemática da literatura nacional na última década. 2020. 47 f. Monografia (Especialização em Ensino de Ciências) - Diretoria de Pesquisa e Pós-graduação, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, Medianeira, 2020.), em um lapso temporal que proporcionasse maior diversidade dessa produção.

Após o último filtro de busca utilizado (n = 198)1 1 À esquerda da página, em “Coleção”, pôde-se observar uma lista das bases de dados - 15 ao total - com a respectiva quantidade de artigos relacionados. , realizou-se a primeira etapa da análise: a busca, nos títulos, resumos e nas palavras-chave de cada obra, os artigos que se enquadravam nos critérios de inclusão e de exclusão, por vezes, recorrendo ao Texto Completo utilizando o app CTRL-F, que permite fazer buscas por palavras ou expressões como essas em textos impressos.

Foram excluídos os artigos: duplicados (n = 72); de revisão ou ensaios (n = 57); que se referiam a escolas públicas e privadas de ensino (n = 9); que não desenvolviam alguma relação contextual2 2 Pesquisas que mencionavam as palavras Educação Física e Saúde somente nos rodapés de página ou nas referências bibliográficas, não as desenvolvendo conceitualmente. da Educação Física (n = 33) e da Saúde (n = 9) na escola pública em que a pesquisa havia sido realizada. Restaram, pois, 18 artigos, os quais formaram o corpus deste estudo, por tratarem de alguma relação contextual3 3 Desenvolviam ambas conceitualmente, nas suas relações com o contexto escolar, viabilizando assim a busca pelas concepções e abordagens temáticas presentes. da Saúde e da Educação Física na escola ou nos colégios públicos onde a pesquisa havia sido realizada.

O Tratamento dos Dados se deu por meio da análise e da discussão dos resultados. Foi utilizada a Análise Temática de Conteúdo dos artigos selecionados, envolvendo suas etapas de pré-análise, de exploração do material (ou codificação) e de tratamento dos resultados obtidos (interpretação), com auxílio do software Atlas TI, que permitiu vincular citações a códigos que partiram da base teórica, visualizando assim a relação estabelecida e facilitando o processo de inferências (MINAYO, 2013MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 13. ed. São Paulo: Hucitec, 2013.; FERREIRA et al., 2012FERREIRA, Izabel do Rocio Costa et al. Diplomas Normativos do Programa Saúde na Escola: análise de conteúdo associada à ferramenta ATLAS TI. Ciência & Saúde Coletiva, v. 17, n. 12, p. 3385-3398, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232012001200023
https://doi.org/10.1590/S1413-8123201200...
).

Quadro 2
Quadro Síntese das Categorias Analisadas

Foram identificadas concepções de saúde e de Educação Física escolar presentes nos artigos, na busca por núcleos de sentido, para classificá-los em temas específicos, conforme quadro teórico prévio, partindo da Análise Temática de Conteúdo proposta por Minayo (2013)MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 13. ed. São Paulo: Hucitec, 2013. - utilizada por outros autores em revisões sistemáticas (SOUZA, 2022SOUZA, Sandra Cristina Morais de. Cibercultura e educação: uma revisão sistemática da literatura. Revista Teias, v. 23, n. 68, p. 237-249, 2022. DOI: https://doi.org/10.12957/teias.2022.55310
https://doi.org/10.12957/teias.2022.5531...
; SILVA et al., 2020SILVA, Hengrid Graciely Nascimento et al. O papel social da Universidade mediante integração ensino-serviço-comunidade no Brasil: revisão sistemática e metassíntese. Linhas críticas, v. 26, jan./dez., 2020. DOI: https://doi.org/10.26512/lc.v26.2020.31262
https://doi.org/10.26512/lc.v26.2020.312...
) - e alcançando assim uma visão crítica frente ao conteúdo encontrado. A etapa Resultados se deu, enfim, pela descrição das etapas da pesquisa e pelo registro dos achados.

5 ANÁLISE DOS DADOS

Grande parte dos artigos publicados (BUBOLZ et al., 2018BUBOLZ, Caren Taiane Radtke et al. Consumo alimentar conforme o tipo de alimentação consumida em escolas de zona rural no Sul do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 8, p. 2705-2712, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232018238.15902016
https://doi.org/10.1590/1413-81232018238...
; CORRÊA NETO et al., 2014CORRÊA-NETO, Victor Gonçalves et al. Hipertensão arterial em adolescentes do Rio de Janeiro: prevalência e associação com atividade física e obesidade. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, p. 1699-1708, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232014196.05262013
https://doi.org/10.1590/1413-81232014196...
; COSTA et al., 2019COSTA, Bruno Gonçalves Galdino da et al. Efeito de uma intervenção sobre atividade física moderada a vigorosa e comportamento sedentário no tempo escolar de adolescentes. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 22, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-549720190065
https://doi.org/10.1590/1980-54972019006...
; FERREIRA; JARDIM; PEIXOTO, 2013FERREIRA, Jovino Oliveira; JARDIM, Paulo Cesar Brandao Veiga; PEIXOTO, Maria do Rosario Gondim. Avaliação de projeto de promoção da saúde para adolescentes. Revista de Saúde Pública, v. 47, n. 2, p. 257-265, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2013047004120
https://doi.org/10.1590/S0034-8910.20130...
; JOAQUIM; SANTOS; ROSA, 2017JOAQUIM, Anderson Gregorio; SANTOS, Alessandra Regina dos; ROSA, Leandro Ferreira. Correlação entre nível de flexibilidade e desempenho na agilidade em escolares de 7 a 10 anos: um estudo transversal. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 11, n. 71, p. 997-1005, 2017. Disponível em http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1332. Acesso em: 15 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
; LIMA et al., 2016LIMA, Kamila Magno et al. Comparação do nível de flexibilidade em adolescentes praticantes e não praticantes de voleibol de uma escola pública. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 10, n. 60, p. 519-523, 2016. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1021. Acesso em: 15 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
; MARQUES et al., 2018MARQUES, Priscila Antunes et al. Estado nutricional de escolares praticantes de Educação Física. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 12, n. 71, p. 288-294, 2018. Disponível em: http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/1033. Acesso em: 15 mar. 2023.
http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/ar...
; MELLO et al., 2019MELLO, Júlio Brugnara et al. Associação da aptidão cardiorrespiratória de adolescentes com a atividade física e a estrutura pedagógica da Educação Física escolar. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 41, n. 4, p. 367-375, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.03.033
https://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.03.0...
; NAGORNY et al., 2018NAGORNY, Gabriel Alberto Kunst et al. Contribuição da Educação Física Escolar para o nível de atividade física diária. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 12, n. 72, p. 70-77, 2018. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1344. Acesso em: 15 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
; SAES; SOARES, 2017SAES, Mirelle de Oliveira; SOARES, Maria Cristina Flores. Fatores associados à dor na coluna vertebral em adolescentes de escolas públicas de um município do extremo sul do Brasil. Revista de Salud Pública, v. 19, n. 1, p. 105-111, 2017. DOI: https://doi.org/10.15446/rsap.v19n1.48143
https://doi.org/10.15446/rsap.v19n1.4814...
; SANTOS et al., 2016SANTOS, Alessandra da Silveira et al. Fatores motivacionais para a prática esportiva em adolescentes do 3º ano do ensino médio. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, v. 8, n. 31, p. 313-318, 2016. Disponível em: http://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/452. Acesso em: 22 mar. 2023.
http://www.rbff.com.br/index.php/rbff/ar...
; SANTOS et al., 2018SANTOS, Alessandra Regina et al. Aptidão física de escolares: estudo sobre velocidade e agilidade. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 12, n. 73, p. 240-246, 2018. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1375. Acesso em: 22 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
; VOSER et al., 2017VOSER, Rogério da Cunha et al. Mensuração do nível de atividade física de escolares da rede pública de ensino da cidade de Pelotas-RS. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 11, n. 70, p. 820-825, 2017. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1279. Acesso em: 15 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
) traz articuladas as concepções Biomédica e Comportamental de saúde e uma visão Técnico-Instrumental da Educação Física escolar.

Nesses trabalhos, a saúde encontra-se determinada não somente por aspectos biológicos, mas também comportamentais, sobretudo por estilos de vida inadequados. A grande preocupação é com o sedentarismo como problema de saúde pública. Para Costa et al. (2019COSTA, Bruno Gonçalves Galdino da et al. Efeito de uma intervenção sobre atividade física moderada a vigorosa e comportamento sedentário no tempo escolar de adolescentes. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 22, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-549720190065
https://doi.org/10.1590/1980-54972019006...
, p. 2), “passar longos períodos de tempo em comportamentos sedentários têm se mostrado um fator de risco para doenças cardiometabólicas nessa população”.

Podemos identificar a forte presença da tendência pedagógica Saúde Renovada nesses trabalhos, com foco na Aptidão Física Relacionada à Saúde. Ferreira, Jardim e Peixoto (2013FERREIRA, Jovino Oliveira; JARDIM, Paulo Cesar Brandao Veiga; PEIXOTO, Maria do Rosario Gondim. Avaliação de projeto de promoção da saúde para adolescentes. Revista de Saúde Pública, v. 47, n. 2, p. 257-265, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2013047004120
https://doi.org/10.1590/S0034-8910.20130...
, p. 264) “enfatizam a importância de informar a população sobre fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis e medidas para evitar o aparecimento de doenças”.

Lima et al. (2016) trazem preocupações também com a melhora dos níveis de flexibilidade dos alunos. O objetivo dessa valência física, segundo os autores, é o de reduzir riscos de lesões, aumentando a capacidade funcional e prevenindo a dor muscular tardia, desempenhando forte influência na saúde dos indivíduos. Sugerem “que os profissionais de Educação Física direcionem o desenvolvimento da flexibilidade”, inserida nas principais baterias de avaliação da aptidão física por meio de testes de sentar e de alcançar e apontada ainda como facilitadora da realização de tarefas motoras do dia a dia (JOAQUIM; SANTOS; ROSA, 2017JOAQUIM, Anderson Gregorio; SANTOS, Alessandra Regina dos; ROSA, Leandro Ferreira. Correlação entre nível de flexibilidade e desempenho na agilidade em escolares de 7 a 10 anos: um estudo transversal. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 11, n. 71, p. 997-1005, 2017. Disponível em http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1332. Acesso em: 15 mar. 2023.
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, p.1003).

Além da flexibilidade e da antropometria, Joaquim, Santos e Rosa (2017)JOAQUIM, Anderson Gregorio; SANTOS, Alessandra Regina dos; ROSA, Leandro Ferreira. Correlação entre nível de flexibilidade e desempenho na agilidade em escolares de 7 a 10 anos: um estudo transversal. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 11, n. 71, p. 997-1005, 2017. Disponível em http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1332. Acesso em: 15 mar. 2023.
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trazem preocupações com a agilidade. Santos et al. (2018SANTOS, Alessandra Regina et al. Aptidão física de escolares: estudo sobre velocidade e agilidade. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 12, n. 73, p. 240-246, 2018. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1375. Acesso em: 22 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
) preocupam-se com esta última e com a velocidade, utilizando, para isso, dois testes de aptidão física: o de velocidade (20 metros) e o de agilidade (Quadrado), ambos extraídos do Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR). “Estudar as capacidades físicas das crianças auxilia os profissionais na identificação de possíveis perfis para o sucesso no esporte” (JOAQUIM; SANTOS; ROSA, 2017JOAQUIM, Anderson Gregorio; SANTOS, Alessandra Regina dos; ROSA, Leandro Ferreira. Correlação entre nível de flexibilidade e desempenho na agilidade em escolares de 7 a 10 anos: um estudo transversal. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 11, n. 71, p. 997-1005, 2017. Disponível em http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1332. Acesso em: 15 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
, p. 997).

Santos et al. (2018) e Joaquim, Santos e Rosa (2017)JOAQUIM, Anderson Gregorio; SANTOS, Alessandra Regina dos; ROSA, Leandro Ferreira. Correlação entre nível de flexibilidade e desempenho na agilidade em escolares de 7 a 10 anos: um estudo transversal. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 11, n. 71, p. 997-1005, 2017. Disponível em http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1332. Acesso em: 15 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
trazem preocupações com a melhora da performance desportiva. Isso pode ser observado também em Santos et al. (2016SANTOS, Alessandra da Silveira et al. Fatores motivacionais para a prática esportiva em adolescentes do 3º ano do ensino médio. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, v. 8, n. 31, p. 313-318, 2016. Disponível em: http://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/452. Acesso em: 22 mar. 2023.
http://www.rbff.com.br/index.php/rbff/ar...
), que trazem como foco de pesquisa a motivação para prática desportiva em adolescentes e o papel do professor de Educação Física como motivador dessa prática. Cabe a esses professores orientá-los a procurarem por atividades físicas e/ou modalidades esportivas às quais eles se adequem satisfatoriamente, diminuindo a evasão deles nas aulas e em modalidades esportivas.

Mello et al. (2019), por sua vez, trazem preocupações com a aptidão cardiorrespiratória, utilizando o teste de corrida de seis minutos, pedômetros, dentre outros. Para os autores, a Educação Física escolar, que tem a promoção da saúde entre sua ampla gama de ações, constitui “um importante espaço de intervenção para reverter os baixos níveis de aptidão cardiorrespiratória evidenciados atualmente” (p. 368).

Com essas características de uma Educação Física com referenciais biomédicos e comportamentais, a aptidão física corresponde unicamente a um estado de adaptação biológica a solicitações externas, trazendo uma abordagem individual do problema (“culpabilização da vítima”): “É elevado o número de alunos que não atingem as recomendações diárias do número de passos” (NAGORNY et al., 2018NAGORNY, Gabriel Alberto Kunst et al. Contribuição da Educação Física Escolar para o nível de atividade física diária. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 12, n. 72, p. 70-77, 2018. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1344. Acesso em: 15 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
, p. 70).

Segundo Mello et al. (2019MELLO, Júlio Brugnara et al. Associação da aptidão cardiorrespiratória de adolescentes com a atividade física e a estrutura pedagógica da Educação Física escolar. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 41, n. 4, p. 367-375, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.03.033
https://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.03.0...
), alguns estudos com escolares têm apresentado efetividade na promoção da atividade física e na aptidão física de crianças e de adolescentes. Tais intervenções têm se pautado no aumento de aulas de Educação Física escolar por semana, chegando a propor cinco aulas semanais e obtendo bons resultados em quase todas as variáveis de aptidão física avaliadas.

Percebe-se uma visão Técnico-Instrumental da Educação Física nessas obras. À disciplina caberia intervir, pressupondo um domínio de aspectos técnicos pelo professor - advindos de disciplinas como a Biomecânica e a Fisiologia - para melhor conduzir os exercícios físicos trabalhados, de maneira recursiva, sem problematizar essas práticas e sem considerar a produção de saberes entre todos, docentes e discentes, neste caso, envolvendo a saúde enquanto produção sociocultural humana: “Tabela 2. Diferenças entre as proporções de atividade física moderada a vigorosa no tempo escolar total, recreios e aulas de educação física de adolescentes na linha de base e após a intervenção ‘Mexa-se’” (COSTA et al., 2019COSTA, Bruno Gonçalves Galdino da et al. Efeito de uma intervenção sobre atividade física moderada a vigorosa e comportamento sedentário no tempo escolar de adolescentes. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 22, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-549720190065
https://doi.org/10.1590/1980-54972019006...
, p. 7).

A medição ou quantificação também é outra característica identificada nesses estudos que trazem uma visão Técnico-Instrumental da Educação Física. Nagorny et al. (2018NAGORNY, Gabriel Alberto Kunst et al. Contribuição da Educação Física Escolar para o nível de atividade física diária. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 12, n. 72, p. 70-77, 2018. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1344. Acesso em: 15 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
, p. 75) assinalam “que ainda são poucos os estudos brasileiros que utilizam o pedômetro como instrumento de medida para quantificar de maneira objetiva a atividade física”.

Duas dessas obras (BUBOLZ et al., 2018BUBOLZ, Caren Taiane Radtke et al. Consumo alimentar conforme o tipo de alimentação consumida em escolas de zona rural no Sul do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 8, p. 2705-2712, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232018238.15902016
https://doi.org/10.1590/1413-81232018238...
; COSTA et al., 2019COSTA, Bruno Gonçalves Galdino da et al. Efeito de uma intervenção sobre atividade física moderada a vigorosa e comportamento sedentário no tempo escolar de adolescentes. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 22, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-549720190065
https://doi.org/10.1590/1980-54972019006...
) apresentaram uma abordagem Normativo-Comportamentalista de Educação em Saúde. A saúde é tratada, no âmbito escolar, apenas para informar, para conscientizar (conscientização - pelos próprios sujeitos), visando à aquisição de conhecimentos (informações e conceitos) para mudar hábitos e atitudes. Costa et al. (2019COSTA, Bruno Gonçalves Galdino da et al. Efeito de uma intervenção sobre atividade física moderada a vigorosa e comportamento sedentário no tempo escolar de adolescentes. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 22, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-549720190065
https://doi.org/10.1590/1980-54972019006...
) utilizam “sessões educativas no formato de aulas e distribuição de folders e cartazes com informações sobre os desfechos da intervenção” (p. 1).

Na investigação de Bubolz et al. (2018BUBOLZ, Caren Taiane Radtke et al. Consumo alimentar conforme o tipo de alimentação consumida em escolas de zona rural no Sul do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 8, p. 2705-2712, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232018238.15902016
https://doi.org/10.1590/1413-81232018238...
, p. 2706), vinculada à intervenção “Educação Física +: Praticando Saúde na Escola”, também se identificam características que apontam para um enfoque meramente transmissivo de Educação em Saúde:

Apostilas foram desenvolvidas para cada ano escolar, do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, estruturadas em capítulos e organizadas da seguinte forma: texto de apoio, planos de aula, informações complementares e sugestão de avaliação [...].

Os outros artigos (ALTMANN et al., 2018ALTMANN, Helena et al. Gênero e cultura corporal de movimento: práticas e percepções de meninas e meninos. Revista Estudos Feministas, v. 26, n. 1, p. 1-16, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1806-9584.2018v26n144074. Acesso em: 15 mar. 2023.
https://doi.org/10.1590/1806-9584.2018v2...
; BARBOSA FILHO et al., 2016BARBOSA FILHO, Valter Cordeiro et al. Presença isolada e combinada de indicadores antropométricos elevados em crianças: prevalência e fatores sociodemográficos associados. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n. 1, p. 213-224, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232015211.00262015
https://doi.org/10.1590/1413-81232015211...
; OLIVEIRA; MARTINS; BRACHT, 2015OLIVEIRA, Victor José Machado de; MARTINS, Izabella Rodrigues; BRACHT, Valter. Projetos e práticas em educação para a saúde na Educação Física escolar: possibilidades! Revista de Educação Física/UEM, v. 26, n. 2, p. 243-255, 2015. DOI: https://doi.org/10.4025/reveducfis.v26i2.25600
https://doi.org/10.4025/reveducfis.v26i2...
; REIS; PARAÍSO, 2014REIS, Cristina d’Ávila; PARAÍSO, Marlucy Alves. Normas de gênero em um currículo escolar: a produção dicotômica de corpos e posições de sujeitos meninos-alunos. Revista Estudos Feministas, v. 22, n. 1, p. 237-256, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2014000100013
https://doi.org/10.1590/S0104-026X201400...
; SAMPAIO; NASCIMENTO, 2018SAMPAIO, João Márcio Fialho; NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do. Possibilidades didáticas nas aulas de Educação Física: o conteúdo “exercício físico e saúde” no ensino médio. Caderno de Educação Física e Esporte, v. 16, n. 2, p. 113-118, 2018. DOI: https://doi.org/10.36453/2318-5104.2018.v16.n2.p113
https://doi.org/10.36453/2318-5104.2018....
) apresentaram uma concepção Socioambiental ou Ecológica de saúde. Preocupações voltadas, também, para questões biológicas e comportamentais são encontradas. Porém, essa concepção restrita é superada por considerar outros intervenientes da saúde envolvidos.

Preocupações com o sedentarismo e com a obesidade também são encontradas em Barbosa Filho et al. (2016BARBOSA FILHO, Valter Cordeiro et al. Presença isolada e combinada de indicadores antropométricos elevados em crianças: prevalência e fatores sociodemográficos associados. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n. 1, p. 213-224, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232015211.00262015
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), mais particularmente, com indicadores antropométricos elevados em crianças (IMC; Circunferência da Cintura; Razão Cintura-Estatura4 4 Um importante indicador de obesidade centralizada na infância (acúmulo de gordura abdominal), que, junto à medida e à classificação da Circunferência da Cintura e do IMC, aumenta a predição do risco cardiovascular - pressão arterial elevada, hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia (BARBOSA FILHO et al., 2016). ), associando-os a fatores sociodemográficos, afirmando que tanto a obesidade geral como a centralizada vêm se acentuando nas populações infantis mais pobres e de países em desenvolvimento, chamando a atenção para as crianças da zona rural e da rede pública.

Com isso, o autor traz também questões estruturais, de transporte e de acesso aos serviços de saúde desse público-alvo. Isso envolveria diferentes setores da sociedade, como também a ação política no enfrentamento. “A promoção de uma comunidade e escola favorável à alimentação saudável e ao estilo de vida ativo nestas famílias de risco pode ser uma ação de destaque na promoção de saúde e melhoria do estado nutricional nesta população”, defende Barbosa Filho et al. (2016BARBOSA FILHO, Valter Cordeiro et al. Presença isolada e combinada de indicadores antropométricos elevados em crianças: prevalência e fatores sociodemográficos associados. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n. 1, p. 213-224, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232015211.00262015
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, p. 222). Fatores regionais são ainda ressaltados.

Em Altmann et al. (2018ALTMANN, Helena et al. Gênero e cultura corporal de movimento: práticas e percepções de meninas e meninos. Revista Estudos Feministas, v. 26, n. 1, p. 1-16, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1806-9584.2018v26n144074. Acesso em: 15 mar. 2023.
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) e em Reis e Paraíso (2014)REIS, Cristina d’Ávila; PARAÍSO, Marlucy Alves. Normas de gênero em um currículo escolar: a produção dicotômica de corpos e posições de sujeitos meninos-alunos. Revista Estudos Feministas, v. 22, n. 1, p. 237-256, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2014000100013
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, há preocupações que se voltam para questões de gênero (igualdade e desigualdades). O primeiro investiga as percepções sobre experiências, frequência, interesses, prazer, competência corporal e apoio social, concluindo que o gênero se mostrou um marcador de diferença significativo estatisticamente: “as desigualdades de gênero foram favoráveis aos meninos em quase todos os aspectos avaliados, exceto no apoio docente, que foi percebido de forma equânime” (ALTMANN et al., 2018ALTMANN, Helena et al. Gênero e cultura corporal de movimento: práticas e percepções de meninas e meninos. Revista Estudos Feministas, v. 26, n. 1, p. 1-16, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1806-9584.2018v26n144074. Acesso em: 15 mar. 2023.
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, p. 1).

Altmann et al. (2018) estabelecem uma importante relação entre a expressão dessas desigualdades e as experiências (frequência e regularidade) com as atividades físicas e esportivas nessas aulas. Reforça, porém, que para ambos, meninos e meninas, a frequência de prática foi inferior à recomendada pela OMS para a faixa etária, um motivo de alerta. Destaca ainda a necessidade de atividades físicas e esportivas com regularidade de três ou mais dias da semana. Aspectos científicos relacionados à saúde são assim considerados, além do diálogo crítico e participativo com profissionais e instituições, ao trazer a questão da parceria interinstitucional e dos necessários questionamentos suscitados pelos resultados sobre os entraves para sua concretização. Aborda também aspectos pedagógicos envolvendo a saúde.

Reis e Paraíso (2014)REIS, Cristina d’Ávila; PARAÍSO, Marlucy Alves. Normas de gênero em um currículo escolar: a produção dicotômica de corpos e posições de sujeitos meninos-alunos. Revista Estudos Feministas, v. 22, n. 1, p. 237-256, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2014000100013
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, por sua vez, mencionam que, quando há dúvidas na leitura médica do corpo de uma criança, são comumente prescritos exames ou intervenções cirúrgicas e hormonais, a fim de conformar o “corpo ambíguo” a um único corpo “sexuado, coerente e inteligível”, mas que, “no entanto, além do campo científico e da saúde, a constituição dicotômica dos corpos é produzida massivamente em vários outros campos culturais” (p. 242), inclusive sendo reiterada nos currículos através de várias práticas. A normalidade é então questionada, além da questão dos direitos e de sua relação com aspectos sociais.

Foram identificadas (OLIVEIRA; MARTINS; BRACHT, 2015OLIVEIRA, Victor José Machado de; MARTINS, Izabella Rodrigues; BRACHT, Valter. Projetos e práticas em educação para a saúde na Educação Física escolar: possibilidades! Revista de Educação Física/UEM, v. 26, n. 2, p. 243-255, 2015. DOI: https://doi.org/10.4025/reveducfis.v26i2.25600
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; SAMPAIO; NASCIMENTO, 2018SAMPAIO, João Márcio Fialho; NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do. Possibilidades didáticas nas aulas de Educação Física: o conteúdo “exercício físico e saúde” no ensino médio. Caderno de Educação Física e Esporte, v. 16, n. 2, p. 113-118, 2018. DOI: https://doi.org/10.36453/2318-5104.2018.v16.n2.p113
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) características de uma visão Pedagógico-Reflexiva da Educação Física escolar: nova postura do professor - crítica, reflexiva e transformadora da prática pedagógica; conscientização das questões sociais, culturais e ideológicas da ação docente; responsabilidades pedagógicas e políticas com a emancipação humana, isto é, com a superação das injustiças e com a transformação das condições sociais; subsidiar os sujeitos na busca por soluções de problemas enfrentados; capacidade reflexiva e crítica docente para mobilizar conhecimentos não disponíveis em manuais.

Exercício Físico e Saúde é entendido por Sampaio e Nascimento (2018)SAMPAIO, João Márcio Fialho; NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do. Possibilidades didáticas nas aulas de Educação Física: o conteúdo “exercício físico e saúde” no ensino médio. Caderno de Educação Física e Esporte, v. 16, n. 2, p. 113-118, 2018. DOI: https://doi.org/10.36453/2318-5104.2018.v16.n2.p113
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como um tema passível de estudo, de reinterpretações e de apropriações reflexivas que possibilitem contribuir para a análise dos sentidos e dos significados da Educação Física escolar no currículo e de sua contribuição na Educação, o que acaba por revelar uma compreensão corporal (corpo todo presente, sem dissociações corpo/mente) sobre o conhecimento de aspectos da cultura corporal de movimento em articulação com a saúde. Ademais, competências são obtidas, sendo agregados às vivências dos alunos elementos dessa cultura corporal.

Com isso, há todo um processo de deslocamento de projetos de vida e da própria disciplina, de práticas e de imaginário de grande parte dos professores de uma perspectiva restrita - meramente biológica, de promover somente a exercitação dos alunos (saúde física) - para uma concepção ampliada de saúde. Isso se dá através da ressignificação da esfera biológica, da ampliação de sentidos, de concepções e de práticas de Educação em Saúde. Leva-se em consideração ainda as repercussões desse trabalho na vida dos alunos, especificamente, a vivência de experiências positivas no campo dos movimentos, o que levaria à inclinação para essas atividades na busca pelo bem-estar e pela potencialização da vida pessoal e coletiva (OLIVEIRA; MARTINS; BRACHT, 2015OLIVEIRA, Victor José Machado de; MARTINS, Izabella Rodrigues; BRACHT, Valter. Projetos e práticas em educação para a saúde na Educação Física escolar: possibilidades! Revista de Educação Física/UEM, v. 26, n. 2, p. 243-255, 2015. DOI: https://doi.org/10.4025/reveducfis.v26i2.25600
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; SAMPAIO; NASCIMENTO, 2018SAMPAIO, João Márcio Fialho; NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do. Possibilidades didáticas nas aulas de Educação Física: o conteúdo “exercício físico e saúde” no ensino médio. Caderno de Educação Física e Esporte, v. 16, n. 2, p. 113-118, 2018. DOI: https://doi.org/10.36453/2318-5104.2018.v16.n2.p113
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).

Oliveira, Martins e Bracht (2015)OLIVEIRA, Victor José Machado de; MARTINS, Izabella Rodrigues; BRACHT, Valter. Projetos e práticas em educação para a saúde na Educação Física escolar: possibilidades! Revista de Educação Física/UEM, v. 26, n. 2, p. 243-255, 2015. DOI: https://doi.org/10.4025/reveducfis.v26i2.25600
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e Sampaio e Nascimento (2018)SAMPAIO, João Márcio Fialho; NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do. Possibilidades didáticas nas aulas de Educação Física: o conteúdo “exercício físico e saúde” no ensino médio. Caderno de Educação Física e Esporte, v. 16, n. 2, p. 113-118, 2018. DOI: https://doi.org/10.36453/2318-5104.2018.v16.n2.p113
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trouxeram também uma abordagem Crítico-Reflexiva de Educação em Saúde. Preocupações voltadas para o diálogo - troca de experiências e debates - na prática pedagógica são percebidas através de conversas e da escuta, em um contexto de reflexões/questionamentos.

Sampaio e Nascimento (2018)SAMPAIO, João Márcio Fialho; NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do. Possibilidades didáticas nas aulas de Educação Física: o conteúdo “exercício físico e saúde” no ensino médio. Caderno de Educação Física e Esporte, v. 16, n. 2, p. 113-118, 2018. DOI: https://doi.org/10.36453/2318-5104.2018.v16.n2.p113
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investigam as possibilidades didáticas nas aulas de Educação Física escolar com a tematização do conteúdo Exercício Físico e Saúde. O objetivo do estudo foi descrever e analisar essa unidade didática e a relação com o processo de ensino-aprendizagem levada a efeito. Concluem que é possível conjugar teoria e prática, envolvendo o aluno de maneira ativa nesse processo. Revelou ainda a necessidade de adaptações em relação às exigências motoras, atrelando a intervenção pedagógica à leitura da realidade, através da colaboração, da criticidade e da reflexividade, da indissociabilidade entre teoria e prática, do compartilhamento de experiências, baseando-se em noções de movimento humano para além de aspectos biomecânicos e do mero “exercitar-se”.

Portanto, os autores (SAMPAIO; NASCIMENTO, 2018SAMPAIO, João Márcio Fialho; NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do. Possibilidades didáticas nas aulas de Educação Física: o conteúdo “exercício físico e saúde” no ensino médio. Caderno de Educação Física e Esporte, v. 16, n. 2, p. 113-118, 2018. DOI: https://doi.org/10.36453/2318-5104.2018.v16.n2.p113
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) abordam o conceito ampliado de saúde ao considerarem também o desenvolvimento de habilidades, de conhecimentos e de atitudes no processo didático-pedagógico levado a cabo pela Educação Física escolar. O tema dos medicamentos para o desempenho, por exemplo, foi desenvolvido através da problematização dos possíveis danos à saúde, com dinâmica prática sobre imagem corporal, padrões de beleza e saúde, estética e qualidade de vida. O diálogo sobre o tema proposto foi também considerado com dinâmica reflexiva sobre “corpo e sociedade” (SAMPAIO; NASCIMENTO, 2018SAMPAIO, João Márcio Fialho; NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do. Possibilidades didáticas nas aulas de Educação Física: o conteúdo “exercício físico e saúde” no ensino médio. Caderno de Educação Física e Esporte, v. 16, n. 2, p. 113-118, 2018. DOI: https://doi.org/10.36453/2318-5104.2018.v16.n2.p113
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). Conhecimentos são assim construídos, incluindo os científicos, com preocupação com a alfabetização científica dos alunos, considerando ademais a construção de práticas e de atitudes como condutores de mudanças.

A juventude precisa ser preparada para conviver, criticamente, com essas demandas postas pela sociedade, mormente em relação ao mercado de consumo, afirmam Oliveira, Martins e Bracht (2015)OLIVEIRA, Victor José Machado de; MARTINS, Izabella Rodrigues; BRACHT, Valter. Projetos e práticas em educação para a saúde na Educação Física escolar: possibilidades! Revista de Educação Física/UEM, v. 26, n. 2, p. 243-255, 2015. DOI: https://doi.org/10.4025/reveducfis.v26i2.25600
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. Eles consideram que os projetos desenvolvidos apresentaram indícios do que seria educar em saúde, contribuindo para preparar os alunos para que “consumam” práticas corporais ofertadas tanto dentro como fora da escola, sem um consumo desenfreado. “Aqui o consumo é percebido como um eixo que influencia a construção da identidade das pessoas, portanto elemento central nas análises contemporâneas sobre a educação e suas interfaces com a saúde” (p. 252).

Criatividade e aprendizado conjuntos entre educador e educando foram identificados em Oliveira, Martins e Bracht (2015)OLIVEIRA, Victor José Machado de; MARTINS, Izabella Rodrigues; BRACHT, Valter. Projetos e práticas em educação para a saúde na Educação Física escolar: possibilidades! Revista de Educação Física/UEM, v. 26, n. 2, p. 243-255, 2015. DOI: https://doi.org/10.4025/reveducfis.v26i2.25600
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, com jogos escolares construídos em colaboração com os alunos em um dos projetos implementados. Preocupações com o cuidado de si e do outro, com a promoção de encontros e com questões sociais como relacionamentos interpessoais também foram considerados em um outro projeto relatado. Este partiu, especificamente, da inclusão de alunos com deficiência no espaço educativo com vistas à inclusão, à solidariedade e à cooperação.

Identifica-se a atenção a aspectos como o atendimento às reais necessidades dos sujeitos e à sensibilização para a participação nas mudanças como partes da Educação em Saúde, apostando nas vivências em se colocar na condição do outro - o considerado “estranho” - como meio de sensibilizar-se para a aceitação de pessoas com deficiência. Há relatos, inclusive, que apontam para a mudança na forma como os alunos passaram a se comportar no projeto e de suas atitudes no plano das experiências vividas, nos âmbitos pessoal-individual, social ou ecológico, sobretudo na maneira de se organizarem, no maior cuidado uns com os outros, na construção de senso de relação, de acordo com Oliveira, Martins e Bracht (2015)OLIVEIRA, Victor José Machado de; MARTINS, Izabella Rodrigues; BRACHT, Valter. Projetos e práticas em educação para a saúde na Educação Física escolar: possibilidades! Revista de Educação Física/UEM, v. 26, n. 2, p. 243-255, 2015. DOI: https://doi.org/10.4025/reveducfis.v26i2.25600
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.

Nos projetos relatados, aparecem elementos baseados em uma concepção ampla de saúde. Oliveira, Martins e Bracht (2015)OLIVEIRA, Victor José Machado de; MARTINS, Izabella Rodrigues; BRACHT, Valter. Projetos e práticas em educação para a saúde na Educação Física escolar: possibilidades! Revista de Educação Física/UEM, v. 26, n. 2, p. 243-255, 2015. DOI: https://doi.org/10.4025/reveducfis.v26i2.25600
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entendem que a saúde representa o processo, as relações e as adversidades que perpassam o cotidiano das pessoas, que se relacionam em busca de seus objetivos de vida, de uma vida boa. O respeito pela integridade física, emocional e moral do outro aparece como tônica de trabalho com esses temas relacionados à saúde, com um dos projetos proporcionando uma reflexão ao grupo de alunos acerca das consequências geradas pela violência no interior da escola e, consequentemente, da sociedade.

6 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A grande maioria dos artigos (n= 13) traz articuladas as concepções Biomédica e Comportamental de saúde, o que coincide com uma visão Técnico-Instrumental da Educação Física. Como o próprio termo “aptidão física” sugere, a ênfase recai apenas no aspecto físico do corpo, desconsiderando diversas questões e influências relacionadas à saúde corpórea que trariam outras perspectivas de atuação para a área. Dois deles apresentaram uma abordagem Normativo-Comportamentalista de Educação em Saúde, sem preocupações voltadas para a emancipação humana e para a transformação social.

Quadro 3 Resultados da Análise Temática de Conteúdo (n =13)
Conteúdos Temáticos Encontrados Obras Relacionadas
Concepções de Saúde:
Biomédica
Comportamental

Visão de Educação Física:
Técnico-Instrumental
Bubolz et al. (2018); Corrêa Neto et al. (2014)CORRÊA-NETO, Victor Gonçalves et al. Hipertensão arterial em adolescentes do Rio de Janeiro: prevalência e associação com atividade física e obesidade. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, p. 1699-1708, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232014196.05262013
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; Costa et al. (2019COSTA, Bruno Gonçalves Galdino da et al. Efeito de uma intervenção sobre atividade física moderada a vigorosa e comportamento sedentário no tempo escolar de adolescentes. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 22, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-549720190065
https://doi.org/10.1590/1980-54972019006...
); Ferreira; Jardim; Peixoto (2013FERREIRA, Jovino Oliveira; JARDIM, Paulo Cesar Brandao Veiga; PEIXOTO, Maria do Rosario Gondim. Avaliação de projeto de promoção da saúde para adolescentes. Revista de Saúde Pública, v. 47, n. 2, p. 257-265, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2013047004120
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); Joaquim; Santos; Rosa (2017JOAQUIM, Anderson Gregorio; SANTOS, Alessandra Regina dos; ROSA, Leandro Ferreira. Correlação entre nível de flexibilidade e desempenho na agilidade em escolares de 7 a 10 anos: um estudo transversal. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 11, n. 71, p. 997-1005, 2017. Disponível em http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1332. Acesso em: 15 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
); Lima et al. (2016LIMA, Kamila Magno et al. Comparação do nível de flexibilidade em adolescentes praticantes e não praticantes de voleibol de uma escola pública. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 10, n. 60, p. 519-523, 2016. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1021. Acesso em: 15 mar. 2023.
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); Marques et al. (2018MARQUES, Priscila Antunes et al. Estado nutricional de escolares praticantes de Educação Física. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 12, n. 71, p. 288-294, 2018. Disponível em: http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/1033. Acesso em: 15 mar. 2023.
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); Mello et al. (2019MELLO, Júlio Brugnara et al. Associação da aptidão cardiorrespiratória de adolescentes com a atividade física e a estrutura pedagógica da Educação Física escolar. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 41, n. 4, p. 367-375, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.03.033
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); Nagorny et al. (2018NAGORNY, Gabriel Alberto Kunst et al. Contribuição da Educação Física Escolar para o nível de atividade física diária. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 12, n. 72, p. 70-77, 2018. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1344. Acesso em: 15 mar. 2023.
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); Saes; Soares (2017SAES, Mirelle de Oliveira; SOARES, Maria Cristina Flores. Fatores associados à dor na coluna vertebral em adolescentes de escolas públicas de um município do extremo sul do Brasil. Revista de Salud Pública, v. 19, n. 1, p. 105-111, 2017. DOI: https://doi.org/10.15446/rsap.v19n1.48143
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); Santos et al. (2016SANTOS, Alessandra da Silveira et al. Fatores motivacionais para a prática esportiva em adolescentes do 3º ano do ensino médio. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, v. 8, n. 31, p. 313-318, 2016. Disponível em: http://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/452. Acesso em: 22 mar. 2023.
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); Santos et al. (2018SANTOS, Alessandra Regina et al. Aptidão física de escolares: estudo sobre velocidade e agilidade. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 12, n. 73, p. 240-246, 2018. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1375. Acesso em: 22 mar. 2023.
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); Voser et al. (2017VOSER, Rogério da Cunha et al. Mensuração do nível de atividade física de escolares da rede pública de ensino da cidade de Pelotas-RS. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 11, n. 70, p. 820-825, 2017. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1279. Acesso em: 15 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
)
Abordagem Saúde Renovada:
Aptidão Física Relacionada à Saúde
Corrêa Neto et al. (2014)CORRÊA-NETO, Victor Gonçalves et al. Hipertensão arterial em adolescentes do Rio de Janeiro: prevalência e associação com atividade física e obesidade. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, p. 1699-1708, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232014196.05262013
https://doi.org/10.1590/1413-81232014196...
; Ferreira; Jardim; Peixoto (2013FERREIRA, Jovino Oliveira; JARDIM, Paulo Cesar Brandao Veiga; PEIXOTO, Maria do Rosario Gondim. Avaliação de projeto de promoção da saúde para adolescentes. Revista de Saúde Pública, v. 47, n. 2, p. 257-265, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2013047004120
https://doi.org/10.1590/S0034-8910.20130...
); Lima et al. (2016LIMA, Kamila Magno et al. Comparação do nível de flexibilidade em adolescentes praticantes e não praticantes de voleibol de uma escola pública. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 10, n. 60, p. 519-523, 2016. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1021. Acesso em: 15 mar. 2023.
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); Marques et al. (2018MARQUES, Priscila Antunes et al. Estado nutricional de escolares praticantes de Educação Física. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 12, n. 71, p. 288-294, 2018. Disponível em: http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/1033. Acesso em: 15 mar. 2023.
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); Mello et al. (2019MELLO, Júlio Brugnara et al. Associação da aptidão cardiorrespiratória de adolescentes com a atividade física e a estrutura pedagógica da Educação Física escolar. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 41, n. 4, p. 367-375, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.03.033
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); Nagorny et al. (2018NAGORNY, Gabriel Alberto Kunst et al. Contribuição da Educação Física Escolar para o nível de atividade física diária. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 12, n. 72, p. 70-77, 2018. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1344. Acesso em: 15 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
); Saes; Soares (2017SAES, Mirelle de Oliveira; SOARES, Maria Cristina Flores. Fatores associados à dor na coluna vertebral em adolescentes de escolas públicas de um município do extremo sul do Brasil. Revista de Salud Pública, v. 19, n. 1, p. 105-111, 2017. DOI: https://doi.org/10.15446/rsap.v19n1.48143
https://doi.org/10.15446/rsap.v19n1.4814...
); Voser et al. (2017VOSER, Rogério da Cunha et al. Mensuração do nível de atividade física de escolares da rede pública de ensino da cidade de Pelotas-RS. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 11, n. 70, p. 820-825, 2017. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1279. Acesso em: 15 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
)
Aptidão Física Relacionada à Saúde e ao Desempenho Joaquim; Santos; Rosa (2017)
Aptidão Física Relacionada ao Desempenho Santos et al. (2016); Santos et al. (2018SANTOS, Alessandra Regina et al. Aptidão física de escolares: estudo sobre velocidade e agilidade. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 12, n. 73, p. 240-246, 2018. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1375. Acesso em: 22 mar. 2023.
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfe...
)
Abordagem de Educação Em Saúde:
Normativo-Comportamentalista
Bubolz et al. (2018); Costa et al. (2019COSTA, Bruno Gonçalves Galdino da et al. Efeito de uma intervenção sobre atividade física moderada a vigorosa e comportamento sedentário no tempo escolar de adolescentes. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 22, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-549720190065
https://doi.org/10.1590/1980-54972019006...
)
Fonte: Elaborado pelos autores

A saúde é concebida, nesses trabalhos, como produto para a qualidade de vida, fruto de uma educação tradicional em saúde, restando aos sujeitos somente uma alternativa: viver ou não viver de forma saudável (FERREIRA; AYRES; CORREA, 2009FERREIRA, Maria de Lourdes da Silva Marques; AYRES, Jairo Aparecido; CORREA, Ione. Educação em saúde: revisão bibliográfica de 2005 a 2007. REME - Revista Mineira de Enfermagem, v. 13, n. 2, p. 1-9, 2009.; OLIVEIRA, 2005OLIVEIRA, Dora Lúcia de. A nova saúde pública e a promoção da saúde via educação: entre a tradição e a inovação. Revista Latinoamericana de Enfermagem, v. 13, n. 3, p. 423-431, 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-11692005000300018
https://doi.org/10.1590/S0104-1169200500...
). Concebe-se saúde como produto de comportamentos e de condições biofisiológicas individuais, respectivamente, de estilos de vida e da eficiência de funções biológicas, o que envolveria também riscos comportamentais e implicaria na própria culpabilização dos indivíduos, os ditos “doentes” ou “saudáveis” (FERREIRA; AYRES; CORREA, 2009FERREIRA, Maria de Lourdes da Silva Marques; AYRES, Jairo Aparecido; CORREA, Ione. Educação em saúde: revisão bibliográfica de 2005 a 2007. REME - Revista Mineira de Enfermagem, v. 13, n. 2, p. 1-9, 2009.; ZANCHA et al. 2013ZANCHA, Daniel et al. Conhecimento dos professores de Educação Física escolar sobre a abordagem saúde renovada e a temática saúde. Conexões, v. 11, n. 1, p. 204-217, 2013. DOI: https://doi.org/10.20396/conex.v11i1.8637638
https://doi.org/10.20396/conex.v11i1.863...
). “Alocar a educação física com função exclusiva de prevenção, mesmo enxergando a característica multidimensional da ocorrência de doenças, é eximir da área sua essência, sua possibilidade de intervenção educacional, para além da prática recursiva” (CAMARA et al., 2010CAMARA, Fabiano Marques et al. Educação Física na promoção da saúde: para além da prevenção multicausal. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, v. 9, n. 2, 2010. Disponível em: https://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/article/view/3483. Acesso em: 15 mar. 2023.
https://editorarevistas.mackenzie.br/ind...
, p. 107) de exercícios físicos.

Apenas cinco artigos trouxeram uma concepção Socioambiental ou Socioecológica de saúde, dos quais apenas dois, uma visão Pedagógico-Reflexiva da Educação Física Escolar, com abordagem Crítico-Reflexiva de Educação em Saúde, mas o suficiente para revelar ser possível uma transposição didático-pedagógica de um conceito ampliado de saúde nesses ambientes de educação formal.

Quadro 4 Resultados da Análise Temática de Conteúdo (n=cinco)
Conteúdos Temáticos Encontrados Obras Relacionadas
Concepção de Saúde:
Socioambiental ou Ecológica
Altmann et al. (2018); Barbosa Filho et al. (2016BARBOSA FILHO, Valter Cordeiro et al. Presença isolada e combinada de indicadores antropométricos elevados em crianças: prevalência e fatores sociodemográficos associados. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n. 1, p. 213-224, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232015211.00262015
https://doi.org/10.1590/1413-81232015211...
); Oliveira; Martins; Bracht (2015OLIVEIRA, Victor José Machado de; MARTINS, Izabella Rodrigues; BRACHT, Valter. Projetos e práticas em educação para a saúde na Educação Física escolar: possibilidades! Revista de Educação Física/UEM, v. 26, n. 2, p. 243-255, 2015. DOI: https://doi.org/10.4025/reveducfis.v26i2.25600
https://doi.org/10.4025/reveducfis.v26i2...
); Reis; Paraíso (2014REIS, Cristina d’Ávila; PARAÍSO, Marlucy Alves. Normas de gênero em um currículo escolar: a produção dicotômica de corpos e posições de sujeitos meninos-alunos. Revista Estudos Feministas, v. 22, n. 1, p. 237-256, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2014000100013
https://doi.org/10.1590/S0104-026X201400...
); Sampaio; Nascimento (2018SAMPAIO, João Márcio Fialho; NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do. Possibilidades didáticas nas aulas de Educação Física: o conteúdo “exercício físico e saúde” no ensino médio. Caderno de Educação Física e Esporte, v. 16, n. 2, p. 113-118, 2018. DOI: https://doi.org/10.36453/2318-5104.2018.v16.n2.p113
https://doi.org/10.36453/2318-5104.2018....
)
Visão de Educação Física:
Pedagógico-Reflexiva

Abordagem de Educação Em Saúde:
Crítico-Reflexiva
Oliveira; Martins; Bracht (2015); Sampaio; Nascimento (2018SAMPAIO, João Márcio Fialho; NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do. Possibilidades didáticas nas aulas de Educação Física: o conteúdo “exercício físico e saúde” no ensino médio. Caderno de Educação Física e Esporte, v. 16, n. 2, p. 113-118, 2018. DOI: https://doi.org/10.36453/2318-5104.2018.v16.n2.p113
https://doi.org/10.36453/2318-5104.2018....
)
Fonte: Elaborado pelos autores

Apesar dos esforços de alguns atores, conclui-se que uma perspectiva ampliada de saúde e uma visão Pedagógico-Reflexiva da Educação Física ainda são incipientes nas pesquisas acadêmicas. O deslocamento de práticas ancoradas em uma perspectiva biológica, restrita a aspectos metabólicos, antropométricos e funcionais, tradicionalmente valorizada pela disciplina, para a operacionalização de uma concepção ampla de saúde é necessário, alargando as possibilidades de se trabalhar Saúde.

A Educação Física precisa rever seus paradigmas em relação à saúde dos corpos, vislumbrando novas perspectivas de trabalho com ênfase no cuidado de si e do outro, nas relações sociais baseadas na inclusão e no respeito entre todos e na promoção de uma cultura da paz. Para isso, os profissionais da área devem se envolver em discussões científicas e sociais acerca das condições de vida, sem eliminar a dimensão biológica desse trabalho, mas caminhar em direção a um outro projeto de sociedade, principalmente em se tratando das camadas menos favorecidas socioeconomicamente, que dependem da educação pública. A Promoção da Saúde nessas áreas de maior vulnerabilidade social torna-se fundamental.

Enquanto componente curricular que lida com o corpo em movimento em seus diversos aspectos relacionais e cumpre, com isso, importantes funções educacionais, não somente o plano pessoal-individual deve ser considerado pela Educação Física ao se trabalhar Saúde, mas também o socioecológico. Uma maior atenção ao ser humano que experiencia seu corpo para além de mecanismos biofisiológicos deve ser dada.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concepções de saúde e visões de Educação Física escolar, uma vez identificadas, mostraram a relação existente entre ambas no próprio direcionamento da tematização da saúde pelos professores no ambiente escolar.

Numa abordagem de educação em saúde Crítico-Reflexiva, uma visão Pedagógico-Reflexiva de Educação Física e uma concepção Socioambiental ou Ecológica de saúde eram identificadas nos trabalhos. Ao abordar uma educação em saúde Normativo-Comportamentalista, as concepções Biomédica e Comportamental de saúde e uma visão Técnico-Instrumental de Educação Física se fizeram presentes nas obras analisadas, com influências da abordagem Saúde Renovada da Educação Física escolar.

A operacionalização de uma concepção ampla de saúde, porém pouco trabalhada, aponta para uma possível lacuna existente na formação dos professores de Educação Física, conclamando mudanças curriculares dos cursos de graduação da área.

Percurso e ações implementados pelos professores, para abordar Saúde, podem se constituir em um vasto campo de “saberes escolares em saúde” e de investigação potencialmente importante (OLIVEIRA, 2017OLIVEIRA, João Paulo et al. Os saberes escolares em saúde na Educação Física: um estudo de revisão. Motricidade, v. 13, ed. especial, p. 113-126, 2017. DOI: https://revistas.rcaap.pt/motricidade/article/view/12939
https://revistas.rcaap.pt/motricidade/ar...
) a direcionar outras formas históricas de atuação.

  • 1
    À esquerda da página, em “Coleção”, pôde-se observar uma lista das bases de dados - 15 ao total - com a respectiva quantidade de artigos relacionados.
  • 2
    Pesquisas que mencionavam as palavras Educação Física e Saúde somente nos rodapés de página ou nas referências bibliográficas, não as desenvolvendo conceitualmente.
  • 3
    Desenvolviam ambas conceitualmente, nas suas relações com o contexto escolar, viabilizando assim a busca pelas concepções e abordagens temáticas presentes.
  • 4
    Um importante indicador de obesidade centralizada na infância (acúmulo de gordura abdominal), que, junto à medida e à classificação da Circunferência da Cintura e do IMC, aumenta a predição do risco cardiovascular - pressão arterial elevada, hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia (BARBOSA FILHO et al., 2016BARBOSA FILHO, Valter Cordeiro et al. Presença isolada e combinada de indicadores antropométricos elevados em crianças: prevalência e fatores sociodemográficos associados. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n. 1, p. 213-224, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232015211.00262015
    https://doi.org/10.1590/1413-81232015211...
    ).
  • FINANCIAMENTO
    O presente trabalho foi realizado sem o apoio de fontes financiadoras.
  • COMO REFERENCIAR

    NARDUCHI, Fábio; STRUCHINER, Miriam. Educação Física e saúde na escola pública: uma revisão sistemática da literatura. Movimento, v. 29, p. e29020, Jan./Dec. 2023. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-8918.128492

ÉTICA DE PESQUISA

A pesquisa seguiu os protocolos vigentes nas Resoluções 466/12 e 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde do Brasil.

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    » https://doi.org/10.1590/1413-81232015211.00262015
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Editado por

RESPONSABILIDADE EDITORIAL

Alex Branco Fraga*, Elisandro Schultz Wittizorecki*, Mauro Myskiw*, Raquel da Silveira*
*Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança, Porto Alegre, RS, Brasil.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    25 Ago 2023
  • Data do Fascículo
    2023

Histórico

  • Recebido
    18 Jan 2023
  • Aceito
    01 Mar 2023
  • Publicado
    29 Maio 2023
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