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BASES SOCIAIS, ATITUDINAIS E COMPORTAMENTAIS DO APARTIDARISMO BRASILEIRO1 [1] Este paper é resultado do projeto de pesquisa intitulado “Os determinantes do ativismo partidário e do comparecimento eleitoral na América Latina”, desenvolvido com apoio financeiro do CNPq/CAPES.

RESUMO

Pesquisas empreendidas em democracias avançadas alertam para a expansão de um novo perfil de eleitor, apartidário, caracterizado por alta mobilização cognitiva, forte apoio à democracia, posicionamento crítico em relação às instituições hierárquicas e preferência por formas diretas de ação política. Alguns pesquisadores preocupados com esse fenômeno tem procurado identificar os contornos fundamentais dessa cidadania crítica, inclusive propondo classificações e tipologias para esses novos eleitores. Entre esses, Russell Dalton se destaca ao combinar variáveis de mobilização cognitiva e simpatia partidária para a definição de quatro perfis básicos (independentes apolíticos, partidários rituais, partidários cognitivos e apartidários) e discute as consequências de cada um deles para a democracia atual. Apesar de plausível no contexto das democracias consolidadas, com significativos estoques de apoio difuso ao regime, tais perfis podem não ser compatíveis com o contexto das jovens democracias, nas quais a cidadania crítica nem sempre é acompanhada de democratismo consistente em razão da curta experiência com o regime. O objetivo do artigo, desta forma, é avaliar a pertinência dessa classificação para esse contexto diverso, através da identificação dos condicionantes sociais, atitudinais e comportamentais de cada um dos quatro tipos de eleitor entre o público brasileiro.

PALAVRAS-CHAVE:
apartidarismo; cultura política; democracia; Brasil

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