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Gestão coletiva de terras: a experiência de pecuaristas familiares no litoral do Uruguai

Resumo

A partir de 2005, o Instituto Nacional de Colonização (INC) gerou uma mudança no foco das políticas públicas; focando suas ações na promoção do associativismo nas suas mais diversas formas, de forma a promover a integração social e económica dos produtores familiares. Através do levantamento da trajetória de dois grupos de colonos, pecuaristas familiares do litoral uruguaio, procurou-se compreender os processos internos de autogestão coletiva das terras do INC; em particular, nos aspectos da gestão do campo natural como recurso de uso comum. A metodologia baseou-se em entrevistas semiestruturadas realizadas a extensionistas e produtores dos grupos analisados. A análise das informações mostra que, nesse tipo de empreendimento, a confiança entre os integrantes é fator fundamental para atingir os objetivos traçados pelo grupo. Do funcionamento, destaca-se o estabelecimento e evolução por aprendizagem, das regras operativas e coletivas, que tem uma incidência relevante na gestão do bem comum. A interação social e o envolvimento dos membros nas ações do coletivo é o que sustenta a continuidade do empreendimento em comum.

Palavras-chave:
Ação coletiva; campo natural; desenvolvimento rural; política pública.

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