Este estudo investigou a relação do amor e de diferentes relacionamentos amorosos com variáveis de vulnerabilidade ao HIV, como comportamento sexual e percepção de risco. Utilizou-se a Escala Triangular do Amor de Sternberg e um questionário estruturado para inquirir 301 estudantes de ensino médio sobre relações amorosas, comportamento sexual e percepção de risco frente ao HIV. Identificou-se que os adolescentes subestimam o próprio risco de contágio quando se comparam a outros indivíduos e quando consideram a possibilidade de contágio passado e futuro. O amor não apareceu diretamente associado à autopercepção de risco, porém, juntamente com o namoro, apresentou-se como complicador do sexo protegido e relacionado à subestimação do risco do parceiro. Observou-se que relacionamentos estáveis e o amor constituem elementos que aumentam a vulnerabilidade ao HIV, por terem relação com a confiança no parceiro e por justificarem práticas arriscadas, como o não uso do preservativo.
amor; vulnerabilidade; HIV; adolescência