As especificidades da clínica com crianças pequenas interrogam os conhecimentos já estabelecidos sobre os sintomas e as possibilidades de abordagem psicanalítica. Quando se trata de crianças, a clínica se constitui no entrecruzamento de subjetividades, imprimindo impasses e possibilidades para o paciente, seus pais e o analista. Objetivou-se investigar os efeitos da clínica com crianças no processo de re-configuração da organização familiar. O estudo de um caso clínico foi privilegiado, tendo sido focalizadas as experiências do luto e seus destinos na malha familiar. A articulação dos sinais que a criança pequena apresenta em uma rede simbólica que possibilite os deslocamentos das manifestações psicossomáticas em direção a alternativas outras de reconstituição subjetiva indica-nos que muito há para ser feito numa análise no campo da prevenção, no qual as intervenções precoces já constituem tratamento propriamente dito.
psicanálise; psicossomática; infância; família; asma