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Reality shows: uma abordagem psicossocial

Reality shows: a psychosocial approach

Desde os primórdios da civilização, o ser humano mostra necessidade de representar cenicamente seus dramas pessoais e vicissitudes existenciais. O "reality show" é uma das versões pós-modernas da encenação da vida humana. Este artigo, por meio de uma pesquisa bibliográfica, analisa criticamente as relações existentes entre o "reality show" e aspectos psicossociais do comportamento humano. Conclui-se que tais programas televisivos são o retrato da contemporaneidade, ou seja, revelam a morte do sujeito, a fugacidade das experiências vividas, a desvalorização da história e o culto à imagem e à superficialidade. Por meio da sedução do espectador, mobilizam-se aspectos primitivos de seu psiquismo, fazendo com que ele se sinta narcisicamente poderoso e onipotente e se acredite dono do destino dos participantes do programa. Sugerem-se novos estudos que contribuam para a reflexão crítica e maior conscientização.

Reality shows; Televisão; Pós-modernidade; Espectador; Imagem


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