Resumo
Após a redemocratização, as parcerias entre o Estado e as organizações da sociedade civil são garantidas pela Constituição como ferramenta democrática. Com advento do neoliberalismo e a diminuição de investimento estatais em políticas sociais, essas organizações se tornam protagonistas no cuidado com a saúde, a educação e a proteção de crianças em situação de vulnerabilidade. Este trabalho tem como objetivo analisar a promoção à saúde no atendimento de crianças e adolescentes em uma Organização da Sociedade Civil (OSC) de Florianópolis-SC. Trata-se de estudo de caso com abordagem qualitativa na qual foram realizadas entrevistas semiestruturadas, que foram transcritas e analisadas a partir do método de análise temática. A análise inferiu em duas categorias empíricas: (1) Tecendo redes entre o Estado e a Sociedade Civil: a intersetorialidade na promoção à saúde; e (2) A OSC e os (des)caminhos em busca da promoção à saúde emancipatória. A análise apresentou que, apesar de a OSC incluir diversas iniciativas de promoção à saúde para crianças e adolescentes, ainda falta a efetivação do trabalho intersetorial; além disso, para uma promoção à saúde emancipatória, é necessário atuar em direção ao empoderamento da comunidade e da educação para reflexão crítica e social.
Palavras-chave:
crianças; adolescentes; promoção à saúde; intersetorialidade; organizações da sociedade civil