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A praga, o monstro de metal e a maravilha de Wanda: em busca do estilo de performance

A defesa por uma performance "autêntica" quase desapareceu sem deixar traços. No entanto, os esforços de Richard Taruskin para contestar o conceito nos anos 80 ainda provoca muitas questões importantes, como o que são as raízes do estilo de performance de música antiga e quais intérpretes tiveram um papel em sua transmissão. Taruskin argumenta que Stravinsky transmitiu o Bach "geométrico", ou modernista ao mundo musical e que Stravinsky poderia tê-lo aprendido de Wanda Landowska. O elogio de Taruskin expõe mais do que uma certa de ironia dentro da restauração da música antiga, uma vez que Landowska é raramente, ou mesmo nunca, reconhecida como uma colaboradora para o desenvolvimento do estilo de performance da música antiga. Este ensaio revela a influência de Landowska através de uma investigação de sua educação musical em Varsóvia, sua estadia em Paris e suas gravações. Estas últimas revelam uma intérprete com um estilo moderno, que antecipa as performances de música antiga dos anos 80. Graças ao som de seu cravo não-histórico, a influência de Landowska tem sido minimizada e seu papel significativo foi negado no movimento de música antiga "pós-autêntico". Este artigo reavalia as contribuições feitas por Landowska antes do advento da era da "autenticidade".

performance histórica; música antiga; autenticidade; prática de performance; Landowska; Kleczyński


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