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A construção da identidade moçambicana colonial e pós-colonial através de projetos de escolarização: desde 1930 até 1990 2 2 Editor responsável: André Luiz Paulilo <https://orcid.org/0000-0001-8112-8070> 3 3 Normalização, preparação e revisão textual: Leda Maria de Souza Freitas Farah <farahledamaria@gmail.com> 4 4 Apoio: CAPES PrInt – UERJ

Resumo

A construção da identidade através de projetos de escolarização primária em Moçambique colonial (de 1930 a 1974) e pós-colonial (de 1975 a 1990) está no centro de debate deste texto, que tem como problema o fato de as taxas de admissão, escolarização, conclusão e evasão escolar, em ambos os períodos, terem estado abaixo das expectativas, o que apresenta o desafio de identificar os fatores e os mecanismos desta tendência e de refletir para entender este fenômeno. O objetivo é compreender a escolarização, diante de projetos educativos antagónicos: por um lado, o colonial, através do qual a máquina política e administrativa colonial pretendia civilizar, dominar e explorar os nativos; por outro, o projeto educativo moçambicano pós-independência, por meio do qual se pretendia formar o “homem novo”. Em termos metodológicos, a revisão bibliográfica, a análise da legislação, as estatísticas e os conteúdos da Revista Tempo constituíram a base de sustentação deste texto. Os principais achados evidenciam: primeiro, que fatores políticos e económicos, tanto no período colonial, assim como no pós-colonial, comprometeram os esforços de universalização do ensino; segundo, que os dois projetos pretendiam formar os moçambicanos de acordo com os seus objetivos e princípios, tendo prevalecido a mentalidade libertária sobre a de dominação e alienação.

Palavras-chave
escolarização; projeto educativo; Moçambique

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