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O que pode o corpo de uma criança autista?

RESUMO

A Fenomenologia da Vida de Michel Henry nos permite entender a interpretação verbal com crianças autistas como uma ferramenta indispensável para criar a relação de transferência na terapia psicanalítica. Segundo Henry, os princípios de reafirmação e conforto da Intencionalidade como doadores de sentido protegem o sujeito contra o outro. A interpretação tem a pretensão de ocupar um local constitutivo, atribuindo significado ao comportamento da criança, com uma tendência a se aproximar da criança com conhecimento dedutivo e apriorístico. A interpretação verbal é discutida como um princípio reafirmador e calmante para o psicanalista, uma vez que é um princípio intencional, que é doador de sentido. O corpo de uma criança autista pode permitir que o psicanalista o experimente como puro fenômeno de afeição.

Palavras chaves:
terapia psicanalítica; fenomenologia da vida; autismo

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