RESUMO
Objetivo:
Explicar as causas das ineficiências na precificação de ativos, na bolsa de valores brasileira, por meio da hipótese das finanças comportamentais.
Originalidade/valor:
Pesquisas feitas no mercado de ações ao longo das últimas décadas sugerem que há evidências de obtenção de retornos superiores à média de mercado, por meio da compra de ativos subva lorizados, isto é, quando estes possuem uma baixa relação entre o preço e os fundamentos da empresa. No entanto, existe uma notável discrepância quanto à interpretação das causas entre os acadêmicos. Foi apresentada hipótese dos mercados eficientes, a qual possui suas bases na premissa da estrita racionalidade dos agentes econômicos. Também se discutiu a teoria das finanças comportamentais que apresenta pressupostos diferentes.
Design/metodologia/abordagem:
Utilizando as cotações históricas das ações negociadas na B3, extraídas da base de dados Economatica(r), o presente trabalho adotou a metodologia Magic Formula para investigar o efeito comportamental, por meio das ineficiências encontradas na precificação desses ativos.
Resultados:
Os resultados sugerem que o mercado de ações brasileiro, em conformidade com trabalhos de mesma natureza realizados em mercados de outros países, possui ineficiências na precificação dos ativos, de forma a ser possível obter vantagens por parte dos agentes econômicos. A interpretação para as causas de tais ineficências se fundamenta nas premissas das finanças comportamentais e aponta para existência de uma limitação da racionalização desses agentes.
PALAVRAS-CHAVE:
Finanças comportamentais; Magic Formula; Precificação; Sobrerreação; Hipótese dos mercados eficientes.