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Dialogue between primary and secondary health care providers in a Brazilian hypertensive population

RESUMO

OBJETIVO

Descrever os perfis clínicos e epidemiológicos de pacientes hipertensos encaminhados para uma unidade de atendimento secundário e avaliar a adequação dos critérios de referência.

MÉTODO

Estudo transversal que analisou 943 pacientes hipertensos encaminhados a uma unidade de atenção secundária à saúde de setembro de 2010 a agosto de 2012. Foram coletados dados clínicos e sociodemográficos, bem como dados de interlocução entre os serviços de atenção primária e secundária.

RESULTADOS

A idade média dos pacientes era de 59 ± 13,1 anos e 61,3% eram do sexo feminino. O estilo de vida sedentário, o consumo de álcool e o tabagismo foram observados em 80,3%, 31,1% e 18,1% dos pacientes, respectivamente. A pressão arterial descontrolada foi observada em 72,5% da amostra, e 80,1% dos indivíduos apresentavam excesso de peso. Houve uma alta prevalência de dislipidemia (73,1%), doença cardiovascular (97,5%) e taxa de filtração glomerular estimada reduzida (49,9%). Trinta e oito por cento dos pacientes não atendiam aos critérios de encaminhamento, dos quais aproximadamente 25% não eram hipertensos.

CONCLUSÃO

Mesmo em um sistema de saúde de acesso universal, observou-se um controle insuficiente da hipertensão e uma alta prevalência de obesidade e doenças cardiovasculares. Encaminhamentos inadequados e a presença de complicações clínicas sugerem uma baixa eficiência da assistência prestada na atenção primária e reforçam a necessidade de compartilhar cuidados com o nível secundário.

Serviços de saúde; Assistência à saúde; Hipertensão; Doença crônica

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