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Evidências da lipoenxertia autóloga para o tratamento de queloides e cicatrizes hipertróficas

RESUMO

Introdução

a partir da década de 1980, o uso da lipoenxertia autóloga tem crescido na cirurgia plástica. Recentemente, esse procedimento passou a ser utilizado como tratamento de queloides e cicatrizes hipertróficas, principalmente em decorrência da falta de resultados satisfatórios com outras técnicas. No entanto, até o momento, faltam evidências científicas mais consistentes que recomendem seu uso. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão do estado atual da lipoenxertia autóloga no tratamento de queloides e cicatrizes hipertróficas, os benefícios e as evidências científicas presentes na literatura.

Método

foi realizada uma revisão na base de dados Pubmed com os descritores “fat grafting and scar”, “fat grafting and keloid scar” e “fat grafting and hypertrofic scar”. Os critérios de inclusão foram artigos escritos em inglês e publicados nos últimos 10 anos, resultando em 15 estudos.

Resultados

os artigos indicam que a lipoenxertia autóloga realizada em locais com cicatrizes patológicas leva a uma diminuição da fibrose e da dor, à maior amplitude de movimentos em áreas de retração cicatricial, ao aumento de sua maleabilidade, resultando na melhor qualidade das cicatrizes.

Conclusão

até o momento, as evidências sugerem que a lipoenxertia autóloga para o tratamento das queloides e cicatrizes hipertróficas está associada à uma melhor qualidade das cicatrizes, levando a benefícios estéticos e funcionais. Contudo, esta revisão possui limitações e os acha dos devem ser analisados com ressalvas, já que a maioria provem de estudos com baixos níveis de evidência.

Palavras-chave
cicatriz; queloide; cicatriz hipertrófica; transplante autólogo; tecido adiposo

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