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Interns’ depressive symptoms evolution and training aspects: a prospective cohort study

RESUMO

OBJETIVO

Estudar a incidência de sintomas depressivos em residentes de medicina de 10 ano e sua correlação com características ocupacionais, satisfação e estresse no programa.

MÉTODOS

Coorte prospectivo realizado na Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. Foram convidados 166 médicos residentes do hospital universitário para responder ao Inventário de Depressão Beck (BDI) e a um questionário ocupacional num estudo prospectivo longitudinal. O escore da variação do BDI foi relacionado com aspectos sociodemográficos e características ocupacionais usando um modelo de regressão linear.

RESULTADOS

Cento e onze sujeitos participaram (67%); o escore do BDI aumentou em oito meses (média = 2,75 ± 3,29 vs. 7,00 ± 5,66; p<0,0001). A incidência dos sintomas depressivos foi de 9,01% (escore>15). A variação do escore do BDI teve média = 4,25 ± 4,93 (de –8 a 28). Residentes não satisfeitos com o treinamento profissional (β = 3,44; p = 0,004), com a vida pessoal (β = 2,97; p = 0,001) ou que se sentem estressados na relação com residentes seniores (β = 2,91; p = 0,015) apresentaram 3 pontos a mais do escore do BDI depois de oito meses em comparação com aqueles sem tais percepções; estar insatisfeito com a equipe de enfermagem aumentou o escore do BDI em 2 pontos (β = 1,95; p = 0,025).

CONCLUSÃO

Entre os fatores que interferem na depressão em residentes estão as características ocupacionais que podem ser melhoradas no treinamento. Esclarecer tais pontos pode ajudar a instituição a prover um melhor cuidado em saúde mental.

Depressão; Internato e residência; Estresse psicológico; Saúde mental; Educação médica

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