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Manobra de Mueller-Hillis e ângulo de progressão: eles estão correlacionados?

Resumo

Objetivo:

A manobra de Mueller-Hillis (MHM) e o ângulo de progressão da apresentação (AOP) medido através de ecografia transperineal têm sido utilizados para avaliar a descida do polo cefálico durante o segundo estágio do trabalho de parto. O objetivo do nosso trabalho foi avaliar se o AOP se correlaciona com a MHM no segundo estágio do trabalho de parto.

Método:

Conduzimos um estudo observacional e prospectivo. Incluímos mulheres com gravidez unifetal com feto em apresentação cefálica, no segundo estágio do trabalho de parto. O AOP foi medido imediatamente após a manobra de Mueller-Hillis. Foi construída uma curva ROC (receiver-operating characteristics) para determinar o melhor AOP para a identificação de uma manobra positiva. Um valor p inferior a 0,05 foi considerado estatisticamente significativo.

Resultados:

Cento e sessenta e seis mulheres (166) foram incluídas no estudo, e em 81,3% (n=135) a MHM foi positiva. A mediana do AOP foi de 143º (106º a 210º). A área abaixo da curva para a previsão de uma manobra positiva foi 0,619 (p=0,040). Derivado da curva ROC, um AOP de 138,5º teve o melhor desempenho diagnóstico para a identificação de uma MHM positiva (especificidade de 65% e sensibilidade de 67%).

Conclusão:

Um AOP de 138º parece estar associado com uma MHM positiva no segundo estágio de trabalho de parto.

Palavras-chave:
segundo estágio do trabalho de parto; ângulo de progressão; manobra de Mueller-Hillis; intraparto; ecografia

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