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Comparação do poliuretano com cianoacrilato na hemostasia de injúria vascular em cobaias

Objetivo:

Avaliar o comportamento hemostático e a reação tecidual do poliuretano, derivado da mamona, após injúria da aorta abdominal de cobaias e compará-lo com o 2-octil-cianoacrilato.

Métodos:

Vinte e quatro cobaias foram divididas aleatoriamente em três grupos de oito animais (I, II e III). A aorta abdominal infrarrenal foi dissecada, pinçada proximal e distalmente ao local que se procedeu à punção vascular. No grupo I (controle), a hemostasia foi feita com digitopressão; no grupo II (poliuretano), aplicou-se o selante vegetal e, no grupo III (cianoacrilato), aplicou-se o 2-octil-cianoacrilato. O grupo II foi subdividido em IIA e IIB, conforme o tempo de preparo do poliuretano.

Resultados:

A média de perda sanguínea nos grupos IIA, IIB e III foi 0,002 g, 0,008 g e 0,170 g, com desvios padrões de 0,005 g, 0,005 g e 0,424 g, respectivamente (P=0,069). O tempo de secagem do selante cianoacrilato foi em média 81,5 segundos (s) (desvio padrão: 51,5 s), enquanto o poliuretano B levou 126,1 segundos (desvio padrão: 23,0 s) (P=0,046). Entretanto, houve tendência (P=0,069) do cianoacrilato apresentar um tempo maior de secagem que o poliuretano A. Além disso, o poliuretano A teve um tempo de secagem menor que o poliuretano B (P=0,003), com média para o IIA de 40,5 segundos (desvio padrão: 8,6 s). No grupo III, 100% dos animais tiveram fibrose moderada/acentuada, enquanto no grupo II apenas 12,5% (P=0,001).

Conclusão:

O poliuretano derivado da mamona apresentou comportamento hemostático semelhante ao 2-octil-cianoacrilato. A cola vegetal demonstrou menor reação tecidual perivascular.

Poliuretanos; Cianoacrilatos; Cobaias; Hemostasia; Óleo de Rícino


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