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A influência do etanol e da morfina sobre a percepção dolorosa provocada por injúria tecidual profunda

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do etanol e da morfina sobre as respostas comportamentais nociceptivas provocadas pelo teste da formalina na ATM de ratos (Teste da formalina na ATM). No experimento 1, os animais receberam uma solução de etanol 6,5 % ou água comum para beber durante 4 e 10 dias, antes da realização do teste da formalina na ATM. No grupo tratado por 4 dias, observou-se analgesia significativa ao teste da formalina, enquanto que no grupo tratado por 10 dias esse efeito não ocorreu, demonstrando o desenvolvimento de tolerância aos efeitos antinociceptivos do etanol. No experimento 2, os animais foram submetidos ao regime crônico de etanol (6,5% por 10 dias) e o grupo controle recebeu água comum para beber. Após esse período, foi administrado morfina (10 mg/kg i.p.) 30 minutos antes da realização do teste da formalina na ATM. A morfina teve o mesmo efeito analgésico nos 2 grupos, demonstrando que o tratamento com etanol não foi capaz de alterar a potência analgésica da morfina. Os resultados mostraram que o etanol é capaz de alterar as respostas nociceptivas relacionadas à dor proveniente de tecidos profundos, como a ATM, e a ausência de interação entre o etanol e a morfina indica que a analgesia induzida pelo etanol é mediada por mecanismos não-opióides.

Etanol; Morfina; Teste da formalina; Articulação temporomandibular


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