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Lipoenxertia em reconstruções mamárias com expansor e implantes

RESUMO

A lipoenxertia autóloga foi inicialmente descrita há mais de 100 anos por Neuber objetivando correção de defeitos faciais. Ao mesmo tempo, Czerney descreveu a utilização de lipoma nas costas para recriar uma mama pós-mastectomias. A técnica foi popularizada por Coleman, que descreveu o uso de lipoaspiração e purificação de adipócitos para injeção na face como preenchimento de tecido mole. Bircoll e Novack (1987 apud Costantini et al.44 Costantini M, Cipriani A, Belli P, Bufi E, Fubelli R, Visconti G, et al. Radiological findings in mammary autologous fat injections: a multi-technique evaluation. Clin Radiol. 2013;68(1):27-33. DOI: https://doi.org/10.1016/j.crad.2012.05.009
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) expandiram então esta aplicação para as mamas. Em 1990 houve um crescimento no uso da lipoenxertia, após o trabalho de Coleman, que confirmou que o tecido adiposo poderia ser transferido satisfatoriamente com a formalização de um protocolo restrito para preparação e injeção de gordura. A técnica de Coleman é de longe a mais comumente usada. O tecido adiposo é infiltrado com uma solução tumescente e, em seguida, manualmente aspirada. O lipoaspirado é subsequentemente centrifugado para isolar o tecido adiposo da fração oleosa e aquosa e finalmente injetado. A transferência de gordura de uma área em excesso, como o abdômen ou as coxas para reconstrução ou melhorar a forma e o volume da mama, não é uma ideia nova. Seguindo o trabalho de Illouz sobre a lipoaspiração, que levou ao seu uso generalizado em todo o mundo. As imagens mamográficas após lipoenxertia são variadas, a absorção de gordura e sua evolução à necrose gordurosa variam de cistos lipídicos a achados suspeitos de malignidade, como microcalcificações agrupadas, áreas espiculadas de opacidade aumentada e massas focais.

Descritores:
Mama; Aloenxertos; Implante mamário; Dispositivos para expansão de tecidos; Literatura de revisão como assunto

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